quinta-feira, 21 de março de 2019

Odemirense quer ganhar Taça AVAL em voleibol feminino


O próximo sábado, 23 de Março, pode ser um dia muito especial para as jovens voleibolistas do Odemirense, que disputam, em Loulé, a final da Taça da Associação de Voleibol do Alentejo e Algarve (AVAL) em Juniores Femininas, diante das algarvias do Atlético Clube de Albufeira. A jovem equipa quer regressar a casa com o troféu na "bagagem".
"Queremos trazer o caneco" para Odemira, assume com optimismo o técnico Henrique Pinto, 61 anos, em declarações ao "SW". Para chegar a esta fase da competição, o Odemirense deixou para trás a equipa do Juventude Atlético Clube, de Santiago do Cacém. Já o Atlético Clube de Albufeira eliminou nas meias-finais (e com necessidade de um terceiro jogo) a formação do Juventude de Évora.
A presença na final da Taça da AVAL surge depois das meninas do Odemirense terem sido terceiras classificadas no Campeonato Regional, cuja final four decorreu em Fevereiro em Castro Verde.
"Calhou-nos logo no primeiro jogo a equipa mais forte [Atlético Clube de Albufeira] e sentimos que poderíamos ter ido à final se tivéssemos calhado com a equipa de Santiago do Cacém ou de Évora. Mas cumprimos o nosso papel e demos o nosso melhor", garante Henrique Pinto.
A equipa de voleibol de Juniores Femininos do Odemirense nasceu na época desportiva de 2017-2018, fruto de um trabalho iniciado dois anos antes por Henrique Pinto no seio do Agrupamento de Escolas de Odemira, através do Desporto Escolar. Desde então tem havido bastante evolução por parte das atletas, diz o técnico, reconhecendo grande margem de progressão às suas jogadoras.
"Sem dúvida que existe aqui qualidade! Aliás, o passado já o demonstra, pois há meninas a jogar em clubes de Lisboa e em Évora que saíram daqui de Odemira. E desta 'fornada' que vai sair agora algumas delas têm condições para prosseguir" na modalidade", observa Henrique Pinto. "Aliás é esse o meu grande objectivo: que fique daqui uma aprendizagem para a vida, porque quero que elas continuem a utilizar o voleibol como uma actividade física ao longo da vida. Não é só para efeitos competitivos que a gente as forma, até porque sou professor antes de ser treinador", acrescenta.
Apesar da evolução, o técnico reconhece que a época de 2018-2019 esteve longe de ser perfeita. "Não temos tido atletas em número suficiente para garantir um plantel estável. E não tem sido fácil juntar as meninas nos treinos, porque as horas dos treinos não coincidem com as dos transportes" públicos, "que terminam às 18h30", desabafa Henrique Pinto, considerando que esta situação tem condicionado "fortemente" a evolução da equipa.
Ao mesmo tempo, o treinador odemirense lamenta que o clube nem sempre tenha dado o devido apoio à modalidade e às suas atletas. "Só proporciona transportes, através da Junta de Freguesia, para os jogos. Sentimo-nos um pouco desapoiados nesta matéria", frisa.
Tudo isto leva Henrique Pinto a temer pela continuidade da modalidade em Odemira. Não só porque grande parte das actuais atletas vão entrar no ensino superior, mas também porque é apenas ele a trabalhar em prol do voleibol.
"Por vezes sinto-me só nisto", confidencia, para logo defender que é nas escolas que está o futuro do voleibol em Odemira. "É na escola que, na minha opinião, tem de se fazer a maior aposta. E se não houver mais ninguém na escola a trabalhar nos escalões de formação, não há 'alimento' para as equipas federadas", conclui.
Fonte: www.jornalsudoeste.com/

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