quinta-feira, 30 de julho de 2020

António Figueira: "Guadiana estava num vazio completo"

O vazio directivo que ameaçava a existência do clube levou António Figueira a avançar para a presidência do Guadiana de Mértola, tendo já "linhas orientadoras" bem definidas para o seu projecto.
"Desde logo, a manutenção do futebol sénior só com a 'prata da casa' e um orçamento reduzidíssimo. Já a formação vai começar a ser paga. Havia também a questão do investidor privado, que estava a ganhar algum peso, mas dissemos claramente que connosco não havia espaço para investidores. Outra linha orientadora de fundo é que vamos começar a organizar-nos a partir de baixo e não de cima, como sempre tem acontecido", anuncia em entrevista ao "CA".

Está de regresso à presidência do Guadiana de Mértola, cargo que desempenhou entre 2014 e 2016. O que o fez voltar ao cargo?
Era presidente da Assembleia Geral e fiquei com a chave na mão… E perante esse cenário de indefinição total não havia outra solução. Entendi que devia viabilizar uma solução directiva para o Guadiana.

Sob risco de o clube fechar portas.
Sim! Já tinha marcado três processos eleitorais e todos ficaram desertos. Portanto, na última assembleia preparei um plano "B". Ainda tentei até ao último segundo que alguém avançasse com uma comissão administrativa, mas não aconteceu. E o meu plano "B" era reunir um conjunto de pessoas [para formar uma lista liderada por mim] e felizmente consegui.

Na página do clube no Facebook os novos órgãos sociais foram apresentados sob o lema "Renascer". Porquê?
É como lhe disse, o clube estava num vazio completo! As assembleias eram cada vez menos frequentadas e as pessoas admitiam que o Guadiana podia acabar. Mas eu não quis que assim fosse. A única alternativa era viabilizar uma solução directiva e apresentei logo às pessoas as linhas orientadoras, que, no fundo, são aquilo que nos vai guiar nos próximos dois anos.

Que linhas orientadoras são essas?
Desde logo, a manutenção do futebol sénior só com a "prata da casa" e um orçamento reduzidíssimo. Já a formação vai começar a ser paga. Havia também a questão do investidor privado, que estava a ganhar algum peso, mas dissemos claramente que connosco não havia espaço para investidores. Outra linha orientadora de fundo é que vamos começar a organizar-nos a partir de baixo e não de cima, como sempre tem acontecido. Ou seja, vamos reorganizar o clube de baixo para cima, criando um apoio administrativo e tendo uma sede a funcionar num horário normal para sócios e patrocinadores. É este o nosso projecto e foi por isso que utilizamos a palavra "renascer", que acho que se adequa perfeitamente.

Relativamente ao interesse de investidores privados no Guadiana, qual era a proposta em concreto?
Era um senhor brasileiro, que tinha por trás um treinador português e um investidor nigeriano. Mas o nosso projecto não contempla nenhum passo nesse sentido… Não queremos construir nada em cima de um monte de areia, que é isso que temos neste momento. Temos de começar a organizar o clube a partir de baixo e isso era dar um tiro nos pés. Era estarmos a começar outra vez a criar uma organização em torno da equipa sénior, o que me parece que, na nossa realidade, não pode ser.

Circulou o rumor de que o Guadiana de Mértola iria desistir da 1ª divisão distrital. Confirma essa informação ou pode dar a garantia que o clube se vai manter neste escalão em 2020-2021?
A garantia é que, neste momento, nós – enquanto direcção – já reunimos com um grupo alargado de pessoas directamente relacionados com o futebol sénior, quer jogadores quer com a equipa técnica do último ano, e há uma base de entendimento comum, em que consideramos que é importante o clube ter uma equipa sénior. A direcção definiu algumas regras, os jogadores também deram algum contributo sobre como isto poderia ser feito e, neste momento, só não se fará [equipa sénior] se de facto não houver número de atletas suficiente ou que estes não caibam no nosso plafond máximo. Mas neste momento penso que é uma ambição possível de concretizar, pois há um conjunto de jogadores identificados no concelho, uns que deixaram de jogar por motivos diversos, outros que têm jogado no INATEL ou na 2ª divisão. Portanto, vamos tentar trazer de volta esses atletas da terra, que passaram todos pela nossa formação e fazer uma equipa em torno deles.

A equipa sénior será baseada na "prata da casa", reforçando a aposta na formação?
O nosso trabalho na formação já vem de algum tempo e é para manter. Nessa área temos feito um excelente trabalho e se formos verificar os últimos seis anos – pelo menos – tem sido sempre a crescer. Dificilmente conseguiremos fazer melhor do que temos feito nos últimos anos e a ideia é consolidar esse trabalho. Haverá é outras regras, pois os pais vão ter de começar a ter uma comparticipação [financeira] diferente.

Acredita que essa ideia de os pais pagarem para ter os seus filhos a praticar futebol será bem aceite?
Penso que sim... É uma coisa que já vínhamos falando e as pessoas percebem que, de facto, não é fácil manter tanta logística. Por isso, acho que uma comparticipação [financeira] vai ser bem aceite, não tenho grandes dúvidas. Além do mais, não estamos a falar de grandes valores. Penso que vai ser pacífico.

A realidade financeira do clube preocupa-o?
Claro que sim….

Porquê?
Temos uma realidade financeira que não é fácil, mas também nunca foi muito fácil. Agora está um bocadinho difícil, sim, mas não é isso que nos amedronta. A parte financeira é difícil de recuperar, mas acho que é possível recuperar neste mandato. Para isso, vamos ter que fazer uma gestão equilibrada e não começarmos a construir o orçamento pela equipa sénior. Vamos fazer um orçamento, mas é para liquidarmos a dívida que temos.

Fonte: http://www.correioalentejo.com

Entradense com novo site na Internet

A Sociedade Recreativa e Desportiva Entradense (SRDE), de Entradas (Castro Verde), lançou nesta segunda-feira, 27, o seu novo site na Internet, que visa ser "uma janela do clube para o mundo".
O novo site está disponível em www.srdentradense.wixsite.com/srde e segundo a colectividade tem como objectivo reforçar a ligação do clube "com todos os entradenses, desde os que vivem em Entradas aos que estão noutros pontos do país ou até no estrangeiro".
"Ainda que simples, este novo site reveste-se de grande importância para a SRDE. É através dele que queremos dar a conhecer a história do nosso clube e da nossa terra. E, em simultâneo, esta plataforma permitirá aprofundar a ligação e reforçar a comunicação entre a SRDE e todos os Entradenses", explica o presidente, Carlos Pinto.
Além de informações genéricas sobre o Entradense, o novo site dá a conhecer a história da colectividade, os estatutos e os seus presidentes desde 1935 (ano da fundação), além de ter secções dedicadas ao futebol e à localidade, uma galeria fotográfica e uma área de notícias.

Fonte: http://www.correioalentejo.com

Obras avançam no Campo das Eiras

A Câmara de Almodôvar vai avançar, ainda este ano, com as obras de requalificação do Campo das Eiras, num investimento estimado em cerca de 1,5 milhões de euros. O concurso público da empreitada está quase a terminar e as obras poderão avançar no último trimestre do ano, tornando a zona numa área multiusos, por forma a poder acolher mercados e feiras temáticas.
"Vamos fazer uma praça e algumas infra-estruturas para melhoria da zona, requalificação de águas, esgotos, electricidade, etc., para dar vida, modernizar e embelezar a nossa vila", explica o presidente da autarquia, António Bota, acrescentando que "a intenção é mudar as feiras e mercados de fora para dentro da vila e apostar cada vez mais nas feiras temáticas, para trazerem mais comércio e movimento a Almodôvar".
O autarca revela ainda que gostava que a inauguração do novo espaço coincidisse com a abertura da edição de 2021 da FACAL. "Sei que é muito ambicioso, mas cá estamos para tentar contornar a situação", diz.
A par desta empreitada, a Câmara de Almodôvar conta iniciar em breve a "beneficiação e requalificação do acesso ao Complexo Desportivo Municipal pela EN2", avaliada em 365 mil euros. A intervenção prevê a construção de uma pista partilhada com peões bi-direccional, estabelecendo a ligação entre a vila de Almodôvar e o Complexo Desportivo numa extensão de 730 metros ao longo da EN 2.
Outra obra que a autarquia vai lançar no terreno em breve é a requalificação em Corte Zorrinho, avaliadas em 260 mil euros. "As infra-estruturas já começam a estar degradas no troço principal [da aldeia] e também há a passagem de uma estrada municipal dentro da Corte Zorrinho que precisa de ser toda remodelada, com passeios, estacionamentos e melhores condições de segurança para quem lá está e para quem lá passa", explica António Bota.
Para o início de 2021 está previsto o arranque de uma nova ETAR em Gomes Aires, avaliada em cerca de 200 mil euros e cujo terreno foi adquirido recentemente pela autarquia por 25 mil euros. "É um projecto que vai complementar a Área de Acolhimento Empresarial [de Gomes Aires], que se inicia muito em breve, e que vai permitir resolver um problema ambiental, mas também dar resposta à nova realidade dos próximos anos", conclui António Bota.

Fonte: http://www.correioalentejo.com/

sábado, 25 de julho de 2020

NOticias do Clube Desportivo de Beja


Imagem
Diário do Alentejo
12 de Junho de 2020
TEXTO E FOTO FIRMINO PAIXÃO
Cancelamento do Beja Cup 2020 teve prejuízos desportivos e financeiros
UM CLUBE REERGUIDO
O VII Torneio de Futebol Infantil Beja CUP/2020 teria, por esta altura, mobilizado centenas de jovens, de clubes do sul do país, para uma competição que valoriza a sua organização e projeta a cidade de Beja.
O Beja Cup 2020 foi mais uma das vítimas da pandemia que tem alastrado, e ceifado vidas, por todo o mundo. Portugal é um dos países onde o rigor das medidas de prevenção impostas pelo Governo e a disciplina da sua população têm vindo a obter resultados menos catastróficos. O levantamento das restrições tem sido faseado e cauteloso e, nessa linha, foram desaconselhadas, nalguns casos, proibidas, todas as manifestações desportivas que potenciassem o risco de contágio.
O município de Beja, em linha com as orientações do poder central e da Direção Geral da Saúde, já tinha, em 12 março último, no topo da crise epidemiológica, ditado o cancelamento de todas as atividades lúdicas e eventos públicos da responsabilidade do município ou nos quais este seja parceiro, designadamente espetáculos, eventos sociais, culturais, desportivos e ou recreativos, até 15 de abril, interdição posteriormente diferida para o dia 31 de agosto. Sendo o município de Beja parceiro de organização do Beja Cup, que mais não fosse pela cedência dos espaços onde o mesmo se iria desenvolver, desde esta altura, 12 de abril, quando o prazo foi alargado para finais de agosto, que a realização do torneio ficou comprometida, embora a confirmação da sua não realização tenha ocorrido por comunicado emitido a 21 de abril, onde a organização afirma que “claramente, esse não era o desfecho que esperávamos, mas após as novas medidas do governo e em tempos de incerteza sem precedentes, essa é a única opção viável”.
“[Face à] exigência de qualidade que impomos ao torneio, aliada à necessidade de garantir todas as condições de segurança e desportivas para quem nos visita e para quem trabalha neste evento, [cancelar] era a única solução possível”, refere o comunicado.
Os organizadores adiantaram ainda que “praticamente todos os escalões estavam preenchidos e por isso, a todos os clubes confirmados, apresentamos as nossas sinceras desculpas. Contamos convosco em 2021”.
Recorde-se que o Beja Cup é uma organização da Associação Desportivo de Beja 1916, uma extensão financeira do Clube Desportivo de Beja. Nesta altura, num tempo em que deveria estar de pé mais uma edição do torneio, a organização reiterou que “tendo em conta o momento em que vivemos, em que o foco é a saúde de todos, o cancelamento do Beja Cup 2020 foi o desfecho óbvio”, assumindo ainda que “é normal existir alguma frustração, pois tudo se encaminhava para mais uma grande festa da formação”.
O cancelamento, como revela a organização, “foi uma decisão muito ponderada e tomada no tempo e no modo que achámos mais adequado”, resultando de “um conjunto de fatores que contribuíram para a sua não realização”.
O Beja Cup criou a sua marca, afirmou-se, e a não realização em 2020 provocou assinaláveis prejuízos desportivos: “Sem dúvida que vai provocar prejuízos desportivos, pois representa o culminar de uma época desportiva e que envolve a grande maioria dos nossos atletas”, reconhece a organização.
Também do ponto de vista financeiro essas menos-valias são inequívocas, confirmam os elementos da comissão administrativa do clube: “Os prejuízos financeiros são relevantes, condicionando alguns investimentos importantes para os nossos atletas, como é o caso das carrinhas. Mas, felizmente, nós temos vindo a trilhar um caminho que nos permite minorar o impacto deste cancelamento nas componentes essenciais da nossa estratégia de formação”. Agora, fica, pelo menos, a certeza de que o Torneio de Futebol Infantil Beja Cup voltará em 2021, com uma dinâmica recriada e capaz de superar potenciais adversidades como a que decorre atualmente. “A qualidade e expectativa criada em torno do torneio têm de ser asseguradas na edição de 2021, seguindo as diretrizes necessárias para a sua concretização. Estaremos mais preparados para este tipo de adversidades”, assegura a organização.
Quanto à atividade do Clube Desportivo de Beja, no seu global, o regresso será preparado “com prudência e aguardando as indicações da Câmara Municipal de Beja, Associação de Futebol de Beja e Direção Geral da Saúde, pois ainda mantemos a esperança de conseguirmos treinar esta época”.
Da última época desportiva vem a manutenção na nacional de iniciados, campeonato que, anuncia-se, será reestruturado. Os dirigentes encaram a presença no Campeonato Nacional Sub/15 “com humildade e com consciência do trabalho que temos de desenvolver”, reafirmando que o Clube Desportivo de Beja continuará focado nos escalões de formação. “Temos duas certezas. Primeiro que a formação é imprescindível para a prossecução da estratégia desportiva do clube, mas que a história desta instituição e o trabalho na formação impõem que pensemos, a curto e médio prazo, no retorno do futebol sénior”. O regresso ao futebol sénior, garante a comissão, “será o corolário óbvio deste projeto que se iniciou por um conjunto de homens e mulheres que, com esforço e dedicação, reergueram o clube”.

Começámos a preparar a próxima época desportiva com a primeira fase de exames médicos.
De forma a garantir a segurança de todos(as) e em conformidade com as regras da DGS, implementaram-se procedimentos de distanciamento social, higienização das mãos e proteção individual.
Agradecemos a confiança de pais e atletas e brevemente daremos notícias sobre a próxima data de exames médicos.

Bola de trapos, edição de 24/07/2020 no Diário do Alentejo

José Saúde
Legados desportivos
Desafiando as agrestes escarpas que incidem sobre ciclos de vidas celestiais, viajo pela faustosa máquina do tempo e jubilo com acontecimentos que marcaram épocas onde o futebol se afirmava numa sociedade rodeada de imprevisíveis receios. O fenómeno cooperativista era um tema que restringia avanços seguros em moços que sonhavam com o mundo da bola. O sistema político não dava tréguas, logo pequenos grupos de criaturas requeriam um prévio cuidado. Caminho por veredas que paulatinamente se foram aniquilando e revejo narrativas herdadas de homens que brilhantemente ousaram desafiar as amarras dos pânicos e se lançaram na construção de agremiações desportivas que glorificaram aquilo que se assemelhava a inimagináveis utopias. Reproduzindo legados desportivos desses velhos tempos, recorro a narrativas deixadas e evoco histórias contadas que nos causam colossais emoções. Na cidade de Beja, década de 1920, deram à estampa clubes que se afirmariam determinadamente no palco futebolístico “paxjuliano”. Vivia-se a prática desportiva com elevado deslumbramento. Além dos clubes, que entretanto se fundaram, existiam, ainda, os chamados grupos populares que integravam jovens que se dedicavam ao prazer do “vício do jogo da bola” e que atuavam em jogatanas aos fins de semana, sendo os palcos dos dérbis as eiras existentes na orla da urbe. Recordando esses legados desportivos, detenho- -me perante o “Botana” e o “Botanoide”. O “Botana” era dirigido pelo Dr. António Fernando Covas Lima e o “Botanoide” tinha como mentor João de Melo Garrido, irmão do antigo diretor do “Diário do Alentejo”, Manuel Inácio Lopes de Melo Garrido, sendo o João o homem que provocou uma cisão no primeiro grupo e o levou a formar o segundo. A curiosidade pelo futebol dessas eras, expressam os contemplados arautos desportivos com dignidade e honradez, que o Dr. António Fernando Covas Lima foi, ainda, jogador do “Glória ou Morte”, de Beja. A sua sina estava traçada, uma vez que, mais tarde, assumiu a presidência da Associação de Futebol de Beja (1936- 1938; 1946-1947; 1952/1960), abrindo as portas para que o seu filho, Dr. João Manuel Covas Lima, o conhecido “Dr. Nana”, um dia se consagrasse como dirigente da emblemática corporação. É óbvio que tudo é passado, registando-se, porém, que estes majestosos feitos tiveram como protagonistas proeminentes personagens que deram passos gigantes para que o cosmos desportivo atingisse o ‘boom’ por ora observado. Atualmente constatamos que em Beja, assim como na generalidade do distrito, a maravilha desportiva atingiu patamares outrora impensáveis. Hoje, presenciamos uma infinidade de coletividades, geridas por gentes que humildemente se entregam “de alma e coração” à arte de bem servir o seu povo, bem como muitos milhares de atletas que desenvolvem a sua condição física no emblema que orgulhosamente defendem e onde proliferam excelentes infraestruturas. Ficam assinalados os exímios primórdios de legados que originaram tamanha evolução.
Fonte: Facebook de Jose Saude

Grupo Desportivo de Santa Luzia pela primeira vez nas competições da Associação de Futebol de Beja


Associação
Com mais de trinta anos de história, o Grupo Desportivo de Santa Luzia vai participar pela primeira vez nas competições da Associação de Futebol de Beja. O emblema de Santa Luzia, no Município de Ourique, anunciou a decisão no início do mês de julho e formalizou o processo já esta semana, com a filiação e uma visita de elementos da direção e do gabinete técnico da Associação de Futebol de Beja às instalações do clube. Para além da vistoria ao campo que vai servir de casa à equipa de futebol, a visita teve também como propósito conhecer a direção do clube e o projeto que entra agora numa nova fase e contou também com a presença de Marcelo Guerreiro, Presidente da Câmara Municipal de Ourique.
Na perspetiva de uma época 2020/2021 a decorrer sem problemas, as boas notícias poderão não ficar por aqui, estando também em vista o regresso de outros emblemas do distrito às competições organizadas pela Associação de Futebol de Beja. 
Fonte: AFbeja.com

Pré-Inscrições: Curso de Treinadores de Futebol e Futsal

Estão abertas as pré-inscrições para novos cursos de treinadores de futebol e futsal. Os interessados devem manifestar a intenção de frequência nos referidos cursos, através do preenchimento do respetivo formulário.
23 julho 2020
Associação
A Associação de Futebol de Beja está a preparar mais um curso de treinadores de Futebol e Futsal. Os interessados em adquirir os graus UEFA C ou UEFA B em Futebol ou UEFA C em Futsal devem manifestar a sua intenção, preenchendo o formulário de pré-inscrição disponível através da ligação abaixo.
Formulário: Pré-inscrição - Curso de Treinadores (Futebol UEFA C | Futebol UEFA B | Futsal UEFA C)

Em caso de dúvida, estão à disposição, como habitual, os contactos da Secretaria e do Gabinete Técnico da Associação de Futebol de Beja.
Fonte: AFBeja.com

GD Santa Luzia apresenta 9 atletas

O GD Santa Luzia que se estreia na presente temporada nas provas federadas da Associação de Futebol de Beja, conta atualmente com 9 jogadores apresentados para o seu plantel.
A equipa será orientada por Carlos Esteves, que tem confirmados ao seu dispor o guarda-redes Nelson Pereira, ex-GC Sines, os defesas Hugo Dias, Leandro Oliveira (ex-SC Odemirense) e Tonico (ex-Campo Redondo), os médios Diogo Ramos (ex-SC Odemirense Sub23), Guilherme Pereira (ex-SC Odemirense), Hénium Fortes (ex-JS Campinense), e os avançados João Felicidade (ex-SC Odemirense Sub23) e José Diogo (ex-SC Odemirense Sub23).
Fonte:  https://distritalbeja.com

João David continua como treinador do CF Guadiana

O Clube Futebol Guadiana, viu o vazio diretivo que se avizinhava para a temporada 2020/21, resolvido na última semana com a eleição de António Figueira como presidente do clube, regressando assim ao cargo que ocupou no mandato 2014-2016, tendo estado na última direção na condição de Presidente da Assembleia-Geral.
Resolvida questão diretiva, os novos corpos sociais, não perderam tempo e chegaram a acordo com o técnico João David para orientar os destinos da equipa principal do emblema de Mértola. Aos 33 anos, o antigo guarda-redes parte para a segunda temporada no comando da equipa sénior do CF Guadiana.
Quanto ao plantel ainda são poucas as novidades, sendo certa a aposta em jovens de Mértola e dos escalões de formação do clube.

FC Serpa confirma equipa “B”

O Futebol Clube de Serpa anunciou na sua página oficial a criação de equipa “B” para a temporada 2020/21.
O emblema serpense irá competir na 2ª Divisão Distrital e procurará dar continuidade ao projeto sub23 que o clube apresentou na última temporada.
Até ao momento são 22 as equipas que confirmaram a sua participação na 2ª Divisão Distrital para a temporada 2020/21, podendo o número aumentar até 24 clubes.

JC Boavista terá campo sintético

O Campo da Esperança, casa da Juventude Clube Boavista dos Pinheiros, irá ter campo sintético para a temporada 2020/21.
A pretensão de muitos anos do emblema do concelho de Odemira, é agora cumprida com o início das obras no Campo da Esperança, que assim receberá um campo sintético, resultando numa melhoria nas condições oferecidas aos jovens do clube.

Guarda Redes Pedro Mendes reforça Alvorada FC

O guarda redes Pedro Mendes assinou contrato com o Alvorada de Ervidel para a época 2020-2021.

Pedro Miguel Quinta Queimada Mendes, de 24 anos, fez toda a formação do Despertar Sporting Clube e chega a Ervidel proveniente do ACD Penedo Gordo.

O Alvorada FC deseja ao jogador as maiores felicidades desportivas e pessoais.


A cereja no topo do bolo !

O Alvorada Futebol Clube de Ervidel renovou a ligação contratual com os jogadores André Nunes, Rafael Sobral e Rui Hilário, para a época 2020/2021.

Tratam-se de três dos mais influentes jogadores do Alvorada FC, que na época transata foram dos mais utilizados pelo mister Necas. 

O Alvorada de Ervidel deseja-lhes os maiores sucessos desportivos e pessoais.

Alvorada "pesca" quatro reforços na 1ª divisão

O Alvorada Futebol Clube de Ervidel chegou a acordo com mais quatro reforços, que chegam para reforçar a equipa às ordem de Jesus Necas.

Duarte Farias, Tiago Capitão e Miguel Relvas chegam provenientes do 4º Classificado da 1ª divisão distrital - ACD Penedo Gordo.

Gonçalo Carrasco é ex-jogador do também primodivisionário e histórico Despertar Sporting Clube.

Aos quatro jogadores o Alvorada de Ervidel deseja as maiores felicidades pessoais e desportivas.



Associação Luvas Pretas encerra escola de futebol

A Associação "Luvas Pretas", com sede em Santiago do Cacém e fundada por João Alves, antigo atleta do Benfica e da Selecção Nacional, anunciou que vai cessar actividade devido à pandemia da Covid-19.
"Após uma avaliação ponderada deste enquadramento, considero que não estarão reunidas as condições mínimas de protecção dos atletas e das equipas técnicas que garantam a entrada das nossas equipas em competição em total segurança", escreveu João Alves em carta enviada aos pais dos atletas da associação.
O técnico acrescentou ainda que, "por este motivo", tomou "a decisão de cessar a actividade da AD Luvas Pretas, orgulhando-me do brilhantismo do caminho que percorremos durante estes anos e com o sentimento de termos ajudado no crescimento dos nossos atletas enquanto pessoas".

Fonte: http://www.jornalsudoeste.com/

Alfredo Mestre (Serpense): "Veremos se é possível a subida"


O projeto desportivo mais jovem no distrito de Beja, o União Serpense Sport Clube, completou um ano no passado dia 5 de julho. Com uma época bem conseguida no segundo escalão da Associação de Futebol de Beja, o clube prepara-se, no meio das atuais incertezas, para enfrentar um maior desafio.

Texto Firmino Paixão

O presidente do clube, Alfredo Mestre, revelou ao “Diário do Alentejo” que está “muito feliz por este percurso”, confessando ter aprendido com alguns erros cometidos. Mas diz-se orgulhoso por “ter fundado um clube que me permite levar o nome da minha cidade mais além”. Depois de ter trazido o Borussia Dortmund, seu clube de coração, à região, o dirigente vai envidar esforços para que o RB Leipzig (a disputar a liga alemã) também viaje para o Alentejo

O União Serpense foi convidado para disputar o próximo campeonato distrital da 1ª Divisão?
Sim, quando o campeonato foi suspenso, devido à pandemia, estávamos lutando por esse objetivo que era subir ao escalão principal e, como ocupávamos o primeiro lugar da série, fomos convidados pela Associação de Futebol de Beja (AFB) para participarmos no próximo campeonato da 1ª Divisão.

Teria sido melhor festejar essa subida dentro de campo e com um hipotético título de campeão da 2ª Divisão?
Claro, as vitórias conseguem-se dentro das quatro linhas, mas não foi possível. No entanto, acredito que, um dia mais tarde, conseguiremos festejar um título perante os nossos adeptos.
A suspensão da atividade impediu o clube de promover e valorizar os seus atletas, que é outro dos desígnios deste projeto do União Serpense?
Nessa vertente até nos prejudicou, mas nós tivemos uma forma de trabalhar ao longo da época, que foi o facto de realizarmos jogos com equipas de outros níveis, como por exemplo o Sporting, o Fafe, o Lourosa, o Dortmund, e isso foi uma excelente forma para mostrarmos os nossos jogadores.

E quais as metas para a próxima temporada, agora com um novo desafio que é o escalão maior do futebol distrital?
O nosso desafio, para este ano, será um momento de aprendizagem. Queremos mandar vir jogadores com idades entre os 18 e os 22 anos, como na época passada. Vêm conhecer uma nova realidade. Teremos também jogadores portugueses que foram mal avaliados ou, outros que não tiveram espaço nos seus clubes. Uma grande parte desses jogadores vem conhecer o futebol português e terá que se adaptar à nossa realidade.

Existem ainda muitas incertezas quanto ao início da nova época, apesar de estar já em curso o processo de inscrições?
Face a essas incertezas, ainda não apresentámos nenhum jogador, nem temos ainda nada certo, a 100 por cento, mesmo com treinadores. Estamos num impasse em que não sabemos o que havemos de fazer.

Serão candidatos à vitória? Ou existem outros candidatos?
Não! Não vou enveredar por esse caminho. Somos uma equipa jovem, uma equipa diferente, vamos ter que aprender a competir nesta divisão, que tem um futebol muito aguerrido. Gostaria que fosse mais profissional, mas a vida dos jogadores não o permite. Dentro das quatro linhas, são muito aguerridos e nós vamos ter que nos adaptar a esse modelo. Começaremos com o objetivo de não descida e, lá mais para o meio do campeonato, veremos se é possível a eventual subida. Mas existem equipas fortes e treinadores experientes e com bastante valor, lembro-me, por exemplo, do técnico que esta época estará no Aldenovense, o Hugo Relíquias, um bom treinador, que muito aprecio e que seguramente tornará o seu novo clube num forte candidato.

O Campeonato de Portugal está no vosso horizonte?
Sim, esse é o nosso foco, mas para ser sincero e claro, porque não gosto de estar com rodeios, o objetivo do nosso projeto é chegarmos à 3ª Divisão Nacional, mas temos tempo para isso. Vamos ter que trabalhar bastante e aprender a andar no distrital, para ganharmos uma base e um conhecimento mais profundo desta realidade.

O plantel vai manter-se? E a estrutura técnica?
Do lote jogadores que nós tínhamos, virão só quatro ou cinco. Outros foram colocados em vários clubes, outros acabaram por desistir, porque tiveram uma má experiência aqui na nossa cidade. Foram bem recebidos pelo povo de Serpa, mas houve alguns desentendimentos com grupos de jovens, porque as noites o permitiram, o álcool acabou por potenciar essas rivalidades e então não querem regressar ao nosso País. Estamos a organizar-nos, ainda não temos decisões, está tudo ainda em cima da mesa, mas trabalharemos com outra equipa técnica.

E a formação, está nos vossos horizontes?
Também está em cima da mesa, para implementarmos já na próxima época. Este ano, o que se passou com a pandemia de covid-19 atrasou muito esse incremento, mas é uma prioridade que temos para a próxima época.

A convivência com o vizinho FC Serpa é boa? E com a comunidade local?
Pessoalmente, direi que podia ser muito melhor. Não é ruim, não temos nada contra o Serpa, dou-me bem com algumas pessoas do clube, mas podíamos ter uma relação melhor. A população de Serpa acarinhou-nos muito. Tenho que agradecer a este povo e às entidades maiores de Serpa, que gostaram muito do projeto, estão a acompanhá-lo, sendo certo que é normal existir alguma desconfiança quanto ao futuro.

Na época passada, trouxe o Dortmund ao Baixo Alentejo. Tem alguma surpresa preparada para este ano?
Foi um orgulho muito grande. Vivi 15 anos na Alemanha, sou muito agarrado ao Borussia Dortmund, tenho lá bons conhecimentos e sempre sonhei trazer aqui a equipa do meu coração, apesar de ser benfiquista. Trabalhei sempre no Borussia, como segurança, e fiquei muito feliz por ter trazido o meu clube à nossa região. Foi um sonho tornado realidade. Nos próximos tempos quero lá ir para fazermos dois treinos com equipas da IV Liga e farei tudo para, um dia, trazer o Leipzig a Serpa, ou a Beja.
Fonte:  https://diariodoalentejo.pt

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Bola de trapos, edição de 17 de julho de 2020 no Diário do Alentejo

José Saúde
Apanha-bolas
Em tempos de covid-19, o que levou à suspensão da maioria da atividade desportiva, particularmente a regional, procuro um revisitar constante ao alforge de memórias que escrupulosamente guardo num sótão onde as imagens se amontoam, felizmente cheias de vida, e eis- -me perante uma vivacidade que a todos enchia de alegria. Neste contexto, viajo pelas catacumbas do universo desportivo do antigamente e logo à tona de eternas recordações surge a imagem dos apanha-bolas no antigo Estádio Municipal Eng.º José Frederico Ulrich, depois Dr. Flávio dos Santos, em Beja. Era comum a presença de jovens, em dia de jogos, nas imediações do estádio. A malta formava fileiras esperando, com alguma ansiedade, que o roupeiro do Desportivo, Firmino Lopes, vulgo “tio” Xaxinha, dantes um ilustre jogador do Luso, fizesse a sua equipa de honra e transportasse a rapaziada para o interior de um espaço que era literalmente vigiado nas portas de entrada por sisudos porteiros. É óbvio que aos relegados restava-lhes arranjarem um pai “emprestado”, à pressa, para ultrapassarem a triagem de uns fiscais que, embora franqueando as entradas a quem ostentasse o bilhete de entrada, não davam tréguas a uma miudagem que efusivamente pretendia ver o desafio ao vivo e a cores. A equipa do “tio” Xaxinha, escolhida com olho de “lince”, apresentava-se sempre unida. Se o Desportivo se encontrasse a ganhar, e uma bola fosse chutada para longe, não havia, de certeza, apanha-bolas disponíveis. Alguns, já tinham saltado o muro integrando uma multidão que em redor do retângulo irradiava um contentamento desmedido. Ao invés, se a tarde passava por um resultado negativo, lá estava, não apenas um, mas dois ou três rapazes a correrem, com valentia, para que a bola regressasse ao jogo o mais depressa possível. Era giro ver aqueles apanha-bolas envergando velhas camisolas que mais pareciam vestes de dormir de notáveis senhoras. Rapazes que o seu airoso trajar dava gozo à plebe que assistia ao duelo. Os mais pequenos extasiavam-se com a camiseta que lhes tapava os pés, ficando, porém, a certeza que a escolha do “tio” Xaxinha acertou “na mouche” uma vez que o “puto” correspondeu às instruções atribuídas nos bastidores pelo mestre. O apanha-bolas esfregava as mãos de contentamento visto que a sua missão tinha merecido nota alta do maioral. Tanto mais que a moçada, ao intervalo, regalava-se a pontapear a bola de catechu que lhe dava prazeres infinitos. No próximo prélio, a equipa que mostrou serviço seria alvo de uma merecida nomeação. Estes retratos de outrora caíram no limbo do esquecimento, restando a certeza que esses instantes marcaram gerações, cujas recordações são agora bênçãos que jamais desaparecerão de baús ajustados a imagens que ficarão implicitamente intactas em saudáveis mentes.
Fonte: Facebook de Jose Saude

Bola de trapos, edição de 10/07/2020 no Diário do Alentejo

José Saúde
Despertar
Relato, com conhecimento de causa, que o Despertar Sporting Clube, fundado a 24 de junho de 1920, é o segundo emblema mais antigo da cidade de Beja, atrás do extinto Luso (16 de junho de 1916). Vistoriando os seus 100 anos de existência, porque a gesta é real, tanto mais que os tempos que levei dedicados ao estudo pormenorizado do fenómeno futebolístico distrital são sinónimo de autenticidade, principalmente quando narramos acontecimentos doutras eras. A sigla do grémio comporta o nome Sporting que advém do apelido ter sido ganho, por maioria, em detrimento daqueles que votaram como adeptos do Benfica. O dever cívico interiorizado neste já idoso escriba, levou-me aos primórdios do centenário do aniversariante, trazendo justamente à opinião pública Manuel Gonçalves Peladinho, o primeiro presidente do Despertar. Tudo, porém, começou antes quando um grupo de jovens de idades compreendidas entre os 13 e os 15 anos que atuavam, à época, nos grupos o “Libertário” e “Infantil”, resolveram juntar-se e formar um clube. Desvendando esses estreitos trilhos, sabe-se que os rapazes se reuniam sob a luz ténue de um candeeiro a petróleo que iluminava, à noite, a via pública, lá para as bandas onde se localiza hoje a Rua Fialho de Almeida, em Beja, e junto a uma estalagem que dava pelo nome de Bárbara Meneses. Curioso foi a mística lançada nas hostes em que a plebe alcunhou o grémio como “Rasga”, um veredito popular motivado pela avalanche de pessoal operário que envergava a sua camisola. Diz-nos, ainda, o seu histórico que a primeira sede foi numa vacaria localizada na rua Freire Amador Arraiais, propriedade de um lavrador de nome Manuel Agostinho Dias. As instalações eram imundas o que granjeou comentários da plebe da bola apelidando o local como o sítio da “Pega Azul”. O Despertar possui um copioso passado. A sua ação desportiva foi sempre eclética. Estatutariamente só o boxe é uma modalidade que jamais entrou no seu rosário de contas. De resto, o seu património desportivo, assim como as eficazes implementações de infraestruturas, regem-se pelo positivismo. Do Despertar saíram excelentes jogadores para clubes de nomeada nacional. Jovens atletas que transportaram consigo as origens despertarianas, sendo que alguns militaram no Benfica e Sporting, outros no Vitória de Setúbal e de Guimarães, designadamente. No Despertar o capítulo formação tem sido uma bênção determinante. Olhou-se para as capacidades existentes e os avanços foram pautados pela segurança. Recusou-se o aventureirismo e a ganância da vitória. Construiu-se, paralelamente, um valioso património. Contempla-se, atualmente, o seu considerável pé-de-meia e constatamos a posse de uma sede, construída de raiz, integrada numa zona distinta onde prolifera um esplêndido complexo desportivo e uma bomba de gasolina que reflete a sua grandiosidade no que concerne aos capitais entrados na tesouraria. Despertar, um símbolo de eleição!
Fonte: Facebook de Jose Saude

Bola de trapos, edição de 26/06/2020 no Diário do Alentejo

José Saúde
Teixeira Correia

É um homem do ciclismo e speaker da Volta a Portugal em Bicicleta, de entre outras jornadas velocipédicas onde a sua voz se faz ouvir com altivez. Neste capítulo, tiro-lhe o chapéu já que o mertolense percebe da poda e a sua dicção é sublime quando pormenoriza a carreira de um corredor de craveira mundial. Trata-se, no fundo, de um convincente investigador de uma modalidade que ao longo dos tempos se tem afirmado num firmamento onde proliferam enormes estrelas. Todavia, a sua rampa de lançamento para o cosmos desportivo foi o futebol, nomeadamente a arbitragem. António Teixeira Correia nasceu a 4 de novembro de 1958 em Mértola e o seu ingresso no universo do apito deu-se a 4 de novembro de 1976, no dia em que completava 18 risonhas primaveras. Na época de 1979/80 foi indicado pelo Conselho Regional de Arbitragem da AF Beja ao Quadro de Acesso da Federação Portuguesa de Futebol, mas a sua promoção como árbitro de terceira divisão nacional só ocorreu na temporada de 1982/83. Na época de 1985/86 foi despromovido, só que o regresso aos distritais foi efémera e na seguinte regressou aos Quadros Nacionais. Em 1989/90 ascendeu à segunda divisão nacional e o auge da carreira foi atingida quando em 1996/97 subiu ao escalão supremo conquistando o estatuto de árbitro de primeira categoria. A sua irreverência pessoal ter-lhe-á sido cruel, visto que a sua permanência no grau supremo foi fugaz. Ficou, contudo, a performance da elevada experiência ao ver-se envolvido no meio de companheiros que foram protagonistas de excelentes carreiras nacionais e internacionais. Recapitulando o majestoso painel onde as datas civis se apresentam proeminentes, Teixeira Correia iniciou-se como auxiliar numa equipa liderada por Rosa Santos num jogo de juvenis entre o Vilafradense e o Mineiro Aljustrelense e como árbitro principal num desafio que opôs o Desportivo de Beja e o Vasco da Gama de Vidigueira no escalão de juvenis. A 25 de setembro de 1983 estreou-se como juiz de campo principal na terceira divisão num encontro entre o Alvorense e o Lusitano de Évora, a 9 de setembro de 1990 na segunda, num desafio onde se defrontaram o Campomaiorense e o Santa Clara dos Açores e a 27 de novembro de 1997 ei-lo no palco supremo do futebol nacional num duelo, em Alvalade, entre o Sporting e o Estrela da Amadora. A 26 de agosto de 1999 fez, ainda, uma estreia como 4º árbitro da UEFA Cup num jogo entre o CE Internacional (Andorra) e o Viking FC (Noruega). Pesquisando a sua atuação em termos nacionais, Teixeira Correia, como árbitro assistente, antigos fiscais-de-linha, iniciou-se com o antigo árbitro internacional Veiga Trigo numa época em que o bejense foi considerado como o “Melhor Árbitro” do ano para toda a imprensa nacional. Hoje, Teixeira Correia é jornalista e trabalha para o Jornal de Notícias (JN), sendo, também, detentor de um jornal online, em Beja, que dá pelo nome de Lidador Notícias.

Fonte: Facebook de Jose saude

Perfil de Nelson Hermosilha, árbitro do ano


Nelson Hermosilha foi o melhor classificado entre os árbitros de elite do Conselho Regional de Arbitragem da Associação de Futebol de Beja. Ou seja, foi o “Arbitro do Ano”. Nasceu há 32 anos em Vila Azedo, povoação da vizinha freguesia de Nossa Senhora das Neves, no concelho de Beja.

Texto e Foto Firmino Paixão

“Toda a minha infância foi vivida na aldeia, entre a escola e as brincadeiras com os amigos. Na juventude joguei futebol no Clube Desportivo de Beja, como infantil e iniciado, mas fui obrigado a abandonar por motivos de saúde. Voltei mais tarde, já com 18 anos, a convite do treinador João Guerreiro, para ingressar no futsal”, recorda o juiz, que sempre se sentiu fascinado pela modalidade. “O futebol é uma grande de paixão que nos enche a alma e que nos torna os dias completos. Lá na aldeia, uma bola, meia dúzia de amigos, e não havia sábado, nem domingo, sem ‘jogatana’. Era certinho”.

Quando pequeno, Nelson Hermosilha teve o sonho de ser um grande craque. “Por motivos de saúde, esse sonho ficou pelo caminho”, explica. Mais tarde experimentou o futsal, modalidade por onde andou 10 anos, repartidos pelo Grupo Desportivo e Cultural do Alcoforado e pelo Clube Desportivo de Beja, onde terminou a carreira. Um jovem que goste de futebol e não se afirma como jogador, inúmeras vezes envereda pela arbitragem. Terá sido o caso? “Tirei o curso só por curiosidade, para aprendizagem das leis de jogo. Nem sequer queria apitar. Não foi nenhuma escapatória para justificar algum tipo de insucesso, nem nada que se pareça” garante. “Há um tempo e há alturas para tudo, e eu já tinha decidido que iria terminar a carreira de jogador naquele ano. Entretanto, na arbitragem, as coisas evoluíram, havia alguma carência de árbitros, fui ficando cada vez mais dedicado e consegui evoluir nas categorias obtendo sempre classificações de topo”.

Mas o seu tempo para esta escolha aconteceu tardiamente. “Cheguei à arbitragem com 27 anos. Ainda me recordo do meu primeiro jogo, em Alvito. Tive a sorte de ser acarinhado pelos árbitros existentes na altura, mais experientes, que apostaram em mim e reconheceram valor nos meus primeiros passos. Falo do Bruno Vieira, do Tiago Cordeiro e do César Leitão, com quem tive o prazer de fazer equipa durante três anos, nos campeonatos nacionais”, refere.

Foi uma subida, a pulso na carreira da arbitragem, valorizando-se à medida que via crescer essa paixão. E tudo isso teve paralelo na vida profissional. “Comecei a trabalhar muito cedo. Trabalhei no campo, num ‘call center’, em oficinas e transportadoras e agora estou na banca”. Licenciado em Gestão de empresas, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja, em horário pós-laboral, estagiou no Banco Espírito Santo e desde há 10 anos está na Caixa Geral de Depósitos.

Voltando ao futebol e à especificidade da arbitragem, Nelson Hermosilha assume-se como um árbitro “pedagógico”. E explica porquê: “Tento sempre que os meus jogos sejam tranquilos e sem conflitos. Prefiro falar com os jogadores e explicar as minhas decisões. No entanto, sei que, por vezes, não é possível ser tão calmo assim, e as atitudes e a postura são mais autoritárias”.

Nesta época desportiva, abruptamente interrompida pela pandemia, cumpriu o objetivo de ser o melhor entre os melhores. “Sem objetivos, a vida fica sem sabor. Esperava uma época difícil, porque o grupo de elite tinha muitos jovens cheios de talento e, mais uma vez, nem a idade, nem a minha disponibilidade temporal, enquanto trabalhador, me favoreciam”. Porém, confessa ter trabalhado com dedicação e espírito de sacrifício, sentindo-se hoje recompensado com o primeiro lugar na categoria C3 Futsal e primeiro lugar na Elite C3 Futebol. Uma dobradinha, assim lhe chama. “É um sentimento muito bom, muito gratificante, porque trabalhei muito para atingir essas metas”.

Como nada acontece por acaso, certamente que Nelson Hermosilha teve pilares sobre os quais ergueu este sucesso. “A minha determinação é, sem dúvida, um dos meus pontos fortes em tudo, mas o sucesso faz-se de um conjunto de fatores que se adicionam ao nosso esforço e à dedicação, e os pilares mais importantes que tenho neste sucesso são a família, principalmente os meus pais e a minha namorada, os assistentes que me acompanharam e, sem dúvida, o trabalho realizado em conjunto com o conselho de arbitragem, comissão técnica e com o preparador físico, professor José António”.

O primeiro lugar na época garante-lhe a presença nos exames de acesso ao quadro nacional, mas vivemos uma nova realidade, reconhece o árbitro bejense. “Uma coisa que nós aprendemos com esta crise sanitária global é não fazermos grandes planos para o futuro, porque estamos a viver tempos de incerteza e a saúde é o mais importante de tudo. Espero, e foi para isso que trabalhei, ser indicado para as provas de acesso ao nacional, mas atualmente não se sabe o que pode acontecer”.

Ainda assim, garante que irá continuar na arbitragem, filiado na Associação de Futebol de Beja. “Irei dignificar a arbitragem bejense, em qualquer campeonato ou divisão”, assegura. E sonhos por concretizar? “Bom, sonhar é viver e eu vivo intensamente o meu dia-a-dia. O meu sonho, nesta caminhada, passa por ser melhor a cada dia e atingir patamares profissionais”, remata.
Fonte:  https://diariodoalentejo.pt

Distrital da 1ª Divisão com 12 clubes. Um campeonato mais “curto”


Campeonato Distrital da 1ª Divisão, em seniores masculinos, passará, a partir da época 2021/22, a ser disputado por 12 clubes e a ser jogado em duas fases. A alteração foi aprovada em assembleia-geral extraordinária da Associação de Futebol de Beja (AFB).

Texto Firmino Paixão

Uma primeira fase a disputar pelos doze clubes, numa única série, por pontos e a duas voltas. Num segundo momento, as seis equipas melhor classificadas disputarão uma segunda fase, designada por “série de subida” e as seis equipas pior classificadas formarão uma outra série, denominada de “manutenção/descida”, ambas por pontos e a duas voltas. Esta foi a alteração mais relevante introduzida no regulamento de provas oficiais, aprovada em assembleia-geral extraordinária, por maioria, com os votos contra do Futebol Clube de Serpa, Futebol Clube Castrense, Piense Sporting Clube e a abstenção do CCD Bairro da Conceição.

O figurino vai vigorar a partir da época 2021/22, sendo que o vencedor da série de subida será promovido ao Campeonato de Portugal e o último classificado da série de manutenção/descida será despromovido ao escalão inferior. Outra das alterações que os órgãos sociais levaram à reunião magna foi a eliminação do prolongamento, de 30 minutos, como forma de desempate das finais das Taças do Distrito de Beja e da Supertaça, passando o vencedor a ser encontrado através da marcação de grandes penalidades, mas esta alteração foi rejeitada pela maioria dos clubes.

A implementação do regime de cinco substituições nos jogos de juniores e seniores, a alteração do tempo de jogo nas partidas de juvenis e iniciados para 90 e 80 minutos, respetivamente, foram as restantes alterações, aceites por unanimidade. Compareceram na reunião representantes de 15 clubes, nem todos credenciados para o exercício do direito de voto, sendo que esteve presente um emblema do Campeonato de Portugal (Aljustrelense), 10 dos que irão disputar a 1ª Divisão (Aldenovense, Despertar, Castrense, Cuba, Milfontes, Penedo Gordo, Piense, Serpa, União Serpense, Vasco da Gama) e dois do escalão inferior (Bairro da Conceição e Ourique), além do Ferreirense e do Desportivo de Beja, que apenas têm escalões de formação.

Entre os clubes diretamente interessados no tema, só o Almodôvar, o Guadiana e o Odemirense não compareceram. Encerrados os trabalhos, o professor Pedro Xavier, presidente da Associação de Futebol de Beja disse ao “Diário do Alentejo” que os clubes “mostraram a saúde com que o Baixo Alentejo vive o seu futebol”. “Penso que o campeonato da 1ª Divisão vai ficar mais competitivo. Esperemos que tudo corra melhor e que, já nesta próxima época, consigamos ter um campeonato melhor do que anterior”.

Questionámos se um campeonato com menos equipas acrescentaria mais competitividade à prova e o dirigente comentou que “melhores equipas é que acrescentariam mais competitividade, mas nós conhecemos o nosso meio e também sabemos que a segunda fase, que definirá a subida e a manutenção, irá equilibrar o valor das equipas. Por isso, será um campeonato mais competitivo, em que, até à última jornada, toda a gente terá uma palavra a dizer”.

Quanto ao acréscimo de custos para os clubes, Pedro Xavier revela que as equipas “vão ter o mesmo número de jogos” que nas épocas anteriores: “Nós estudámos isso. Na segunda fase serão feitos mais dez jogos, o que não significa mais custos, porque elimina-se a Taça de Honra. No Algarve já funcionam assim e o modelo tem dado resultados”. 

Quanto aos opositores à proposta, Fernando Zeferino (“Abelha”), presidente do Castrense, considera tratar-se de “um modelo que não traz nenhuma verdade desportiva”. “Interrogo-me se, no futuro, não teremos mesmo um campeonato só com meia dúzia de clubes, porque os que ficam abaixo do sexto lugar não terão ambições”.

“Na 1ª Divisão estamos com muita dificuldade em recrutar jogadores, mas há clubes da 2ª com mais de 30 jogadores no plantel, sem pagarem nada”, assegurou o líder do Castrense, segundo o qual “outro aspeto que, no futuro, deverá ser ponderado, será não prender os jogadores ao domingo. Eles preferem jogar ao sábado na 2ª Divisão, abdicando de qualquer subsídio para jogar ao domingo. Prevejo um futuro com um número bastante reduzido de clubes na 1ª Divisão distrital”.

Outro voto contra a redução do número de clubes foi o do Piense. Manuel Moita, presidente dos “alvinegros”, considerou “não existir mérito nenhum” na alteração agora aprovada. “Achamos que, na segunda fase da prova, os clubes do bloco inferior competirão com um interesse muito reduzido. Quem luta pelo título serão os melhores seis e os jogos entre os restantes seis clubes serão jogos com bastante desmotivação. Por outro lado, achamos que as despesas aumentarão e foi por estas razões que votámos contra”.

Também o Futebol Clube de Serpa, representado por António José (“Belinha”) se opôs à redução “explicando que os campeonatos, de uma forma natural, “vão tendo cada vez menos equipas e o nosso objetivo seria sempre competir em campeonatos como os de antigamente, com 14 clubes”. “O nosso voto contra foi uma decisão tomada pela direção do clube e a mim coube-me estar na assembleia-geral a expressar o voto do Serpa contra a redução do número de equipas, mas respeitamos a decisão da maioria”, concluiu.
Fonte:  https://diariodoalentejo.pt/