sexta-feira, 7 de julho de 2017

Caútchú, uma associação jovem, de todos e para todos os odemirenses


A Caútchú – Associação de Promoção e Desenvolvimento do Desporto será, porventura, um dos mais recentes polos do movimento associativo no concelho de Odemira. Nasceu há quatro anos, tem sede em São Teotónio e o sucesso da sua intervenção na comunidade está em contraciclo com a pouca antiguidade: é crescente e muito dinâmico.

Texto e foto Firmino Paixão
Estimulado pelo município de Odemira, um grupo de jovens, maioritariamente licenciados em Educação Física, reuniram-se para fundarem, em dezembro de 2013, uma associação para a promoção e desenvolvimento do desporto no concelho. Num território onde o movimento associativo é forte e tem muita dinâmica, a atividade da nova associação não deveria sobrepor-se às atividades então existentes. Pedro Almeida, um dos promotores do projeto e atual presidente da Caútchú, tinha sido praticante de andebol e, conhecedor da inexistência no seu concelho de modalidades de pavilhão, não teve dúvidas.


Um projeto bem alicerçado que já se pode considerar consolidado? Começámos do zero e temos vindo num processo de crescimento de equipas em que, neste momento, temos bambis masculinos e femininos, minis masculinos e femininos e infantis femininas. No caso das meninas, jogam no campeonato do Algarve porque não existe mais nenhuma equipa nos distritos de Beja e Évora. Os rapazes jogam nas competições que englobam os outros clubes alentejanos. Temos cerca de 80 miúdos federados nestes escalões, sentimos dificuldades inerentes à coexistência com outras modalidades, sabendo que o futebol é uma atividade, se calhar, mais atrativa num concelho onde nunca se praticou andebol. Temos conseguido um bocadinho “partir pedra” neste processo, mas temos sido, de certa forma, bem-sucedidos. No ano passado éramos já o clube do distrito de Beja com mais atletas federados.


Uma associação jovem que já conquistou alguma visibilidade?O clube fará quatro anos em dezembro e o processo tem sido esse, nascemos por baixo e vamos tentando evoluir nos escalões. No próximo ano talvez consigamos ter iniciadas femininas e infantis masculinos. Estamos a tentar enraizar o andebol, para o que temos contado muito com o apoio da Câmara Municipal de Odemira que nos tem ajudado bastante. Tem realmente sido um parceiro estratégico de referência, que nos apoiou no sentido de conseguimos trazer para Odemira, por exemplo, as fases finais dos campeonatos nacionais de iniciados masculinos e femininos que recentemente aqui se disputaram, com o nosso apoio e da Associação de Andebol de Beja e uma boa vontade do município em dinamizar o andebol e dar alguma visibilidade ao trabalho que estamos a fazer, trazendo eventos de referência para que as pessoas também comecem a ver o andebol como uma modalidade em que Odemira está a apostar.


A especificidade da vossa formação académica também tem sido um bom contributo?Os nossos órgãos sociais são maioritariamente pessoas licenciadas na área de Educação Física. Temos outros colegas a colaborar connosco nas várias atividades, quer no andebol, quer nos protocolos que celebramos com o município. Ministramos educação física a 27 turmas do pré-escolar em todo o concelho e em 30 turmas do Projeto Viver Ativo, onde temos cerca de 500 seniores a praticar atividade física desportiva, duas vezes por semana.


A parceria com os agrupamentos escolares, onde existem os melhores recursos para desenvolverem os projetos, tem sido benéfica? Temos criado alguns torneios concelhios de andebol dentro do programa desportivo município/agrupamentos e isso tem servido para nós divulgarmos a imagem da Caútchú, por forma a cativarmos mais miúdos. Essas cinco escolas são cinco alfobres onde tentamos ir buscar atletas.


E a designação de Caútchú porquê? Pelo menos abre espaço a outras modalidades …Foi um pouco no sentido de darmos ao clube uma abrangência concelhia. Temos sede em São Teotónio, mas fugimos a uma designação que incluísse o nome de uma localidade, precisamente para que algumas rivalidades a que assistimos no futebol não acontecessem no andebol. A Caútchú é do concelho de Odemira, não é de nenhuma localidade em particular. O nome lembra-nos o material de que eram feitas as bolas e, no fundo, para nós, Caútchú simboliza uma bola a rolar em sintonia com o crescimento da associação. Outras modalidades? Enquanto não sentirmos o andebol em velocidade de cruzeiro, não enveredaremos por outras modalidades. Evitamos a dispersão de meios técnicos e humanos e preferimos estar sólidos numa atividade do que frágeis em várias. 

Fonte: http://da.ambaal.pt/

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