UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE A CATEDRAL DE SANTA MARIA OU SÉ DE ÉVORa
AS
FONTES TRADICIONAIS ATRIBUEM OS FUNDAMENTOS DO EDIFICIO AO BISPO D.
PAIO, EM 1186 E A SUA PRIMEIRA CONSAGRAÇÃO AO PRELADO SUCESSOR, D.
SOEIRO, NO ANO DE 1204. A PRIMEIRA PEDRA FOI LANÇADA NO ALTAR DE S. MANÇOS NO DIA 21 DE MAIO DAQUELE ANO, COM LICENÇA DO REI d. Sancho I.
NOSSA SENHORA DO Ó, da Encarnação ou N. Senhora do Anjo, 1,50M alt.
ANJO
DA ANUNCIAÇÃO, assenta em preciosa base de talha dourada com frisos de
querubins, é obra gótica de imaginário quatrocentista do ciclo oficinal
da Sé.. de mármore regional, está recoberta com múltiplas pinturas de
tinta de óleo, 1,25M alt.
Anjo S.
Gabriel, do sec. XV, madeira de carvalho, do escultor Olivier de Gand. A
misula, Encastrada na coluna, de calcário policromo, é de intenção
zoomórfica – abutre devorando um coelho. É medieval.
No mesmo
altar podemos ver dois bustos relicários, S. Francisco Xavier e Filipe
de Nery, madeira estofada feitas em Lisboa, os resplendores
desapareceram em 1808 durante o saque francês.
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Pendentes,
na capela-mor e nave central, vem-se fortíssimos espigões e cadeias de
ferro forjado, revestidos de esferas de madeira douradas, vem-se ainda
seis lustres de cristal, dos primórdios do sec. XIX, que substituíram as
antigas lâmpadas de prata sumidas na pilhagem francesa em 1808.
No
transepto existem duas memórias de mármore muito importantes: a batalha
do salado, junto à antiga capela do santíssimo e que pertenceu à
confraria de Nossa Senhora da Vitória, instituída em tempo do rei Afonso
IV, a dos altares primitivos da Catedral, aplicada na parede exterior
da sacristia. Esta é mais antiga.
Capela
nossa senhora da piedade ou esporão – pode-se ver o retábulo (tábuas de
carvalho) da paixão de Cristo (descendimento da cruz), da escola
espano-flamenga, De Francisco Nunes ou Pedro Nunes
Desconhece-se
o autor do projecto de arquitectura que teria sido o artista avançado
na sua época, porquanto o portal, esculpido em belo mármore de Estremoz,
obra híbrida do estilo manuelino-plateresco, denuncia, na região, o
aparecimento do renascimento, que seria consagrado na década seguinte
com a vinda de Chanterene na comitiva real de D. João III.
Um arco,
de majestosas proporções, de meio ponto, torso, cronografado de 1529,
está recoberto nas pilastras, frisos, ilhargas e bases pelos clássicos
elementos da arte peninsular coeva; no tímpano dois medalhões de
cavaleiros. Remata axial encastrado no trifório do cruzeiro, constituído
por pórtico adosselado e escudo de armas do fundador.
As ossadas dos tumulados encontram-se na cripta da capela.
À entrada
do lado direito está colocada uma lápide que assinala a morte de
sacerdotes fuzilados pelos franceses em 1808. esta mesma lápide esteve
colocada no chão da demolida capela de Santa Ana (colateral Norte).
Há uma sepultura no chão da nave Sé D João de Mello...mármore branco, deslocada da destruída capela da ceia do senhor.
Severim de faria, outro tumulo na nave lateral sul, veio do cemitério do convento da Cartuxa, em 1839.
Capela
- Mor: segundo Mário Chico, a primeira capela de raiz a estâncias do
bispo D. Durando Pais, (1267-f1283) e sob a protecção de Afonso III. De
planta gótica. Mais tarde, D. João V que recusando os estudos e plantas
feitos em 1669 pelo arquitecto João Nunes Tinoco, nomeou o arquitecto
João Frederic Ludwig para desenhar nova construção. A iniciativa
alcançou pleno êxito e o trabalho, modelado na capela-mor do Convento de
Mafra, mas excedendo as suas proporções e elegância, atinge volumes e
escolha de materiais nobres raramente atingidos em Portugal em qualquer
época.
A
demoliçã da capela gótica principiou em 1718 e em 1721 deu-se inicio à
construção da actual capela-mor, sob a direcção dos mestres Manuel da
Cruz Matoso e Manuel Gomes Negrão, este com o título de intendente das
obras. Foram assistentes capitulares os cónegos António Rosado Bravo e
Sebastião de Mira Coelho.
A
inauguração, um pouco atrasada, apenas se verificou em 22 de Maio
(Domingo) de 1746, sob a presidência do arcebispo D. Frei Manuel de
Távora.
O coro, de 1552 em madeira de carvalho,
inspirado em modelos rafaelescos transmitidos através da obra do
flamengo Cornelius Bos, de Antuérpia. Robert Smith, admitindo estas
influencias sugere, também, por outro lado, intervenção da escola
francesa de Fontainebleau, (fábulas) tranmitida através de publicações
de estampas soltas.
Medidas do coro – 12,35m de comprimento e 6,80 de largura máxima e mínima 4,30 m.
Os
35 paineis das espaldas (costas) do cadeiral inferior, representam
cenas agrícolas e cinegéticas dos países meridionais, entrecedidas com
outras de inspiração mitológica.
As
mais representativas para iconografia regional, são as vindimas,
matança do porco, ceifa, tosquia do gado lanar, lavoura da terra (Arado
puxado por parelha de bois), caçadas as lebres e coelhos, veados e
animais selvagens, a pé ou a cavalo.
No
cadeiral superior, exibem-se composições da Mitologia, da Bíblia e do
Agiológio Cristão, trabalhos de Hércules, figura Olímpica, os
Evangelhos, as Virtudes Teologais, cena do Apocalipse de S. João, David e
Golias, Passagem do Mar Vermelho, conversão de São Paulo. Judith e
Helofernes, Santa Catarina. Santa Luzia, Santa Águeda (?) São Domingos,
São Sebastião, Santo Bispo, a Verónica, etc.
A porta mostra um magistrado e o símbolo de justiça terrena, sotopostos, Cristo em oração e as almas do purgatório.
O
órgão de carvalho entalhado, que se ergue a nível da tribuna do coro, é
peça da renascença clássica e feito, segundo se pensa, no tempo do
arcebispo D. Teotónio de Bragança (1578-1602). Foi restaurado pelos
organeiros Miguel Dias, em 1670 e Joaquim Maria Morte no ano de 1830.
No
centro do coro, existe uma opulenta estante coral giratória, em pau
santo esculpido, assente em oito leões, de base quadrada, onde se vêem,
em medalhões ovóides, as esfinges do rei D. José e do Arcebispo de
Évora, Cardeal D. João Cosme da Cunha, as armas capitulares e uma
albarrada.
A
peanha, donde rompe a vultuosa imagem de N.S. das Dores, de madeira
dourada, envolvida por auréola de raios alternados, é decorada por
arabescos palmares e festões. É trabalho de marcenaria artística do 3º.
Quartel do sec: XVIII, da derradeira fase do estilo rococo.
OBRIGADO ANIGOS PELA PUBLICIDADE QUE ESTÃO A FAZER À MINHA CIDADE.é UMA FORMA, TAMBÉM DE DIVULGAR O NOSSO ALENTEJO.
ResponderEliminarBEM HAJA
BOM ANO DE 2013
BRUNO
Igualmente amigo bruno estamos e estaremos sempre com o nsso Alentejo.
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