sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Um novo ciclo no atletismo bejense


A Associação de Atletismo de Beja sanou a ameaça de crise diretiva que pairou sobre aquela estrutura regional de enquadramento da modalidade. António Machado preside a um novo elenco, já empossado.

Texto e foto Firmino Paixão


António Machado, anterior diretor técnico regional e treinador do Entradense, preside ao novo elenco que Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, empossou na última semana em Beja. O executivo foi eleito pela maioria dos clubes filiados para o biénio 2014/16 e o novo presidente já elencou como prioridades o aumento do número de clubes e de praticantes.


Apresentou uma candidatura contra a crise que ameaçava instalar-se no atletismo regional? Essencialmente para contrariar a tendência que o movimento associativo está a atravessar, em que há muita falta de elementos para trabalhar. Foi uma dificuldade que também sentimos na construção da lista para os órgãos sociais da associação. Espero que se venha a contrariar essa tendência e que apareça mais gente disponível para trabalhar, quer na Associação de Atletismo, quer noutros lugares do movimento associativo.


Foi fácil reunir consensos e congregar um tão elevado número de elementos para os órgãos sociais?As listas são muitas extensas e os consensos são uma coisa relativa, porque a Associação de Atletismo já tem alguns anos, tem algum prestígio no distrito, mesmo assim é difícil arranjar pessoas. A prioridade não era tanto reunir consensos, mas sim gente disponível, e dentro dos que mostraram essa disponibilidade penso que reunimos uma equipa de trabalho muito jovem e dinâmica, que eu espero que seja a continuação e melhoria daquilo que se tem vindo a fazer.


A lista não foi eleita por unanimidade, mas isso não impede que seja o presidente de todos os clubes e de todos os atletas?Claro, sempre foi a minha postura, ainda quando era diretor técnico regional. Embora eu também faça parte de um clube e seja lá treinador, não existem clubismos, estamos numa associação regional, não é nenhum clube e espero que as pessoas percebam isso, não sintam que existe qualquer favoritismo em relação a uns ou a outros. Da minha parte nunca existiu, nem existirá.


Os órgãos sociais são representativos da maioria dos clubes filiados?Não foi fácil arranjarmos pessoas dos diferentes clubes. Os novos dirigentes são pessoas ligadas à modalidade há muito tempo, embora alguns sejam jovens, conhecem bem a modalidade pela sua experiência pessoal, temos alguns clubes representados, de qualquer modo não é obrigatório que a associação regional tenha sempre representantes dos clubes, podem ser outras pessoas motivadas e interessadas em desenvolver a modalidade.


No plano desportivo que novidades se podem esperar?Desde logo um novo diretor técnico regional, o Jorge Aniceto, uma pessoa com uma dinâmica muito própria e uma grande experiência em várias vertentes do atletismo, quer na arbitragem, quer como técnico, e temos outras novidades que ainda não lhe consigo transmitir porque estamos numa fase de elaboração do calendário distrital. Por isso, as novidades serão também na forma de trabalhar, porque as pessoas são diferentes e, necessariamente, criaremos novas dinâmicas.


Potenciando a utilização das infraestruturas existentes?Esperamos manter a dinâmica que existia nessas infraestruturas, considerando que em Beja estamos a fazer um esforço para que a câmara resolva requalificar a pista para que o espaço volte a ser uma mais-valia daqui a alguns meses, se calhar, na próxima época, porque nesta ainda não oferecerá as melhores condições.


Aumentar o número de clubes e de praticantes são preocupações em agenda?Esse é mesmo o principal objetivo e será uma bandeira minha, uma meta pessoal, aumentarmos o número de clubes e de atletas, não só em termos de competição federada, mas também em provas populares, um quadro crescente em Beja. Felizmente existe um número cada vez maior de eventos e de entidades que se pretendem associar à nossa modalidade, que não é propriedade desta associação, é de toda a gente que queira fazer corrida e caminhada, o que a nós, enquanto órgão que enquadra a modalidade, nos deixa bastante satisfeitos.


Mantendo a posição de liderança que a Associação de Beja tem no atletismo alentejano?Sim, em parceria com os nossos colegas de Évora e Portalegre continuaremos a dinamizar algumas atividades conjuntas, que possam potenciar a modalidade na região Alentejo e ajudar que ela cresça e se desenvolva em cada uma das associações regionais.

Fonte: http://da.ambaal.pt

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