sexta-feira, 28 de julho de 2017

Carlos Guerreiro deseja que a Zona Azul consolide estatuto de 2.ª Divisão


Com a próxima época desportiva já no horizonte, o treinador da equipa de seniores masculinos de andebol da Zona Azul perspetiva uma época difícil, mas está confiante na manutenção da equipa neste patamar.

Texto e foto Firmino Paixão


“Com muita ambição e com o objetivo de garantirmos a manutenção do núcleo duro, que tem sido, no fundo, a força daquilo que a Zona Azul tem conseguido nos últimos anos em termos de resultados”. É esse o espírito com que Carlos Guerreiro enfrenta a nova temporada. Quanto ao plantel, o técnico assegurou que “com uma ou outra dúvida, fruto até de algumas questões pessoais, escolares, profissionais, à partida o grupo vai manter-se, existindo até expectativas de alguns regressos e o aproveitamento da nossa formação, porque é essa a nossa base”.


Manterá um grupo muito coeso, como tem sido habitual?Sim, é essa a nossa mola real. O grupo é coeso, é forte e tem uma capacidade de trabalho e de compromisso impressionantes. São 10 meses de muito trabalho e responsabilidade, abdicando de muita coisa, e é com esse espírito que a equipa está e se manterá.


Uma singularidade deste grupo é que joga de olhos postos no objetivo deixando tudo em campo…O núcleo forte da equipa está junto há alguns anos. Na última época estivemos na 2.ª Divisão mas, nos cinco anteriores, disputámos sempre as segundas fases da 3.ª Divisão, e em dois anos consecutivos disputámos os oitavos de final da Taça de Portugal. É um grupo que trabalha, que tem limitações que não ignoramos, mas tem uma ambição e uma capacidade de trabalho e sofrimento enormes e, como eu gosto de dizer, porque é essa a realidade, é a eles que este percurso se deve, é deles que temos de fazer a nossa força, porque fazem tudo isto em troca de coisa nenhuma.


O Ginásio do Sul e o Sassoeiros são os novos adversários.Sim. Em princípio, também, o Sporting da Horta que desceu da 1.ª Divisão. Será uma época tão ou mais difícil como foi a deste ano. Na última época tornámos as coisas fáceis porque nos preparámos para sofrermos mais desde o primeiro dia. Mentalizámos os jogadores que cada jogo seria uma final e isso acabou por fazer com que realizássemos uma primeira fase, honestamente, muito acima das nossas próprias expectativas. Fomos ganhando e fomos sentindo-nos confortáveis com isso, porque é mais fácil trabalhar sobre vitórias.


Ter um clube vizinho, como o Serpa, a competir no mesmo escalão, é um fator positivo ou nem por isso?Em termos do andebol no seu conjunto, é bom. É sinal de que somos poucos, mas temos qualidade e trabalhamos bem. Numa visão apenas de treinador, olhando para o que foi a campanha das duas equipas, se calhar, se conseguíssemos juntá-las numa só, podíamos ter outro tipo de aspiração. Mas isto é, apenas, uma ilusão, porque os clubes têm dinâmicas e objetivos muito próprios.


A última época rondou a perfeição, estiveram a um passo de disputar a fase de subida e depois conseguiram a manutenção algumas jornadas antes do termo da prova…Sim, faltou pôr “a cereja no topo do bolo”. E isso seria termos ganho o último jogo da primeira fase, em Serpa. Chegámos a esse jogo com a possibilidade de disputar a fase de subida à 1.ª Divisão, não que quiséssemos ir lá, mas queríamos disputar o acesso para nos pormos à prova e premiarmo-nos a todos nós, sobretudo para aprendermos mais, o que só conseguiremos competindo com os melhores.


Do ponto vista pessoal gostaria de levar o clube à 1.ª Divisão, mas de uma forma mais realista, atento à conjuntura desportiva regional, aceitará que não é possível?Obviamente que nos sentimos muito perto de disputar uma fase que seria prestigiante para todos, mas também sabemos quantas dificuldades encontraríamos nesse percurso. Existe ainda alguma diferença entre o andebol do sul e do norte do nosso país. Com as condições que temos, as que a própria cidade e a região nos proporciona, o que devemos é consolidar o estatuto de 2.ª divisão, tentando fazer campeonatos tranquilos e sempre a morder os calcanhares aos melhores. De uma forma realista, não existem condições para mais do que isso.

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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