quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Candidatos? A vencer o próximo jogo...


O castrense cedeu o primeiro lugar ao Milfontes e dobrará o ano no terceiro lugar. As contas fazem-se no final?Se alguém pensa que, depois de nós termos ganho da forma tão contundente como fizemos em Almodôvar, o campeonato está entregue, então engana-se, porque este é um campeonato em que, claramente, já estão identificadas as equipas que vão lutar até ao fim pelo título e será um campeonato disputado jogo a jogo e até ao fim. Temos plena consciência de que o campeonato será assim. Naquilo que me compete é pôr a minha equipa a jogar bom futebol, dentro daquilo que são as nossas ideias e o nosso modelo de jogo.


O castrense que goleou o Almodôvar foi o mesmo que empatou em casa com o Vasco da Gama?Apraz-me registar que estou satisfeito pelo facto de termos jogado contra uma equipa que considero muito boa e não termos desvirtuado esse modelo. Num e noutro jogo fomos a equipa que costumamos ser e isso é sinal de que a equipa está a crescer e que os jogadores já estão a adquirir essa personalidade para, contra qualquer adversário, impormos a nossa forma de jogar. É um processo em que existem coisas bem-feitas, e outras em que ainda temos que melhorar e crescer porque os jogadores têm valor para o fazer e vamos procurar isso. É nesse sentido que eu, enquanto treinador, estou focado, mais no sentido de impor a nossa filosofia de jogo em qualquer campo, com a mentalidade que temos e creio que estamos no caminho certo para o fazer.


O presidente do castrense afirmou no início da época que o clube era candidato a vencer tudo. Nesta altura subscreve essa afirmação?Nós somos candidatos a ganhar o próximo jogo, é nesse objetivo que estamos focados e não adiante, estarmos a pensar daqui a três ou quatro semanas, porque a nossa filosofia é jogo a jogo. Se eventualmente, no final do campeonato, estivermos em condições de ganhar, tudo será ótimo, será fantástico, e é isso que vamos procurar fazer, mas o nosso pensamento passa exatamente por estaremos focados no nosso dia a dia; treinarmos para sermos melhor equipa, que os jogadores cresçam e evoluam, e é isso que tem vindo a acontecer, treinarmos e trabalharmos nos sentido de termos um modelo de jogo muito bem definido para potenciar ainda mais o valor e a qualidade dos jogadores e, obviamente, em termos de organização coletiva termos uma equipa competente em tudo aquilo que são os momentos de jogo. Portanto somos candidatos a ganhar o próximo jogo.


Mas como homem de fé que certamente será acredita na vitória final?Obviamente que sim!




Voltou ao castrense com o campeonato já em andamento, considera-se uma reserva de que o clube se socorre para o conduzir ao sucesso?Não entendo dessa forma. Quando as pessoas decidiram o meu regresso, isso teve a ver com vários fatores. No entanto, essa é uma boa questão para a direção, para o senhor presidente. Eu o que lhe posso dizer é que, aquando da minha passagem pelo castrense, tentei sempre trabalhar muito e de uma forma honesta e com o sentido do dever e de humildade. Quando o presidente decidiu que eu já não era a pessoa certa para dar continuidade ao projeto, aceitei isso porque faz parte da vida do treinador. Aquilo que podem esperar de mim enquanto treinador é honestidade, trabalho, ambição e humildade, se esses são valores que o presidente acha que são os necessários para liderar este grupo, ótimo. Agora, o que me compete é desenvolver o meu trabalho sempre de uma forma muito honesta e felizmente, e graças a Deus, tenho deixado sempre essa imagem, essa marca, por todos os clubes por onde tenho passado. E aqui no castrense será exatamente igual.


Quais são os outros candidatos ao título que já identificou?Sim, basta olharmos para a classificação e vermos que todas as equipas estão perto umas das outras, nomeadamente entre o primeiro e o quarto lugar e acredito que essas quatro equipas constituem o grupo de onde sairá o campeão.


O plantel está mais forte ou mais equilibrado do que aquele que aqui deixou na época em que aqui se estreou?Não, não está. Aliás, até é mais curto do que aquele que tínhamos nessa altura. De qualquer forma estou satisfeitíssimo com os jogadores que tenho à minha disposição, estou satisfeito com o rendimento de todos eles, satisfeito com a postura que todos eles têm tido, estou satisfeito pela forma como assimilaram as nossas ideias e o que posso dizer é que tenho um grupo fantástico, onde eu e a minha equipa técnica nos sentimos bastante valorizados, porque o grupo tem-nos dado muita coisa.


Outra competição onde o clube está envolvido é a Taça Distrito. A filosofia é a mesma, ir ultrapassando eliminatórias?Sim, não faz sentido estarmos a pensar na final em maio se ainda estamos em dezembro. A nossa filosofia, repito, é jogo a jogo, temos sempre é que estar focados no próximo adversário, mais nada, e nada muda este pensamento entre campeonato e Taça do Distrito.




Firmino PaixãoFonte: http://da.ambaal.pt

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