quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Selecção Nacional – Renovação urgente



Terminada a participação portuguesa nas principais provas internacionais da época de 2011, é altura de se fazer um balanço.
A caminhada lusa começou em Maio com o regresso à Liga Mundial de Voleibol. As expectativas eram altas e os objectivos estavam bem definidos, quer pela Federação, quer pela equipa técnica e jogadores, contudo as coisas não correram de feição à equipa das ‘quinas’, e tal levou a que tivesse de disputar um play-off frente à China para permanecer na Liga Mundial do próximo ano.
Mais recentemente, em Setembro, Portugal marcou presença no Campeonato da Europa, que teve lugar na República Checa e na Áustria. O objectivo inicial era passar a fase de grupos, mas Portugal voltou a desiludir, principalmente na última jornada ao perder com a modesta Estónia. Nesta competição, notou-se uma equipa cansada e sem soluções. Há muito que a Selecção Portuguesa está dependente do seu 6 inicial, porque no banco de suplentes tem poucas ou nenhumas soluções viáveis. Ao contrário do que se possa pensar, a culpa não é do Seleccionador. Juan Díaz tem feito muito pelo Voleibol português. A questão é mesmo esta: Neste momento, não há jogadores capazes de substituir aqueles que fazem parte dos quadros da Selecção há vários anos.
Flávio Cruz e André Lopes parecem atingir os seus limites, já que nem um nem outro conseguem manter exibições constantes e pontuar com frequência, como se pede a um jogador de entrada da rede. João Malveiro não é consistente na sua posição de central, e Tiago Violas, apesar de toda a sua qualidade, ainda comete alguns erros e mostra uma certa falta de comunicação e entrosamento com os restantes colegas.
Perante este cenário, Juan Díaz e os restantes treinadores das camadas jovens nacionais têm em mãos uma missão complicada: Encontrar/formar atletas capazes de, a curto prazo, integrarem a Selecção Nacional e serem alternativas credíveis àqueles que lá estão.
A renovação terá de ser feita, mais cedo ou mais tarde, mas para isso muita coisa terá de mudar, e não será só em termos desportivos.
 Cronica de Francisco Serra

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