sexta-feira, 14 de julho de 2017

Santa Margarida do Sado foi palco de nacionais de pesca desportiva


O Campeonato Nacional de Esperanças, Juniores e Juvenis, organizado pela Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, arrancou no último fim de semana (1.ª e 2.ª provas) em Santa Margarida do Sado (rio Sado).

Texto e foto Firmino Paixão


Trinta e sete jovens pescadores, de várias regiões do País, disputaram as primeiras duas de seis provas que enquadram o Campeonato Nacional de Esperanças, Juniores e Juvenis em pesca desportiva, com organização da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva (FPPD) e apoio logístico da Associação Regional do Baixo Alentejo de Pesca Desportiva (Arbapd).
A Associação do Baixo Alentejo esteve representada por atletas do Clube Mourense de Pesca Desportiva, Clube de Pesca Desportiva de Mértola, CAP de Viana do Alentejo e CAP Baixo Alentejo (Alvito), num total de 11 pescadores, aos quais se juntou também o bejense Ivo Figueira, este em representação do Benfica.
António Combadão, dirigente da Arbapd, considerou que este lote de atletas que está a disputar o campeonato nacional “é um número manifestamente insuficiente para aquilo que deveria ser, numa modalidade de competição com os resultados internacionais que temos. Ou seja, quando chegamos ao estrangeiro e dizemos os atletas que temos e os resultados que fazemos, acham que é impossível, porque, de facto, são muito poucos para aquilo que é a realidade na Europa, nomeadamente a Itália, a França e a Inglaterra que são os países de topo”.
Por outro lado, um número tão reduzido de pescadores traduz-se em menor competitividade, explicou: “Repare que temos um setor de esperanças com oito atletas, do ponto de vista competitivo é muito redutor, porque a luta pelos lugares cimeiros acaba por ser restrita, pescam sempre uns contra os outros, não há mudanças de setor, por exemplo, nos juniores sim, mas aqui são sempre os mesmos, o próprio campeão nacional tem ganho com poucos pontos, porque basta-lhe fazer duas provas boas que dificilmente perderá nas restantes”.
Ainda assim a representação do Baixo Alentejo “foi um terço dos pescadores nacionais e isso dá para vermos um pouco o que é a realidade da pesca desportiva nacional. Temos mais atletas nos escalões de juniores e de juvenis do que em esperanças e se virmos a proveniência destes oito atletas esperanças, dois são do Baixo Alentejo, um é de Évora e os restantes são do norte e das beiras, é uma realidade muito curta para uma modalidade que queríamos mais participada e competitiva”.
António Combadão, membro dos órgãos sociais da associação regional e também dirigente associativo do Clube Mourense de Pesca Desportiva, questionou a forma como é feita a formação nesta modalidade e acentuou que: “Temos que ver qual é a realidade da pesca desportiva. No fundo é o pai que vem com o filho e que está ligado ao clube, porque precisa de estar inscrito. O clube tem pouco trabalho do ponto de vista formativo. Entendemos que não é essa a forma de trabalhar, pensamos que, para esta como qualquer outra modalidade ter futuro e sucesso, o trabalho tem que estar centrado no clube. É o clube que tem que ser o motivador da atividade e isso não acontece”.
Quanto às expectativas de que alguns atletas da Arbapd possam conquistar títulos nacionais, o dirigente sustentou: “Essa é, de facto, a nossa ambição, mas repare, na primeira prova, por exemplo, a Joana Ramalho fez um 1.º lugar e agora foi oitava, sai daqui com quatro pontos. O António Nunes fez 6.º, agora 5.º, sai com 11 pontos, houve aqui alguma alternância, houve um certo equilíbrio”, diz, revelando ainda que “a nossa esperança é conseguir títulos nacionais para os atletas da Arbapd para conseguirmos colocar atletas nas seleções nacionais que disputam os mundiais. Felizmente este será o quarto ano consecutivo que vamos ter atletas nas seleções”.
Combadão sublinhou que “mesmo não ganhando, o nosso objetivo é ficarmos bem classificados e, naturalmente, chegarmos às seleções, porque isso é muito importante, dada a visibilidade que nos traz, e porque é um veículo fundamental para chegarmos a outros jovens e podermos cativá-los”, explicou.
O dirigente reforçou ainda a ideia de que “essa é a nossa luta, sabendo que é uma modalidade difícil, muito técnica, que ocupa muitas horas de preparação do material e de treino, mas é uma modalidade muito atraente e estimulante do ponto de vista formativo e social. Tem uma dinâmica fantástica, com um sentimento de partilha de informação que faz crescer estes jovens”, concluiu.


Nacional de Clubes da 2.ª Divisão em Pesca Desportiva O Campeonato Nacional de Clubes da 2.ª Divisão, Zona Sul, 1.ª e 2.ª provas, disputa-se amanhã e domingo, na albufeira de Odivelas, com organização da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva e apoio da Associação Regional do Baixo Alentejo de Pesca Desportiva.

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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