sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Bola de trapos, edição de 21 de setembro de 2018 no Diário do Alentejo

José Saúde
FC Castrense
Manuel Joaquim Palma Valadas, nascido a 1 de setembro de 1909, terá sido o colossal instigador na introdução do jogo da bola em Castro Verde quando decorria o ano de 1922. O grupo, constituído maioritariamente por jovens estudantes, esteve circunscrito aos seguintes elementos: Eduardo Jorge, José Costa, Manuel Fernandes, Cuba, Francisco Silva, Paco, José Cruz, Cândido Alves, José Alves, Álvaro Freire, Manaca e José Baltazar. Estes notáveis condiscípulos de Valadas foram os exequíveis timoneiros que acompanharam o novato mestre na aventura, arquitetando aquele que foi o primeiro Futebol Clube Castrense de que há memória. Todavia, a rapaziada entretanto dispersou-se e em 1936 Manuel Batista Ramos juntou alguns dos sobreviventes do primeiro grémio e fundou o segundo FC Castrense. Com o marasmo futebolístico na povoação a imperar, eis que a 1 de abril de 1953 José Vicente Colaço usufruiu da excelente ideia em reunir a moçada que atuava no Esperança e no Juventude e fundar o atual FC Castrense. Não obstante os eventuais percalços observados ao longo da sua existência, como é absolutamente normal compreender uma vez que os tempos eram outros, a década de 1990 apresentou-se como crucial para sustentar a grandeza competitiva de uma coletividade onde se lhe reconhecem inestimáveis valores e títulos conquistados. Historicamente é importante que nos reportemos à época de 1990/1991, onde o Castrense conquistou o primeiro título de campeão distrital sénior da AF Beja, transitando obviamente para o campeonato nacional da terceira divisão, competição em que permaneceu durante sete temporadas ininterruptas. Deixando para trás os momentos áureos de um passado maravilhoso, a que acresce a inevitável realidade constatada na temporada anterior, participação no campeonato nacional de seniores da FPF na qual terminou em 14º lugar, é hora de lançarmos as redes para os tempos que se aproximam, adjetivando, prioritariamente, que novos sonhos comandarão a vida desportiva local. Abelha, antigo guarda-redes, é o presidente e conta com Hugo Felício, treinador-principal, e Languna como adjunto. Segundo os ventos que sopram das extensas planícies situadas ao largo do cognominado Campo Branco, o líder diretivo assegura que na próxima época a aposta reside na “componente formação”, sendo que os pergaminhos do clube acentuarão em matéria prima que deixa antever que a luta passará pelos lugares de topo da tabela classificativa, mas recusando, à priori, “a obsessão do assalto ao título”. Ressalve-se que no plantel, 2018/2019, estão integrados 10 jogadores oriundos dos escalões juvenis. Resta a ideia que em Castro Verde respira-se tranquilidade e excelentes tardes de futebol na bonita infraestrutura denominada Estádio Municipal 25 de Abril.
Fonte: Facebook de Jose saude.

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