Uma semana depois de ter conquistado o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Beja, o Futebol Clube castrense levantou a Taça Distrito de Beja. O próximo objetivo é a Supertaça.
Texto e foto Firmino Paixão
A equipa de castro Verde entrou muito bem nesta final em que tinha como opositor o seu vizinho Desportivo de Almodôvar. Jorginho, logo aos oito minutos, materializou, com um golo, essa maior vivacidade inicial da equipa comandada por Carlos Machado. Contudo, aos 24 minutos, na sequência de uma grande penalidade, que originou a expulsão do capitão Vítor Rolim, o veterano Filipe Venâncio repôs a igualdade. O jogo ficou mais equilibrado, mercê também da inferioridade numérica dos campeões, e quando já pairava a ideia de prolongamento, Anderson colocou o castrense em vantagem.
Já em período de descontos, Yaggo confirmou o triunfo, com um terceiro tento, que castigou demasiado o coletivo almodovarense. Mas a justiça e o mérito da vitória do castrense não se questionam. Aliás, um triunfo que o técnico Carlos Machado considerou “saboroso, justo e merecido, apesar daquela contrariedade de termos passado a jogar com menos um jogador, numa altura que estávamos a ser superiores em todos os aspetos do jogo”. O treinador reconheceu que “isso poderia ter feito tremer a minha equipa, mas conhecendo, como conheço, a personalidade e o caráter destes jogadores, nunca senti que não ganharíamos este jogo, bem pelo contrário, sabia que eles teriam esta capacidade de superação, uma capacidade de sacrifício em prol daquilo que era o nosso objetivo, o compromisso com a vitória”. E rematou: “Graças a Deus ganhámos, e conseguimo-lo frente a uma excelente equipa, mas creio que o triunfo foi justo, porque nós fomos melhores”.
Já o treinador do Almodôvar, Sandro Almeida, considerou que o resultado de 3-1 “foi um castigo pesado, podíamos ter levado este jogo para prolongamento, mas, se calhar, a emoção dos minutos finais jogou contra nós, porque sofremos um golo a quatro minutos do fim. Foi ingrato, acho que merecíamos o prolongamento”. Sandro Almeida também reconheceu que “a equipa estava um bocado nervosa, não tirámos partido de termos jogado em superioridade numérica, acho que podíamos ter feito mais”. O treinador almodovarense recordou ainda: “A história repetiu-se 10 anos depois, quando eu ainda jogava e perdi aqui uma final com o Moura também por 3-1. Não tenho sorte com estas finais. Mas quero felicitar a minha equipa e agradecer aos adeptos por terem vindo aqui apoiar-nos porque eles foram fantásticos a puxar por nós”.
Supertaça A Supertaça joga-se no próximo domingo, em Serpa, entre as mesmas equipas e se Carlos Machado referiu: “Será mais um jogo onde queremos, naturalmente, ganhar. Foi com esse intuito que trabalhámos ao longo da semana, para darmos mais alegrias a esta excelente massa associativa do castrense, que esteve aqui bem presente, à qual quero dedicar esta vitória, porque, sem o seu apoio, não seria possível”, Sandro Almeida relativiza: “A Supertaça é outra questão. Para já, é bem longe de Almodôvar, não se compreende como é que vamos jogar uma Supertaça a 100 quilómetros de Almodôvar, entre duas equipas que estão a 20 quilómetros uma da outra e quando existem outros campos mais perto”, concluiu.
castrense 3-1 Almodôvar
Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja
Árbitro: Tiago Cordeiro, auxiliado por Filipe Mestre, Pedro Crujo e Fernando Lopes (4.º árbitro).
castrense: Eduardo; Vítor Rolim, Lúcio, Hélio (André Ribeiro, 80’) e Anderson; Jorginho, Mike e Zé Mestre; Sekou, André Dias (Godinho, 45’) e Yaggo.
Treinador: Carlos Machado.
Almodôvar: Marco Hortense; Bruno Fernandes, Pedro Pacheco, Fábio e Patrick; André Gaio, Filipe Venâncio e Roberto; Mário Saleiro, Ricardo Aimar (Henrique, 78’) e Wagner.
Treinador: Sandro Almeida.
Marcador: 1-0 Jorginho (8’) 1-1 Filipe Venâncio (24´gp); 2-1 Anderson (86’) 3-1 Yaggo (90-2).
Disciplina: Amarelos a Fábio (31’), Patrick (43’) Filipe Venâncio (85’) e Anderson (79’). Vermelho a Vítor Rolim (23´).
Fonte: http://da.ambaal.pt/n
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