domingo, 27 de setembro de 2020

Bola de trapos, edição de 25/10/2020 no Diário do Alentejo

 

José Saúde
A tática
No universo futebolístico, onde as ideias para escrevinhar são hoje parcas e o fenómeno restringido, sobressaem, no entanto, termos tecnológicos que, aplicáveis ao evoluir do jogo, proporcionam ao mais incauto admirador da modalidade pasmo, tendo em linha de conta a maneira subtil como o mister exerce saber nos conteúdos que administra. Fala-se na evolução da tática, na deambulação dos atletas pelos diversos setores, na dimensão competitiva do adversário, ou sobre as razões fundamentais como defender ou atacar o resultado inserido em esquemas dos blocos - baixos, médios e altos -, ou, ainda, sobre as distintas capacidades que cada um dos atletas apresenta em campo. Neste contexto, é irrepreensivelmente aceitável que o sistema da tática marcou o desenvolvimento do futebol ao longo do tempo. Existem performances que em nada se compadecem com aqueles esquemas táticos que esbarraram nos seus primórdios. O velho jogo da bola, praticado em equipa, conheceu novos esboços que se apresentam como uma antítese ao seu quimérico passado. Francisco Véstia, um dos iniciadores do Piense Sporting Clube, cuja data de fundação se reporta a 16 de Fevereiro de 1944, deixou dito para a posterioridade no livro “Glórias do Passado II” que no seu tempo a tática assentava num “guarda-redes, dois back´s, direito e esquerdo, o alfa centro, o alfa direito e alfa esquerdo, o ponta direita, o meia ponta direita, o avançado centro, o meia ponta esquerda e o ponta esquerda”. Jogava-se com dois defesas, três médios e cinco avançados. Num outro âmbito, no Campeonato Mundial de Futebol de 1958, disputado na Suécia, o Brasil, orientado por Vicente Feola, trouxe à estampa um revolucionário 4x2x4 e a equipa sagrou-se, pela primeira vez, campeã do mundo. Pelé, um jovem com 17 anos, foi considerado a pérola da competição, dado que não só orientava o poder do jogo ofensivo, mas tinha, também, o privilégio em apresentar-se como marcador de golos. Mas, as vulnerabilidades táticas trouxeram ao futebol a introdução de novos métodos. As velhas raposas, homens considerados sapientes, acumulam experiências que catapultam os clubes para a ribalta. Assim, tal como em tudo na vida, o futebol foi-se transformando numa caixinha de surpresas onde proliferam os prudentes mestres. O treinador é um homem erudito e a sua sabedoria ancestral alterou o sistema de jogar. Existem cursos, uma paulatina ascensão na carreira, aulas de formação, o técnico conhece os seus teores e distribui as peças num puzzle que se pretende vencedor. Longe vão os tempos da marcação em cima, ou à zona, do caducado 2x3x5, bem como outras nuances que foram, entretanto, atiradas para o caixote do lixo. Prevalece a certeza de que o jogo é, agora, um espetáculo onde proliferam múltiplos interesses, desportivos e financeiros, não obstante a tática engendrada no interior das quatro linhas.
Fonte: Facebook deJose Saude

Andebol: Treinador Manuel Ramos confiante numa boa época do Serpa

 

Uma vontade acrescida para que o Centro de Cultura Popular (CCP) de Serpa alcance, esta época, algo que possa dedicar aos seus adeptos e às pessoas da cidade que gostam da modalidade, é a convicção do técnico Manuel Ramos.

 

Texto e Foto Firmino Paixão

 

O pavilhão Carlos Pinhão, em Serpa, foi sempre um dos recintos onde o clube teve mais público a assistir aos jogos de andebol. Nos tempos mais próximos, com o pavilhão vazio, não faltará aos atletas uma atitude forte e uma motivação superior para que o objetivo desportivo seja atingido. A qualificação para a segunda fase do campeonato é a meta que os serpenses vão perseguir.

 

O CCP Serpa já prepara a próxima época desportiva, naturalmente com algumas limitações?

Sim, já estamos a treinar há três semanas, a primeira das quais tivemos que trabalhar fora do pavilhão por causa das regras que existem devido `a pandemia. Tivemos que elaborar e apresentar um plano de contingência e só quando esse processo foi concluído é que tivemos acesso ao pavilhão Carlos Pinhão. Estamos a treinar com as restrições que são impostas, uma situação à qual temos que nos ir habituando, porque isto está para durar. Mas vamos trabalhando já dentro do espaço que nos foi proporcionado pelo município. A utilização dos balneários e o uso dos chuveiros está condicionada, mas temos conseguido adaptar-nos, aos poucos, e irmos trabalhando o que nos tem sido possível.

 

Se calhar, os atletas já estavam bastante ansiosos por regressar à atividade?

Claro, porque nós terminámos a época em 12 de março e tivemos estes meses todos parados. Quem gosta de andebol e sente o “bichinho” da modalidade, é normal que tivesse alguma ansiedade para regressar aos treinos. Questionavam-nos quando é que podiam regressar ao pavilhão e quando começariam a jogar. São situações normais.

 

Num período tão largo de inatividade, cerca de sete meses, provavelmente perderam-se algumas rotinas competitivas?

Sem dúvida! E agora, aos poucos, vamos recuperando essas rotinas que se foram perdendo. Mas também permanece em nós aquela indefinição sobre como será a competição desta época. Não sabemos ainda quais as equipas que estão inscritas, isto ainda está muito na expectativa e temos também essa limitação de não podermos ter público a assistir aos jogos, o que, principalmente nas modalidades amadoras, é algo muito ingrato. Quem anda aqui a treinar gosta sempre de mostrar o trabalho que é realizado, mas vamos ver, vamos esperar que as coisas corram bem e, pela nossa parte, faremos os possíveis para que seja assim. Temos que saber lidar com esta nova realidade.

 

O aspeto emocional e a motivação também foram afetados?

Não, acho que não foi tanto assim… aliás, o que tenho notado é o contrário. Tenho visto os atletas com outra força em termos de motivação, de entrega e de gosto pela modalidade. Os atletas encararam esta situação de uma outra forma e, como estiveram aqueles meses sem competir, regressaram com muita vontade e com enorme sentido de responsabilidade, querendo que as coisas corram bem.

 

Como estão a decorrer os treinos, tendo presentes as limitações que existem?

Começámos com algum distanciamento, agora é assim, temos que perceber as coisas… entramos no pavilhão e nos balneários com o maior respeito por todas as restrições, mas lá dentro temos que perceber que, em termos competitivos, o andebol é um desporto de contacto, e isso, por mais que o queiramos evitar, no treino em pleno já não o conseguimos fazer. Quando saímos do treino voltamos a tomar todas as precauções, mas é uma situação com a qual não será fácil lidarmos.

 

E as metas? Que objetivos definiram para o próximo campeonato?

A nossa meta passa, sem dúvida, pela qualificação para a segunda fase do campeonato. No ano passado as coisas não nos correram como desejávamos. Realizámos uma primeira volta muito boa, terminámos no primeiro lugar mas, na parte final da segunda volta, foi um descalabro, não conseguimos entrar no lote de equipas que discutiram a segunda fase, como o Évora Andebol Clube, que ficou em primeiro e subiu diretamente. Isto é assim, não é como começa, é como acaba, e nós temos de trabalhar ainda mais para sermos mais consistentes, temos que ter mais maturidade competitiva.

 

Mas o regresso à II Divisão é algo que está no horizonte?

Nós, neste momento, queremos fazer um trabalho de base que nos dê alguma consistência, porque não é fácil estarmos na II Divisão e aguentarmo-nos por lá, tão competitiva como ela está atualmente.

 

E o plantel? Parece que temos novidades.

Sim, conseguimos trazer o José Cano, guarda-redes que terminou a última época na Zona Azul, temos o regresso do João Batista, jogador que estava em Lagos, temos também alguns jogadores que tinham deixado de jogar e voltaram e temos o regresso do Miguel Baião, vindo de uma lesão e, que, correndo tudo bem, este ano já estará em condições. Acreditamos que vamos ter mais qualidade e repare que o Miguel, nas últimas épocas, tem sido o melhor marcador da III Divisão Nacional.

 

Vê-se que está confiante numa boa temporada…

Sim, estou confiante que as coisas, este ano, nos irão correr bem. Mas estamos sempre com aquela indefinição de saber com é que as coisas se irão desenvolver a partir de agora. Mais do que a competição, aquilo que nos preocupa, neste momento, é essa questão sanitária. Se nos for permitido competir, estaremos na luta pelos lugares de acesso à segunda fase.

Fonte:  https://diariodoalentejo.pt/

SORTEIO Distritais de Beja começam em meados de outubro

 

A Associação de Futebol de Beja sorteou as suas principais competições na modalidade de futebol de onze: Campeonatos da I e I Divisão e Taça Distrito de Beja, no escalão de seniores masculinos. Sem público e com rigorosas medidas de segurança sanitária, para conter eventuais surtos.

 

Texto e Foto Firmino Paixão

 

No escalão principal, voltam a concorrer apenas 13 clubes, com essa novidade que é a estreia do União Serpense neste patamar. O campeonato vai ter início no dia 18 de outubro, pelas 16:00 horas. Na Taça Distrito de Beja, com uma primeira eliminatória marcada para o dia 13 de dezembro, vão competir 32 clubes, número onde se incluem todos os concorrentes aos campeonatos distritais com exclusão, por motivos regulamentares, das três equipas B.

 

Pedro Xavier, presidente da Associação de Futebol de Beja, disse ao “Diário do Alentejo” que este “foi o primeiro passo rumo à nova época desportiva, com a consciência de que, pelo caminho, existirão muitas dificuldades, porque atravessamos uma época absolutamente anormal”.

 

“É um momento essencial para estarmos todos unidos e dialogarmos, vamos voltar a falar com os clubes, para atualizarmos algumas informações, porque não desejamos, de forma nenhuma, que o futebol amador pare””, acrescentou.

 

Quanto à ausência de público nos estádios, Pedro Xavier recordou que a vontade da AFB e dos clubes era que os jogos tivessem público mas na reunião do Conselho de Ministros de 31 de agosto “foi reiterada a decisão de que não haveria público nos estádios e o próprio primeiro-ministro já voltou ao assunto sublinhando que, a propósito do atual estado de contingência não haverá mesmo público nos estádios. Vamos ver se em outubro, será possível o regresso à normalidade, porque o público faz falta nos estádios”.

 

Pedro Xavier recordou também que a associação tomou, no início da época, “algumas medidas de apoio aos clubes, com a redução do valor das inscrições”, tendo agora decidido “pagar metade da taxa de arbitragem a todos os clubes das duas divisões, até que as coisas normalizem”. Quanto aos campeonatos de formação, o líder associativo disse que “a ideia foi deixar acontecer o regresso às aulas e, posteriormente avaliar se as coisas correram bem. Pode ser que, em breve, seja permitida a retoma dos escalões de formação, mas só o tempo o dirá”.

 

Campeonato Distrital da I Divisão

1ª Jornada (18/10/20):

Sporting de Cuba-Praia de Milfontes; Odemirense-Penedo Gordo; Aldenovense-União Serpense; Serpa-Piense; Despertar-Vasco da Gama; Guadiana-Almodôvar. Folga o Castrense.

 

2ª Jornada (25/10/20):

Penedo Gordo-Sporting Cuba; União Serpense-Odemirense; Piense-Aldenovense; Vasco da Gama-Serpa; Almodôvar-Despertar; Castrense-Guadiana. Folga: Milfontes.

 

3ª Jornada (1/11/20):

Milfontes-Penedo Gordo; Sporting Cuba-União Serpense; Odemirense-Piense; Aldenovense-Vasco da Gama; Serpa-Almodôvar; Despertar-Castrense. Folga: Guadiana.

 

4ª Jornada (8/11/20):

União Serpense-Milfontes; Piense-Sporting Cuba; Vasco da Gama-Odemirense; Almodôvar-Aldenovense; Castrense-Serpa; Guadiana-Despertar. Folga: Penedo Gordo.

 

5ª Jornada (15/11/20):

Penedo Gordo-União Serpense; Milfontes-Piense; Sporting Cuba-Vasco da Gama; Odemirense-Almodôvar; Aldenovense-Castrense; Serpa-Guadiana. Folga: Despertar.

 

6ª Jornada 22/11/20):

Piense-Penedo Gordo; Vasco da Gama-Milfontes; Almodôvar-Sporting Cuba; Castrense-Odemirense; Guadiana-Aldenovense; Despertar-Serpa. Folga: União Serpense.

 

7ª Jornada (29/11/20):

União Serpense-Piense; Penedo Gordo-Vasco da Gama; Milfontes-Almodôvar; Sporting Cuba-Castrense; Odemirense-Guadiana; Aldenovense-Despertar. Folga: Serpa.

 

8ª Jornada (6/12/20):

Vasco da Gama-União Serpense; Almodôvar-Penedo Gordo; Castrense-Milfontes; Guadiana-Sporting Cuba; Despertar-Odemirense; Serpa-Aldenovense. Folga: Piense.

 

9ª Jornada (20/12/20):

Piense-Vasco da Gama; União Serpense-Almodôvar; Penedo Gordo-Castrense; Milfontes-Guadiana; Sporting Cuba-Despertar; Odemirense-Serpa. Folga: Aldenovense.

 

10ª Jornada (10/01/21):

Almodôvar-Piense; Castrense-União Serpense; Guadiana-Penedo Gordo; Despertar-Milfontes; Serpa-Sporting Cuba; Aldenovense-Odemirense. Folga: Vasco da Gama.

 

11ª Jornada (24/01/21):

Vasco da Gama-Almodôvar; Piense-Castrense; União Serpense-Guadiana; Penedo Gordo-Despertar; Milfontes-Serpa; Sporting Cuba-Aldenovense. Folga: Odemirense.

 

12ª Jornada (31/01/21):

Castrense-Vasco da Gama; Guadiana-Piense; Despertar-União Serpense; Serpa-Penedo Gordo; Aldenovense-Milfontes; Odemirense-Sporting Cuba. Folga: Almodôvar.

 

13ª Jornada (7/02/21):

Almodôvar-Castrense; Vasco da Gama-Guadiana; Piense-Despertar; União Serpense-Serpa; Penedo Gordo-Aldenovense; Milfontes-Odemirense. Folga: Sporting Cuba.

 

Taça Distrito de Beja Seniores Masculinos

1ª Eliminatória (13/12/20):

Desportivo da Sete-Guadiana Mértola; Almodôvar-Amoreiras Gare; Naverredondense-Santa Luzia; Despertar-Serpa; Aldenovense-Vasco da Gama; Albernoense-Castrense; União Serpense-Santa Clara-a-Nova; Amarelejense-Ourique; Sporting de Cuba-Aldeia dos Fernandes; São Marcos-Odemirense; Milfontes-Alvito; Barrancos-Bairro da Conceição; Piense-Penedo Gordo; Messejanense-Negrilhos; Pereirense-Salvadense, Renascente-Alvorada.

Fonte:  https://diariodoalentejo.pt

Taça de portugal 1~Eliminatoria

 

1ª EliminatóriaFonteª Site Zero Zero









2020/10/05Moura15:00Culatrense


2020/10/07Lourinhanense15:00U. Santarém


 Fazendense19:301º Dezembro


 União Madeira SAD20:00Tirsense


 Ferreiras20:45Louletano


 Ericeirense21:00GS Loures


2020/09/26FC Amares0-1Vianense


FG
 AD Porto da Cruz1-4Camacha


FG
 Berço SC1-2Vilaverdense FC


FG
 Bragança0-1Limianos


FG
 Beira-Mar1-0FC Oliv. Hospital


FG
2020/09/27Alcains2-2
(3-4)g.p.
Vit. Sernache


FG
 Pêro Pinheiro1-0
(a.p.)
SC Praiense


FG
 FC AlvercaDAGuadalupe


FG
 GRAP2-1Alqueidão Serra


FG
 FC Crato0-4UD Leiria


FG
 Portalegrense0-11Marinhense


FG
 Sacavenense2-0Sintrense


FG
 U. Tomar2-3Portomosense


FG
 Sertanense1-0Benf. Castelo Branco


FG
 Olhanense0-2Lusit. Évora


FG
 Aljustrelense1-0
(a.p.)
Praia Milfontes


FG
 Assoc. Lusitano Évora 19110-0
(3-4)g.p.
Moncarapachense


FG
 Vasco da Gama Vidigueira1-2
(a.p.)
Juventude Évora


FG
 CD Fátima SAD0-3ARC Oleiros


FG
 Pinhalnovense2-0Atlético CP


FG
 Real SCDALusitânia dos Açores


FG
 Oriental Dragon FCDAFayal


FG
 BarreirenseDAMadalena


FG
 Fabril Barreiro2-0Rabo Peixe


FG
 CR Ferreira de Aves0-1AD Sanjoanense


FG
 AR São Martinho2-0
(a.p.)
Pevidém SC


FG
 FC Pedras Rubras2-1
(a.p.)
Amarante FC


FG
 Vila Real1-0
(a.p.)
Mondinense


FG
 Trofense0-0
(7-6)g.p.
Vila Meã


FG
 FC Felgueiras 1932DACD Aves SAD


FG
 Águia FC Vimioso1-2
(a.p.)
Mirandela


FG
 Caç. Taipas0-3Fafe


FG
 Maria da Fonte1-2CDC Montalegre


FG
 Cerveira2-0Brito SC


FG
 Anadia FC2-0
(a.p.)
Condeixa


FG
 SC Coimbrões1-2Valadares Gaia


FG
 Gondomar SC7-0Sp. Mêda


FG
 Lusitano Vildemoinhos0-0
(7-6)g.p.
Águias do Moradal


FG
 Aguiar da Beira1-4Vila Cortez


FG
 Ançã3-1Tocha


FG
 Canelas 20102-0FC Foz


FG
 Calvão0-1Carapinheirense


FG
 Câmara de Lobos2-1Leça FC


FG
 S. João Ver1-0Lusitânia de Lourosa


FG
 FC Santa Marta2-0CD Cinfães


FG
 USC Paredes1-0AD Castro Daire


FG
 Torreense3-0U. Almeirim


FG
 São Roque (Açores)0-3Club Football Estrela


FG
 SC Ideal4-0Vale Formoso

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Desportivo de Beja na II Liga

 

Beja na II Liga

O plantel do Desportivo de Beja que participou na II Liga em 1996-97
Fundado a 8 de setembro de 1947, o Clube Desportivo de Beja nasceu da fusão entre o Luso Sporting Clube, a União Sporting Clube e o Pax-Júlia Atlético Clube, embora os estatutos do clube considerem como data de fundação a do Luso Sporting Clube, 16 de junho de 1916.

Com um emblema constituído por um escudo emoldurado por duas espigas de trigo amarelo, as coroas das armas de Beja e a Torre de Menagem de Beja, o clube do Baixo Alentejo viveu a fase de maior fulgor a meio da década de 1990, quando participou na II Liga em 1996-97. 37 pontos em 34 jornadas revelaram-se insuficientes para evitar o 17.º (e penúltimo) lugar e a consequente despromoção.


Essa participação no segundo escalão foi o culminar de uma ascensão meteórica que em dois anos levou o clube da III Divisão à II Liga, num trajeto que incluiu o título nacional da III Divisão em 1994-95.

Depois da despromoção à II Divisão B em 1997, a formação bejense permaneceu nos campeonatos nacionais até 2007, quando caiu nos distritais da AF Beja. E desde 2018 que desativou a equipa sénior.

Numa época na II Liga, 25 futebolistas jogaram pelo Desportivo de Beja. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.


10. Sidi (25 jogos)

Sidi
Central/médio defensivo guineense de elevada estatura, reforçou o Desportivo de Beja no verão de 1996, aquando da promoção à II Liga, depois ter iniciado a carreira no futebol algarvio ao serviço de Ginásio Tavira e Olhanense.
Ao serviço dos bejenses no segundo escalão, disputou 25 jogos (17 a titular) e marcou um golo na visita ao Varzim.
Na temporada seguinte continuou na equipa alentejana, na II Divisão B, e depois passou pelos açorianos do Operário antes de prosseguir a carreira nas divisões secundárias da Alemanha.


9. Carlos Freitas (25 jogos)

Carlos Freitas
Disputou 25 jogos tal como Sidi, mas amealhou mais 394 minutos em campo – 1904 contra 1510.
Avançado açoriano, passou por vários clubes do sul do país, como Vitória de Setúbal, Montijo, União Montemor e Vasco da Gama de Sines, antes de reforçar o Desportivo de Beja aquando da subida à II Liga, no verão de 1996.
Embora só tenha disputado 25 jogos (22 a titular) na II Liga e feito parte de uma equipa que desceu de divisão, sagrou-se o melhor marcador do campeonato, com 17 golos – Académico Viseu (três), Sp. Covilhã (três), Feirense, Paços de Ferreira (dois), Tirsense (dois) e Varzim (três), União da Madeira (três) foram as vítimas de Carlos Freitas.
Apos a despromoção, o bombardeiro açoriano prosseguiu a carreira na II Liga ao serviço do Penafiel, tendo sido igualmente feliz nos durienses.


8. Joy (26 jogos)

Joy
Avançado nascido em Luanda, também chegou a Beja no verão de 1996, já com experiência de II Liga ao serviço de Desp. Aves e Feirense, após ter passado por Barreirense, Vasco da Gama de Sines, Esperança de Lagos e Alverca.
Na capital do Baixo Alentejo não foi titular indiscutível, mas atuou em 26 partidas (11 no onze inicial) e faturou por três vezes, diante de Varzim, Desp. Aves e Estoril.
Depois prosseguiu a carreira na III Divisão com as camisolas de Palmelense e Alcochetense.


7. Zé Aníbal (26 jogos)

Zé Aníbal
Disputou 26 jogos tal como Joy, mas amealhou mais 428 minutos em campo – 1722 contra 1294.
Médio de características ofensivas natural de Samora Correia, concelho de Benavente, trocou os ribatejanos do Vilafranquense pelos alentejanos do Desportivo de Beja no verão de 1996 e não foi por ele que os bejenses não passaram mais tempo na II Liga.
Em 26 jogos, 18 na condição de titular, Zé Aníbal apontou dez golos, diante de Feirense, Académico Viseu, Académica, Paços de Ferreira, Tirsense, Varzim, Campomaiorense, União de Lamas, Felgueiras e Sp. Covilhã, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Haveria de continuar mais uma época na formação alentejana, brilhando na II Divisão B ao apontar 19 golos em 1997-98, o que lhe garantiu o bilhete de regresso à II Liga pela porta do Penafiel, onde reencontrou Carlos Freitas.


6. João Carlos (29 jogos)

João Carlos
Mais um médio de características ofensivas, este natural de Setúbal e formado no Vitória ao lado de Hélio, tendo ainda passado por Santa Clara, Montijo, Vasco da Gama de Sines, Silves, O Elvas, Barreirense e Quarteirense antes de dar o salto para a II Liga pela porta do Desportivo de Beja no verão de 1996.
Maioritariamente titular, disputou 29 jogos (24 no onze inicial) e marcou um golo ao Desp. Aves, não conseguindo evitar a despromoção.
Haveria de continuar mais uma época nos bejenses, na II Divisão B, rumando depois ao Imortal, onde foi oriental pelo conterrâneo Ricardo Formosinho. Até ao final da carreira representou ainda Lusitânia Lourosa, Alcochetense, Alcanenense, Atlético e Comércio e Indústria.


5. Vado (29 jogos)

Vado
Disputou 29 jogos tal como João Carlos, mas amealhou mais 385 minutos em campo – 2301 contra 1916.
Médio ofensivo de baixa estatura (1,67 m) que brilhou ao serviço de Portimonense, Marítimo e Sp. Braga na I Divisão, chegou a Beja no verão de 1996, aos 27 anos, cerca de um ano e meio depois de ter jogado por duas (de três) vezes pela seleção nacional “AA”.
Reforço de peso titularíssimo no meio-campo bejense, participou em 29 jogos (27 a titular) e marcou um golo ao Desp. Aves na II Liga, não evitando a despromoção.
Após a descida de divisão continuou mais uma temporada no clube, na II B, mas depois voltou a Portimão.


4. Chico Nikita (29 jogos)

Chico Nikita
Disputou 29 jogos tal como Vado e João Carlos, mas somou mais minutos do que os companheiros: 2541.
Defesa central cabo-verdiano que surgiu no futebol português em 1988 para representar o Académico Viseu e que jogou na I Divisão pelos viseenses e pelo Penafiel, trocou o Portimonense pelo Desportivo de Beja no verão de 1996, acompanhando o treinador José Torres.
Ao serviço dos bejenses disputou 29 partidas (28 a titular) na II Liga e faturou por três vezes, diante de Tirsense, Felgueiras e Académica, não evitando a despromoção.
Depois da descida de divisão não voltou a jogar futebol.


3. Edmundo (30 jogos)

Edmundo
Defesa central natural de Setúbal, formado no Vitória, e com passagem de dois anos pelo Benfica, clube pelo qual se sagrou campeão nacional e vice-campeão europeu, foi um dos reforços de peso do Desportivo de Beja no verão de 1996, numa fase em que estava à beira dos 33 anos.
Embora já estivesse na curva descendente da carreira conseguiu disputar 30 jogos (todos a titular) e marcar um golo ao União de Lamas na II Liga, mas não evitou a despromoção.
Após a descida de divisão continuou no Alentejo ao serviço do União de Montemor, na II Divisão B, colocando aí um ponto final no seu percurso como futebolista.


2. Rolo (31 jogos)

Rolo
Um dos jovens jogadores que chegaram a Beja por empréstimo do Vitória de Setúbal, a par de Marco Tábuas e João de Deus, tendo sido o mais utilizado entre os três.
Lateral direito de posição, foi titular nos 31 jogos que disputou ao serviço dos bejenses, mas foi impotente para evitar a despromoção.
Na época seguinte voltou ao Bonfim, mas não se afirmou. Ainda assim, haveria ainda de jogar na II Liga espanhola com a camisola do Getafe e na I Liga portuguesa ao serviço do Beira-Mar.


1. Grosso (32 jogos)

Grosso
Lateral esquerdo experiente, formado no Vitória de Setúbal e com experiência de I Divisão adquirida ao serviço de Fafe e Belenenses, é o único jogador desta lista que contribuiu para a promoção do Desportivo de Beja ao II Liga em 1995-96.
Na temporada seguinte manteve-se de pedra e cal no onze bejense e disputou 32 jogos (31 a titular) no segundo escalão, não conseguindo evitar a despromoção.
Após a descida de divisão rumou ao União de Montemor, onde reencontrou os conterrâneos Edmundo e Ricardo Formosinho.
Entretanto tornou-se treinador e regressou ao Desportivo de Beja em 2003-04, quando o clube militava na III Divisão.




Fonte: https://davidjosepereira.blogspot.com/