sexta-feira, 21 de julho de 2017

Um tributo ao mérito


A seleção nacional de basquetebol, na categoria de seniores femininos, vai estar, em breve, na cidade de Beja, onde realizará um estágio de 10 dias. Um momento de reconhecimento da federação pelo trabalho que o Beja Basket Clube tem desenvolvido em prol desta modalidade.

Texto e fotos Firmino Paixão

O Beja Basket Clube é um clube de quem já se vai falando no seio da Federação Portuguesa de Basquetebol. A convicção é de João Margalha, presidente do emblema bejense, que, após uma época muito positiva, e sem pausa na atividade, já prepara os novos desafios, enquanto aguarda a presença da principal seleção feminina de Portugal, na cidade de Beja.

O Beja Basket Clube está a ganhar notoriedade.
Naturalmente que o facto de termos a seleção nacional de seniores femininos a treinar no pavilhão municipal de Beja, no final deste mês, representa alguma coisa, pelo menos, o reconhecimento da federação pelo trabalho do nosso clube.

Uma grande notícia, após uma época desportivamente bem conseguida?
Tivemos um ano, do ponto de vista desportivo, muito bom. Tivemos três atletas em seleções nacionais, o que foi absolutamente inédito. Tivemos uma atleta convidada para integrar o Centro de Alto Rendimento de sub/16 femininas, a Carmo Cruz, atleta de Beringel. Foi a primeira vez na história do clube. Tivemos um atleta nos sub/16 masculinos, também pela primeira vez, o outro que tinha sido convocado já estava no Benfica, e tivemos o grato prazer de uma atleta nossa de minibasquete, a Sofia Páscoa, ter ficado para o “All Star” do grupo das 12 melhores do País que competiram no Interseleções, em Paços de Ferreira. Foi ótimo, foi uma absoluta novidade e um orgulho para todos, porque representa efetivamente um trabalho que tivemos com sub/12 femininos, que acabou por ter resultados mais a curto prazo do que esperávamos. São coisas que se veem e isso, para um clube pequeno como o nosso, numa cidade pequena, também se traduz em confiança da federação.

O clube já tem todos os escalões em atividade e realizou ações de captação para reforçar os seus quadros?
Vamos fazer a primeira época com todos os escalões, desde o minibasquete, com oito anos, até aos seniores masculinos e seniores femininos. Os potenciais atletas que saírem destas ações de captação, que foram muito bem participadas, reforçarão as equipas que já temos.

Recrutam para acautelar o futuro…
A ideia que temos, essencialmente, é essa. Começámos com isto este ano, tínhamos feito, no ano passado, um esboço disto só no setor feminino e, este ano, decidimos realizar momentos de captação em todos os escalões iniciais. O que pretendemos? Trabalhar com atletas não federados, que não têm qualquer conhecimento de basquete para, posteriormente, os integrarmos nas nossas equipas de formação. Costumo dizer que estamos a fazer bem, mas temos de fazer melhor. Ou seja, temos de ter a capacidade de inovar todos os anos. E vamos fazer coisas diferentes. Na próxima época vamos fazer coisas bastante diferentes

Praticamente não têm época de defeso. O clube mantém grande atividade.
O que queremos é tornar a envolvência do basquete total. O nosso entendimento é que o basquete não pode ser uma coisa onde se vai treinar, fazem-se uns jogos entre abril ou maio, acaba-se e fica tudo parado até outubro. Não é isso que queremos, discordamos completamente disso, o basquete tem de ter mais envolvência, mais do que o basquete, é uma prática desportiva, é o convívio do clube e é isso que procuramos estabelecer. Para o ano vamos ter muitas novidades, por exemplo, uma comissão de mães que vai trabalhar connosco para incentivar a prática da modalidade e a frequência do pavilhão para criarmos uma claque. Há toda uma série de novidades que, na altura oportuna, anunciaremos, mas já estão todas em preparação.

Já estão a olhar com entusiamo para a próxima época desportiva?
Sim, com entusiasmo e com muita ambição. Remodelámos completamente o nosso corpo de treinadores, passámos de três para nove treinadores profissionalizados, portanto, com formação profissional para o efeito, ou seja, triplicámos o número de treinadores que estava a trabalhar no clube, apostámos e sei que vamos ter a recompensa disso.

A semente do basquetebol pegou bem e enraizou-se na cidade de Beja?

Eu diria mais, nos últimos dois anos o basquetebol tornou-se uma moda. Temos muitos jovens a praticar. Os miúdos falam uns com os outros e aparecem. Os pais também vão aparecendo. Penso que conseguimos criar aquilo que pretendíamos, uma dinâmica própria, a modalidade existia mas não estava com o dinamismo que nós achámos que ela poderia ter.

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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