1º Como entraste na Arbitragem e quando?
Entrei com cerca de 13 anos no mundo da arbitragem, foi quando acompanhava o meu pai aos fim-de-semanas e via muitos jogos dele. Depois aos 14 tirei o curso e pouco depois comecei a actuar. Desde sempre gostei de Futebol, como é normal naquelas idades, mas o meu “bichinho” envergou por outro caminho, mais propriamente para o mundo da arbitragem.
2ºQual tem sido o teu percurso na arbitragem até aqui?
O meu percurso foi um pouco lento logo ao princípio, visto que tive 4 épocas como árbitro jovem, depois disso até o podemos considerar rápido em termos de subida devido aos poucos escalões que temos no nosso distrito. Aos 18 anos subi para a 2ª Divisão e na época seguinte transitei para a 1ª Distrital onde fiz uma época no quadro B (quadro dos árbitros que já ultrapassaram a idade para poderem subir ou árbitros que possuem apenas um ano de quadro), depois dessa época transitei para o quadro A, ou seja, os candidatos ao acesso ao Nacional. Quando iniciei essa época tinha em mente ganhar experiencia e efectuar o maior número de jogos possível como árbitro, tendo também em mente uma boa posição na tabela de árbitros, o que se veio a verificar pois fiquei em 2º lugar. Faltou me conseguir entrar para o Nacional mas também penso que seria muito cedo para o fazer, no final de contas “há males que vem por bem” e é assim que classifiquei o meu “fracasso” dessa época. Actualmente estou a tentar um possível acesso à 3ª Divisão mas sempre com humildade e honestidade, trabalhando dia-a-dia para conseguir atingir esse objectivo.
3º Como vê o actual momento da arbitragem no nosso distrito?
Penso que estamos num bom caminho. Temos poucos árbitros ainda, mas cada vez mais se vê qualidade e isso é bom para nós. Acho que aos poucos iremos conseguir maior renome nacional, pois é um trabalho duro e que leva muito tempo a ser concretizado. Resumidamente, penso que a arbitragem no distrito de Beja está numa situação bastante positiva e com o tempo iremos atingir patamares superiores e elevar o nome da arbitragem do baixo Alentejo.
4ºNo Nosso Distrito a arbitragem tem falta de Cultura ou não e porquê?
Já tinha focado isso anteriormente. Penso que temos um pouco de falta de cultura desportiva muito por parte do país em que vivemos. Mas com trabalho e dedicação dos agentes desportivos poderemos melhor essa situação, bem como a melhoria do futebol Português perante o futebol Mundial.
5ºQuais as pessoas que tem dificultado o teu trabalho na arbitragem?
Nunca me senti com o trabalho dificultado, e as dificuldades que tenho tido neste mundo provêm do próprio trabalho que é ser-se arbitro mas são dificuldades que me orgulho ultrapassar e estarei sempre preparado para elas.
6º Qual a referência que tens na Arbitragem
A minha maior referência na Arbitragem é o meu pai, Jaime Vieira. Foi ele que me ensinou quase tudo o que tenho aprendido neste mundo, logo é justo referir que é a pessoa mais importante para mim na Arbitragem, como na minha vida. É nele que me revejo e penso que ele também se revê um pouco em mim, pois tenho idade e dedicação para lutar por lugares que ele nunca pode estar por ter envergado na Arbitragem já muito tarde.
7º Deixa uma mensagem parra os leitores deste blogue e um comentário sobre este blogue?
Queria agradecer ao blog Desporto no Alentejo por ter a honra de expor a minha vida na arbitragem, de forma a divulgar este “hobbie” que tanto me faz sorrir, até para uma possível análise por parte de futuros árbitros. Aos leitores queria deixar o pedido para aparecerem mais nos campos ao fim-de-semana e apoiarem os clubes respectivos de forma saudável e grandiosa, pois são os clubes que muitas das vezes dão alegria aos nossos finais de semana, dando-nos oportunidade de ver grandes espectáculos, tanto a nível nacional como distrital. De resto, um grande abraço ao meu amigo blogger e a continuação de um bom trabalho.
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