sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Inatel
José Saúde
Esmiuçando a generalidade do contexto desportivo regional bejense detenho-me perante uma insofismável realidade que conduz o mais singular cidadão a observar prudentemente um facto inquestionável que resvala para a competitividade que o campeonato distrital de futebol do Inatel impõem na presente época – 2012/13. É certo que a interrupção observada na AF Beja com a suspensão da 2.ª divisão franqueou outras portas que pareciam trancadas a uma competição que semanalmente teima em levar ao mais recôndito lugarejo do distrito de Beja, e não só, as emoções do jogo da bola. Tanto mais que os custos constatados pelos emblemas são literalmente assimétricos entre as organizações citadas. Sabendo-se que o momento é de crise generalizada e que os clubes a ela não poderão, tão-pouco deverão, passar imunes, apresenta-se como lógico o elevado número de clubes que acorreram ao Inatel. Numa análise sintética à competição onde prolifera o chamado desporto puramente amador constatamos que a delegação de Beja do Inatel, esta temporada, conta com a participação de 47 equipas, divididas por sete séries, sendo que o rol dos filiados movimenta cerca de 1 200 atletas. A estes dados acresce duas equipas de Faro e uma de Setúbal. Esta real conceção contempla, também, uma prática salutar desportiva para gentes que, por exemplo, se viam arredados do jogo oficial e de uma semântica objetividade pela disputa dos almejados pontos. Para além dessa peleja no interior das quatro linhas, o público assume simultaneamente a sua condição de adepto e não renega a sua originalidade. Esta viagem pelo futebol do Inatel incute-me curiosidade e não desmente uma competição que outrora fez mexer cidades, vilas, aldeias e lugarejos do nosso Alentejo. Hoje, curvo-me ante um altar que voltou a reviver momentos de glória graças à disponibilidade do Inatel.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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