sábado, 1 de julho de 2017

Grândola já está representada na elite do hóquei em patins nacional


O Hóquei Clube Patinagem de Grândola (HCPG) nasceu em julho de 2009 a partir da antiga secção de patinagem do Clube Recreativo O Grandolense para fomentar e desenvolver as disciplinas de hóquei em patins e patinagem artística no concelho de Grândola.

Texto e foto  Firmino Paixão


Um curto espaço de oito anos bastou para que o Hóquei Clube de Grândola atingisse o topo nacional do hóquei em patins. Na época 2011/2012 celebraram a subida da terceira à segunda divisão nacional. Nesta época festejaram a promoção à primeira divisão nacional e o título de campeões nacionais da segunda divisão. Um caso de invulgar sucesso desportivo. O presidente do clube, Paulo Cesário, deu a conhecer ao “Diário do Alentejo” os contornos deste bem-sucedido projeto.


Depois da promoção à 1.ª Divisão, o título de campeões foi “a cereja no topo do bolo”. Algo inédito na história do hóquei grandolense?É um orgulho muito grande para todos os grandolenses. E nunca colocámos os nossos atletas sob pressão, senão não conseguiríamos nada disto. Acima de tudo precisávamos que eles jogassem normalmente, sem qualquer tipo de pressão, e os resultados apareceram. Mas tudo isto é o corolário do trabalho que temos feito na formação. A maior parte dos atletas desta equipa é da casa, foram formados connosco e também estão ajudando a formar os nossos pequenos atletas. Esta motivação dá-lhes mais força para trabalhar todos os dias.

O objetivo a que se propuseram no início da época era a subida de divisão?De início sabíamos que a equipa teria essa capacidade, porque desde que disputamos o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão andamos sempre em lugares cimeiros da tabela. No meio da época começámos a achar possível a subida e então, nessa altura, falámos com os jogadores, motivando-os para essa possibilidade, mas sempre ganhando jogo a jogo, sem qualquer tipo de pressão.


Um projeto que evoluiu muito rapidamente. Há cinco anos o clube festejou a subida da 3.ª para a 2.ª Divisão e agora atingiu o topo…Foi um trabalho fruto de muito voluntariado e do empenho de muitos amigos que nos ajudaram a lutar por estes objetivos.


Mas a equipa não tem só jogadores da terra?Sim, temos dois jogadores de Lisboa, um de Sesimbra e outro do Seixal, e outros que, não sendo daqui, residem em Grândola. Agora, com a subida, certamente que teremos necessidade de olhar para o futuro, porque quisemos subir, mas também queremos manter-nos na 1.ª Divisão. Mas sempre preservando a nossa idoneidade e a nossa origem humilde, porque não podemos entrar em grandes loucuras, senão a queda poderá ser grande. Temos de fazer tudo com grande rigor e serenidade.


A equipa técnica liderada pelo Quim Zé vai continuar?A equipa técnica é para manter, naturalmente, está tudo já firmado com os atletas e a equipa técnica comprometida para mais uma época. Apostámos num técnico experiente, o treinador que tínhamos cá anteriormente, Nélson Mateus, fez um excelente trabalho, trouxe a equipa até às mãos do Quim Zé, que completou a época e conseguiu este excelente resultado. É mérito de ambos, os atletas cresceram com o Nélson, continuaram a crescer com o Quim Zé, e o objetivo foi alcançado.


A 1.ª Divisão terá exigências diferentes, nomeadamente ao nível de apoios financeiros...Vamos ver o que conseguimos. Já começámos a trabalhar, mas não é fácil, a indústria na nossa área não é muito forte, mas estamos a trabalhar para conseguirmos mais apoios e para termos capacidade financeira para levarmos os nossos atletas aos jogos com alguma qualidade. Temos de trabalhar para consolidar a equipa na 1.ª Divisão, não é para subir e descer, isso não queremos.


A retaguarda de formação não será descurada?De maneira nenhuma. Na formação é que tem estado o futuro deste clube, e é nesse domínio, enquanto alicerce do futuro, que continuaremos a apostar forte.


O Hóquei de Grândola vai representar o sul do País ao mais alto nível nesta modalidade. É um orgulho? É importante, é o culminar de um grande trabalho de oito anos. Apesar de ser uma existência curta com este nome, o HCPG nasceu com atletas que já vinham de trás nesta modalidade. Tiveram a excelente ideia de formar este clube e está comprovado que tinham razão quando diziam que, focados apenas nesta modalidade, conseguiríamos ter sucesso.

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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