sexta-feira, 21 de julho de 2017

A longa viagem dos pais de Amanda

Futebol Fem. - Seleção A
Rui e Adelaide da Costa já tinham percorrido milhares de quilómetros para ver a filha. Agora foram mais longe.
Chamam-se Rui e Adelaide. Ele tem 55 anos, ela cumpriu esta quinta-feira 53. São os pais da internacional portuguesa Amanda da Costa e atravessaram um oceano para ver a filha no Europeu.
Já tinham percorrido "todos os estados" norte-americanos atrás dela; levaram-na a torneios de leste a oeste “até aos 16 anos”. Há três décadas a viverem em Somers, Nova Iorque, é a primeira vez que cometem a “loucura” de deixar tanto tempo os EUA. E para irem  tão longe.
“Quase um mês no Velho Continente. E viagens longas. Não podíamos perder a estreia da Seleção no Europeu”, explica Rui da Costa, cuja paixão pela bola o levou a criar um clube de futebol, o FC Somers, e uma academia para jogadores norte-americanos dos escalões sub-8 a sub-11. "Cheguei a treinar a Amanda", revela, orgulhoso.  
Desde que chegou com a esposa a Amesterdão, no início da semana, tem andado qual saltimbancos entre a capital holandesa e Paris, onde familiares lhe oferecem casa. Marcou viagem para 29 de julho, um dia após o encerramento da fase de grupos, mas com planos de regresso rápido aos Países Baixos.
"Temos viagem apenas para Portugal, onde vamos rever mais familiares. Se as coisas correrem bem à Seleção, voltaremos logo para trás", avisa Rui Costa, cuja família está espalahada pela Guarda e Cantanhede, apesar de ele ter nascido em Moçambique e vivido na África do Sul durante a infância.
"Se gostava que a minha filha jogasse os próximos encontros de Portugal? É natural que sim. Viemos cá com esse sonho e estaremos na bancada a torcer”, prossegue o progenitor, contando que um dos momentos mais emocionantes da sua vida foi quando encontrou Amanda, pela primeira vez, com a camisola das Quinas.
"Eu trazia um cachecol de Portugal ao pescoço e ela percebeu logo como eu estava emocionado. Tenho três filhos nascidos nos EUA e nunca os forcei a falar português. Vê-la ali de livre vontade, e com orgulho nas origens, deixou-me sem palavras", conta, lembrando que a filha chegou a representar a seleção norte-americana nos escalões sub-17 e sub-20, tendo também integrado um estágio como sub-23.
Não tem dúvidas de que a habilidade natural de Amanda para o futebol se deve às raizes portuguesas. "Corre-lhe no sangue como a qualquer português". Aos três anos "chutava bolas com estilo", garante.
Perdeu a conta aos jogos de Portugal que viam juntos. "Era super fã do Figo e achava muita piada ao facto de haver um jogador com o nome do pai [Rui Costa]", refere, feliz.
Focadas na Escócia
A Seleção Nacional A feminina cumpriu esta quinta-feira mais um treino em Oirschot, a pensar no embate da segunda jornada do Grupo D, frente à Escócia. O jogo está agendado para domingo, às 17h00, em Roterdão. 
Antes dos preparos, Diana Silva admitiu que a seleção escocesa não tem o poderio da espanhola, que venceu Portugal por 2-0. Ainda assim, frisou que o jogo "será muito difícil". 
“A Escócia [goleada por 6-0 pela Inglaterra na primeira ronda] se calhar é uma seleção mais ao nosso nível, mas também é um adversário muito forte e vamos ter que ter as nossas precauções contra elas”, referiu a avançada.
Convívio com jornalistas
A Equipa das Quinas jantou esta quinta-feira com os jornalistas portugueses que fazem a cobertura diária do Campeonato da Europa Holanda 2017, para a rádio Antena 1, a agência LUSA e os jornais desportivos A Bola e Record. 
No final, a comitiva lusa posou para a fotografia junto dos profissionais da comunicação. 
 Fonte: FpF.PT

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