mas falam em "injustiça" na escolha das pistas na final
Pedro
Fraga e Nuno Mendes lembraram este sábado que o 5.º lugar em double
scull peso ligeiro nos Jogos Olímpicos Londres'2012 "é o melhor
resultado de sempre do remo português" e esperam que "agora muita coisa
mude" na modalidade.
A dupla falou ainda em "injustiça" na escolha das pistas na final de Eton Dorney, a 40 quilómetros de Londres, e disse não compreender o incidente com o carrinho do britânico Zac Purchase, que levou à repetição da largada, mas os principais recados foram mesmo dirigidos para dentro da modalidade.
"É um ótimo resultado, o melhor de sempre em provas internacionais. É um ótimo resultado para o remo português, a nossa modalidade, que tem andado um pouco apagada. Esperamos que este resultado dê um impulso a esta modalidade, que tem tão boas condições em Portugal para ser praticada", começou por afirmar Nuno Mendes.
O remador reafirmou que o objetivo para Londres'2012, melhorar o oitavo lugar de Pequim'2008, foi alcançado e, além de um segundo diploma olímpico, a dupla conseguiu ultrapassar as classificações mais recentes em Mundiais, mas foram as condições em que se realizou a final que deixaram um "trago amargo" aos portugueses.
"Ter passado para a final já foi o objetivo cumprido, que era melhorar o resultado de Pequim. Quinto lugar é muito bom, estamos muito satisfeitos, apesar das condições adversas e diferentes nas diversas pistas. A pista 6 era a que tinha mais vento. Na meia-final, ficámos com o terceiro tempo e já sabíamos que ia-mos ficar com uma pista de fora, mas em Jogos Olímpicos não deveria ser assim tão injusto", comentou Nuno Mendes.
A vitória ao "sprint" foi para os dinamarqueses Mads Rasmussen/Rasmus Quist (6.37,17 minutos), que já haviam sido medalhas de bronze em Pequim2008 e que treinam habitualmente em Portugal, tendo os britânicos Zac Purchase/Mark Hunter (6.37,78) falhado a defesa do ouro conquistado em 2008, numa prova em que poderão não ter jogado "limpo", com o bronze a ficar para os neozelandeses Storm Uru/Peter Taylor (6.40,86).
O "proa" Zac Purchase alegou um problema técnico no "carrinho" da embarcação para pedir uma anulação muito discutível da regata. A equipa da França Stany Delayre/Jeremie Azou, que terminou na quarta posição (6.42,69), tentou a medalha de bronze na secretaria e apresentou uma reclamação, que não foi aceite.
O treinador Mark Emke também se mostrou agastado com a forma como a final foi disputada. O holandês disse que a tripulação britânica deveria ter sido "desqualificada" e aventou uma encenação de Zac Purchase, que alegadamente teria "caído" do "carrinho" e que depois se teria queixado de um defeito técnico com aquela peça. "Era bom que se viesse através das imagens de televisão o que realmente aconteceu. Pareceu-me que ele caiu do carrinho e depois disse que era um problema técnico. Enfim...", desabafou.
A própria distribuição das pistas também motivou queixas dos portugueses. Com o terceiro na sua meia-final, a dupla lusa sabia que iria correr numa pista exterior. Contudo, a alteração das condições de vento (cruzado e de frente), levou a organização a colocá-los na pista 1 e os britânicos na mais "protegida" pista 6. O resultado ficou expresso no tempo final dos portugueses (6.44,80 minutos), o pior das três regatas que realizaram em Eton Dorney, depois dos 6.37,91 das qualificações e dos 6.37,99 da semifinal.
Apesar de tudo, o resultado é "excelente" para dupla portuguesa, que espera agora que "muita coisa mude" no remo luso, sobretudo os problemas federativos, e também no nível competitivo em Portugal. Pedro Fraga confirmou que a dupla quer continuar até aos Jogos Olímpicos Rio de Janeiro'2016, mas também quer continuar a trabalhar com Mark Emke, que sejam desbloqueados fundos para a realização de alguns estágios, que o holandês ganhe um novo estatuto e receba o que lhe é devido, que haja mudanças no funcionamento do Centro de Alto Rendimento de Montemor e mais acompanhamento para "os novos talentos".
"Se querem ter mais equipas no Rio de Janeiro muita coisa terá de mudar. Têm de alargar o grupo de trabalho, tem de haver mais jovens a treinar connosco, para transmitirmos o que tem aprendido e para que os conhecimentos do Mark sejam transmitidos a outros treinadores. Treinadores com ideias mais atuais", comentou Fraga, que no final da prova foi ao controlo antidoping. Nuno Mendes disse ainda que o tempo agora é para descansar e "viver o ambiente olímpica", agora junto da Missão portuguesa na Vila olímpica de Straford, depois das últimas semanas em Eghan, mas a dupla já pensa nas próximas competições e quer ser campeã europeia já este ano em Varese, Itália, em setembro.
Confira todos os resultados dos Jogos.
Fonte: http://www.record.xl.pt
A dupla falou ainda em "injustiça" na escolha das pistas na final de Eton Dorney, a 40 quilómetros de Londres, e disse não compreender o incidente com o carrinho do britânico Zac Purchase, que levou à repetição da largada, mas os principais recados foram mesmo dirigidos para dentro da modalidade.
"É um ótimo resultado, o melhor de sempre em provas internacionais. É um ótimo resultado para o remo português, a nossa modalidade, que tem andado um pouco apagada. Esperamos que este resultado dê um impulso a esta modalidade, que tem tão boas condições em Portugal para ser praticada", começou por afirmar Nuno Mendes.
O remador reafirmou que o objetivo para Londres'2012, melhorar o oitavo lugar de Pequim'2008, foi alcançado e, além de um segundo diploma olímpico, a dupla conseguiu ultrapassar as classificações mais recentes em Mundiais, mas foram as condições em que se realizou a final que deixaram um "trago amargo" aos portugueses.
"Ter passado para a final já foi o objetivo cumprido, que era melhorar o resultado de Pequim. Quinto lugar é muito bom, estamos muito satisfeitos, apesar das condições adversas e diferentes nas diversas pistas. A pista 6 era a que tinha mais vento. Na meia-final, ficámos com o terceiro tempo e já sabíamos que ia-mos ficar com uma pista de fora, mas em Jogos Olímpicos não deveria ser assim tão injusto", comentou Nuno Mendes.
A vitória ao "sprint" foi para os dinamarqueses Mads Rasmussen/Rasmus Quist (6.37,17 minutos), que já haviam sido medalhas de bronze em Pequim2008 e que treinam habitualmente em Portugal, tendo os britânicos Zac Purchase/Mark Hunter (6.37,78) falhado a defesa do ouro conquistado em 2008, numa prova em que poderão não ter jogado "limpo", com o bronze a ficar para os neozelandeses Storm Uru/Peter Taylor (6.40,86).
O "proa" Zac Purchase alegou um problema técnico no "carrinho" da embarcação para pedir uma anulação muito discutível da regata. A equipa da França Stany Delayre/Jeremie Azou, que terminou na quarta posição (6.42,69), tentou a medalha de bronze na secretaria e apresentou uma reclamação, que não foi aceite.
O treinador Mark Emke também se mostrou agastado com a forma como a final foi disputada. O holandês disse que a tripulação britânica deveria ter sido "desqualificada" e aventou uma encenação de Zac Purchase, que alegadamente teria "caído" do "carrinho" e que depois se teria queixado de um defeito técnico com aquela peça. "Era bom que se viesse através das imagens de televisão o que realmente aconteceu. Pareceu-me que ele caiu do carrinho e depois disse que era um problema técnico. Enfim...", desabafou.
A própria distribuição das pistas também motivou queixas dos portugueses. Com o terceiro na sua meia-final, a dupla lusa sabia que iria correr numa pista exterior. Contudo, a alteração das condições de vento (cruzado e de frente), levou a organização a colocá-los na pista 1 e os britânicos na mais "protegida" pista 6. O resultado ficou expresso no tempo final dos portugueses (6.44,80 minutos), o pior das três regatas que realizaram em Eton Dorney, depois dos 6.37,91 das qualificações e dos 6.37,99 da semifinal.
Apesar de tudo, o resultado é "excelente" para dupla portuguesa, que espera agora que "muita coisa mude" no remo luso, sobretudo os problemas federativos, e também no nível competitivo em Portugal. Pedro Fraga confirmou que a dupla quer continuar até aos Jogos Olímpicos Rio de Janeiro'2016, mas também quer continuar a trabalhar com Mark Emke, que sejam desbloqueados fundos para a realização de alguns estágios, que o holandês ganhe um novo estatuto e receba o que lhe é devido, que haja mudanças no funcionamento do Centro de Alto Rendimento de Montemor e mais acompanhamento para "os novos talentos".
"Se querem ter mais equipas no Rio de Janeiro muita coisa terá de mudar. Têm de alargar o grupo de trabalho, tem de haver mais jovens a treinar connosco, para transmitirmos o que tem aprendido e para que os conhecimentos do Mark sejam transmitidos a outros treinadores. Treinadores com ideias mais atuais", comentou Fraga, que no final da prova foi ao controlo antidoping. Nuno Mendes disse ainda que o tempo agora é para descansar e "viver o ambiente olímpica", agora junto da Missão portuguesa na Vila olímpica de Straford, depois das últimas semanas em Eghan, mas a dupla já pensa nas próximas competições e quer ser campeã europeia já este ano em Varese, Itália, em setembro.
Confira todos os resultados dos Jogos.
Fonte: http://www.record.xl.pt
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