quinta-feira, 30 de abril de 2015

A caminho do “triplete”


A conquista de cinco títulos distritais e as quatro participações em campeonatos nacionais conferem ao Grupo Desportivo e Cultural da Baronia o estatuto de maior potência do futsal no distrito de Beja.

Texto e foto Firmino Paixão


É um exemplo de sucesso, num concelho com algumas dificuldades demográficas. O Baronia esteve sem atividade durante alguns anos, ressurgiu com um projeto dedicado ao futsal, uma variante do futebol em franco crescimento, que pretende afirmar-se como primeira modalidade de pavilhão com maior número de praticantes. Vila Nova da Baronia é porta-            -estandarte do futsal no distrito de Beja, pela sua afirmação, não só ao nível dos seniores, como pelo trabalho bem-sucedido que tem feito nos escalões mais jovens. O treinador Miguel Carvalho é o rosto principal deste sucesso e vem aqui revelar-nos alguns pormenores da sua missão.

O Baronia ganhou ao Ferreirense e esperava receber o Alcoforado para se sagrar campeão, mas o título chegou antecipadamente.
Sem dúvida, nós sempre pensámos que o jogo com o Alcoforado é que decidiria o campeonato. Mas todos os jogos foram decisivos, por mérito também do Ferreirense e do Alcoforado, que fizeram excelentes campeonatos e que nos pressionaram sempre, mas sabíamos que seria fundamental ganharmos em Ferreira do Alentejo para recebermos o Alcoforado com alguma margem de manobra. Porém, eles empataram em casa com o Ourique e, como só necessitávamos de um ponto, acabámos por ser campeões antecipadamente.

Um dos campeonatos mais competitivos dos últimos anos?
Acho que foi um bom campeonato. As equipas vão conhecendo-se melhor, algumas há bastante tempo que participam nesta prova, os jogadores também já se conhecem bastante bem, mas toda a gente respeita muito o Baronia e dificultaram-nos muito a vida. O Ferreirense e o Alcoforado na época passada já tinham feito um bom trabalho, este ano continuaram esse bom percurso, mas nós éramos candidatos e sabíamos que as equipas iriam jogar contra nós sempre bastante fechadas. Por esse motivo encontrámos maiores dificuldades.

No horizonte está mais uma presença do Baronia num campeonato nacional. Com que expectativas?
As expectativas são sempre positivas, queremos sempre melhorar em relação às presenças anteriores. Sempre que disputámos o nacional fomos melhorando de ano para ano. Na última época batemos o nosso recorde de pontos, mas depois acabou o Nacional da 3.ª Divisão. O que lá vai, lá vai, agora interessa olhar para o futuro e, na próxima época, na 2.ª Divisão, queremos uma equipa competitiva, vamos tentar alguns reforços que acrescentem mais qualidade ao nosso plantel, para que nos possamos bater de igual para igual com as equipas dos outros distritos.

Foi o 5.º título distrital do Baronia, uma reincidência que tem a ver com a qualidade do trabalho que o clube tem desenvolvido?
Este clube esteve fechado muitos anos e quando reabriu foi olhando para este projeto do futsal e, praticamente, dedica-se a tempo inteiro a ele. Desde os dirigentes, equipas técnicas e dois jogadores que cá estão desde o início, o Dário e o Jorge, temo-nos dedicado a esta modalidade com algum sucesso e isso justifica o quinto título que conquistámos com todo o mérito. Mas, para além disso, o que nos orgulha também é que já fomos campeões de iniciados, de juvenis, de juniores, já ganhamos taças com as equipas jovens e já tenho no plantel sénior três jogadores juniores da nossa formação, é esse trabalho que queremos manter para que, cada vez mais, a nossa formação possa alimentar a equipa principal.

O futsal do Baronia é projeto exemplar neste distrito…
Na verdade temos tido sucesso, mas tenho bastante pena que os outros clubes não olhem para a modalidade com a mesma perspetiva. Sabemos que é bastante complicado porque, por exemplo, em Beja, só existem dois pavilhões e as equipas têm bastante dificuldade em treinar, fazem-no bastante tarde e torna--se complicado fazer formação quando não existem meios para a desenvolver. Nós, felizmente, temos um pavilhão onde dispomos de alguma prioridade para este projeto e temos aproveitado essa liberdade e essa disponibilidade para continuarmos este trabalho que já vem desde há quatro ou cinco anos com as camadas jovens e que tem dados bons frutos.


Com o título no bolso, já olham para os jogos da Taça Distrito e da Supertaça, em ambos os casos, tendo o Alcoforado como adversário?
São mais duas provas que queremos ganhar. No último campeonato distrital que disputámos fizemos esse brilharete que ninguém ainda tinha conseguido, que foi ganhar os três troféus na mesma época, este ano ambicionamos repeti-lo. Vamos defrontar uma equipa que já nos ganhou nesta época, aliás, foi a única que o conseguiu. Sabemos que será complicado, mas vamos agora focar-nos nesses objetivos.

Fonte:  http://da.ambaal.pt

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