Quatro
anos depois do Euro'96, a chamada geração de ouro estava no auge da
maturidade e gerou uma onda de optimismo em redor da selecção que
contrastava com as dificuldades que o grupo que nos tocara sem sorte na
fase final do Euro'2000, disputado na Bélgica e na Holanda, fazia
prever.
Alemanha, Inglaterra e Roménia, que tinha vencido o grupo 7 da fase preliminar à frente de... Portugal, eram adversários que suscitavam tudo menos optimismo. Mas os nossos jogadores mais carismáticos, como Vítor Baía, Fernando Couto, Jorge Costa, Paulo Sousa, Figo, Rui Costa e João Pinto oscilavam entre os 28 e os 30 anos, acrescentando a mais valia da experiência ao talento comprovado.
O primeiro jogo com a Inglaterra, em Eindhoven, foi épico e emocionalmente devastador. Aos 18’, Portugal já perdia por 2-0 e transmitia a imagem de um pugilista refugiado no canto do ringue, à beira do KO. E foi neste temor de desabamento luso iminente, que Figo pegou na bola, correu vinte metros no meio-campo inglês, com ela colada ao pé, e subitamente disparou um “foguete” ao ângulo superior da baliza que se anichou violentamente nas redes de David Seaman. Este nem sequer esboçou a defesa.
Foi o início de uma reviravolta que ganhou direito a figurar entre os jogos mais extraordinários da história do futebol português e que constituiu a rampa de lançamento para uma campanha notável, só travada, mais uma vez, pela selecção gaulesa, nas meias finais. Pelo meio, “caíram” aos pés lusitanos romenos, alemães, campeões em título (cilindrados por um onze constituído por não titulares, com três golos de Sérgio Conceição), e turcos.
A derrota com a França foi traumática, por ter sido consumada a três minutos do fim do prolongamento, com um penálti cometido por Abel Xavier (desviou para canto “sorrateiramente” a bola chutada por Wiltord, de ângulo difícil, mas susceptível de resultar em golo), e que precipitou, num primeiro momento de choque, uma onda de indignação no país.
Curiosidades:
- Luís Figo e Nuno Gomes foram escolhidos para o onze ideal do torneio.
- Nuno Gomes iniciou a competição como titular porque Pauleta estava castigado e Sá Pinto lesionou-se num treino.
- No terceiro jogo, frente à Alemanha, Humberto Coelho só apresentou dois titulares dos jogos anteriores: a dupla de centrais Fernando Couto e Jorge Costa.
- Nesse jogo com a Alemanha, Sérgio Conceição marcou três golos a Oliver Kahn.
- Na meia-final com a França, Abel Xavier desviou com a mão para canto um remate de Wiltord ao minuto 117. O árbitro austríaco Benko assinalou penálti por indicação do assistente eslovaco Igor Sramka.
- Tal decisão desencadeou reacções destemperadas de alguns jogadores portugueses, três dos quais, Abel Xavier, Paulo Bento e Nuno Gomes viriam a ser punidos com meses de suspensão.
Fonte: http://www.record.xl.pt
Alemanha, Inglaterra e Roménia, que tinha vencido o grupo 7 da fase preliminar à frente de... Portugal, eram adversários que suscitavam tudo menos optimismo. Mas os nossos jogadores mais carismáticos, como Vítor Baía, Fernando Couto, Jorge Costa, Paulo Sousa, Figo, Rui Costa e João Pinto oscilavam entre os 28 e os 30 anos, acrescentando a mais valia da experiência ao talento comprovado.
O primeiro jogo com a Inglaterra, em Eindhoven, foi épico e emocionalmente devastador. Aos 18’, Portugal já perdia por 2-0 e transmitia a imagem de um pugilista refugiado no canto do ringue, à beira do KO. E foi neste temor de desabamento luso iminente, que Figo pegou na bola, correu vinte metros no meio-campo inglês, com ela colada ao pé, e subitamente disparou um “foguete” ao ângulo superior da baliza que se anichou violentamente nas redes de David Seaman. Este nem sequer esboçou a defesa.
Foi o início de uma reviravolta que ganhou direito a figurar entre os jogos mais extraordinários da história do futebol português e que constituiu a rampa de lançamento para uma campanha notável, só travada, mais uma vez, pela selecção gaulesa, nas meias finais. Pelo meio, “caíram” aos pés lusitanos romenos, alemães, campeões em título (cilindrados por um onze constituído por não titulares, com três golos de Sérgio Conceição), e turcos.
A derrota com a França foi traumática, por ter sido consumada a três minutos do fim do prolongamento, com um penálti cometido por Abel Xavier (desviou para canto “sorrateiramente” a bola chutada por Wiltord, de ângulo difícil, mas susceptível de resultar em golo), e que precipitou, num primeiro momento de choque, uma onda de indignação no país.
Curiosidades:
- Luís Figo e Nuno Gomes foram escolhidos para o onze ideal do torneio.
- Nuno Gomes iniciou a competição como titular porque Pauleta estava castigado e Sá Pinto lesionou-se num treino.
- No terceiro jogo, frente à Alemanha, Humberto Coelho só apresentou dois titulares dos jogos anteriores: a dupla de centrais Fernando Couto e Jorge Costa.
- Nesse jogo com a Alemanha, Sérgio Conceição marcou três golos a Oliver Kahn.
- Na meia-final com a França, Abel Xavier desviou com a mão para canto um remate de Wiltord ao minuto 117. O árbitro austríaco Benko assinalou penálti por indicação do assistente eslovaco Igor Sramka.
- Tal decisão desencadeou reacções destemperadas de alguns jogadores portugueses, três dos quais, Abel Xavier, Paulo Bento e Nuno Gomes viriam a ser punidos com meses de suspensão.
Fonte: http://www.record.xl.pt
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