"Nos longínquos anos 20 um grupo de estudantes criou o Aldenovense Foot-Ball Clube. O futebol dava então os primeiros passos.
Aldeia Nova de São Bento, a exemplo de outras localidades, despertou
para o jogo da bola. Os rapazes, atentos à evolução do fenómeno, selaram
fronteiras para a fixação da modalidade na urbe. Seguiram-se os
desafios entre grupos da terra e das populações vizinhas. A 20
de Agosto de 1947 o capitão Alcino Pires, um homem que tinha sido
dirigente do Atlético Clube de Portugal e da Federação Portuguesa de
Futebol, fixou-se na terra e fundou o Clube Atlético Aldenovense. O
emblema alentejano assumiu-se como a 11ª filial do clube lisboeta. O
Aldenovense equipava com as cores do clube de Alcântara. O campo
situava-se no Rossio. As bancadas em madeira, sempre repletas, levavam o
público ao delírio. Os derby´s regionais cativavam. A emblemática
dedicação perdurou na década de 50. Na época 1966/67, pela mão de Luís
Féria e de Zé Amaro, o Aldenovense surgiu à estampa com uma equipa de
juvenis e disputou o campeonato distrital da AF Beja. A passagem foi
efémera, é verdade. Ficou o saldo de um ensaio positivo. Na época
1974/75, o autor desta prosa, chegado recentemente da Guiné, e
conhecendo os meandros futebolísticos, resolveu com o Zé Amaro inscrever
uma equipa de seniores no campeonato distrital. Uma aventura, ter-se-á
pensado! Todo o trabalho logístico era feito na mesa de canto do café do
Zé Amaro. Não havia sede. Juntei os BI de uma série de amigos e eis-nos
prontos para a luta. Hoje revejo esse feliz momento e contemplo a
actual realidade desportiva do Atlético. O clube cresceu,
dimensionou-se, aposta na formação, conta com dois títulos de campeão
regional, e subsequentes passagens pelo nacional da III Divisão, e esta
época ocupa um lugar privilegiado na I Divisão distrital. Aldenovense,
um clube com história."
José Saúde
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