sexta-feira, 7 de julho de 2017

Santiago do Cacém recebeu a XII Clericus Cup Portugal 2017


A XII Clericus Cup de Portugal, um campeonato nacional eclesiástico na modalidade de futsal, decorreu esta semana na cidade de Santiago do Cacém, com a participação de oito equipas e cerca de uma centena de sacerdotes católicos. A equipa dos “Vicentinos” representou o Alentejo.

Texto e foto Firmino Paixão

A organização foi da responsabilidade da Congregação de Missão (padres Vicentinos) com o apoio de alguns sacerdotes da Diocese de Beja, assinalando o seu duplo jubileu, assegurou o sacerdote da Paróquia de Santiago do Cacém, Pedro Guimarães, rosto principal da organização do torneio: “Para nós, padres Vicentinos, que estamos na Diocese de Beja há muitos anos, tornou-se um momento especial, uma vez que celebramos os 300 anos da nossa presença em Portugal e 400 anos de existência, ou seja, do carisma de São Vicente de Paulo”. E acrescentou: “Foi a primeira vez que este evento se realizou no sul do País, ficámos muito felizes, porque aproveitámos o facto de celebrarmos o aniversário para o realizarmos aqui no Alentejo”, território onde os padres Vicentinos desenvolvem trabalho pastoral desde 1991.
Competiram equipas de Braga, Guarda, Lamego, Porto, Vila Real e Viseu, além dos Vicentinos/Alentejo, no entanto, referiu Pedro Guimarães, “podiam ser mais, mas não é fácil, esta altura do ano é complicada, talvez seja a menos má, mas nem todos conseguem vir e deixar três dias da sua vida pastoral para aqui se encontrarem connosco. Podiam ter sido muitos mais, felizmente temos muitos e bons, mas foi o que conseguimos reunir aqui em Santiago do Cacém, onde convivemos da melhor forma possível”.
Aliás, sublinhou o sacerdote de Santiago do Cacém, “o convívio é uma nota que, no fundo, é uma desculpa para também trocarmos, abraçarmos e aprofundarmos a comunhão, temos ritmos muito intensos que, por vezes, pouca gente imagina ou sabe, e esta foi uma forma de estarmos descontraídos a partilhar, a desabafar e até a apoiar-nos mutuamente. São aspetos que acabam por marcar depois os nossos dias e o nosso final de ano pastoral, que é o que estamos a fazer também”.
Por outro lado, questionámos se este evento contribuiu para a evangelização do desporto. “Costuma ser assim”, anuiu Pedro Guimarães, “porque o desporto, no fundo, é uma ponte que é capaz de chegar a toda a gente, é das poucas pontes em que conseguimos todos dialogar de forma tranquila e, pelo menos, com os mesmos pontos de vista. O desporto, para nós, até pela nossa formação e pelo nosso itinerário de crescimento, marca-nos, e sentimos, de facto, junto da população em geral, que é realmente importante e um grande ponto de diálogo para estarmos juntos e partilharmos quem somos”.
Contudo, esta Clericus Cup Portugal não se esgotou na componente desportiva, acentuou: “Teve outras utilidades que é também rezarmos, somos padres, evidentemente, e católicos, por isso mesmo também tivemos momentos de encontro para a oração, mas também demos a conhecer a realidade de Santiago do Cacém e do litoral alentejano em especial. Tivemos momentos culturais, de partilha e de conhecimento da terra, que acabaram por nos distrair, por nos unir e deram a conhecer uma beleza que é o litoral alentejano”.
Uma certeza foi a de que todos os participantes deixaram Santiago do Cacém mais enriquecidos: “Claro, deixo-lhe uma ideia muito concreta, por exemplo, tivemos aqui colegas que foram ordenados no domingo passado, eram padres há um dia, e sentirem uma centena de outros padres a acolhê-los, a querer conhecê-los para em conjunto criarem laços de comunhão e de amizade, acho que foi uma riqueza extraordinária para todos”.
O próximo passo será reunir os melhores talentos para a seleção nacional, até porque, revelou Pedro Guimarães, “houve aqui uma prospeção de mercado, se assim se pode dizer, para que daqui saísse a equipa nacional que defenderá o título europeu, do qual, neste momento, já somos tricampeões”.
Quanto aos apoios para erguer esta edição “vicentina” da Clericus Cup foram muitos, diz: “Tenho que reconhecer e agradecer profundamente porque, felizmente, foram muitos a querer colaborar e que ajudaram de uma forma incansável a que este torneio pudesse ter mais qualidade a todos os níveis e agradecer àqueles tantos que também se ofereceram mas que, de uma forma ou de outra, já não era tão necessário, mas que quiseram contribuir para o sucesso do torneio em Santiago do Cacém”, assegurou o pároco que há 10 anos lidera aquela paróquia do litoral, razão pela qual disse que “fez todo o sentido lutar e abraçar este projeto”.

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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