Tal como se previa, num derbi regional, a equipa com menos cotação apelou a todas as suas energias para evitar que o favorito vencesse. Foi uma primeira parte de muita luta, com a bola sempre pelo ar, com vantagem das defesas sobre os atacantes, com alguma vantagem do Quarteirense que normalmente chegava primeiro à bola e marcando sempre muito em cima os jogadores do Farense, raramente permitiu que estes pusessem em jogo a sua capacidade de trocar a bola e flanqueasse o jogo, de tal modo que durante 45 minutos o Farense tivesse que recorrer às mesmas armas do adversário, ou seja privilegiasse o pontapé comprido para o único avançado Diop, que creio que nunca ganhou um lance aos centrais do Quarteirense. Do lado contrário, usando a antecipação e a rapidez na transição defesa ataque, pouco melhor conseguiu que uma boa infiltração de Carolo pelo flanco esquerdo que aproveitando o avanço do seu opositor, se isolou, mas depois perdeu-se em tentativas de passe para um companheiro na zona central, quando podia Ter seguido para a baliza... Na 2ª parte, tudo se transformou, com os jogadores do Farense a arregaçarem as mangas e a jogar muito mais rápido e com uma garra que não se viu na primeira parte, além disso deixaram de atirar as bolas sistematicamente para Diop e começaram a progredir desde traz com a bola controlada. O Quarteirense foi obrigado a acantonar-se no seu meio campo e praticamente deixou de se preocupar com outra coisa que não fosse defender a todo o custo o zero na sua baliza, impedindo o Farense de flanquear o jogo e todos os lances de ataque acabavam sempre por morrer na defensiva de Quarteira, especialmente devido ao poderio e bom jogo dos seus centrais. No entanto esta estratégia ía falhando, quando num dos muitos lançamentos para dentro da área, um dos jogadores da casa jogou a bola com a mão e o árbitro não hesitou em marcar a respectiva penalidade. Mas Fajardo, não foi suficientemente eficiente e permitiu uma boa defesa ao guarda redes Joel.
Falhada esta ocasião, nem as entradas de Mateus e Matias, como reforço do ataque Farense serviu para marcar qualquer golo, apesar de ter havido algumas oportunidades que foram sendo desperdiçadas pelos atacantes ou, em último caso defendidas pelo guardião Joel, tendo ficado na retina uma defesa espectacular a remate de longe de Ibukun... Quero ainda frisar que a lesão de Gualter aos 65', quando o Farense já tinha feito 2 substituições, obrigou o técnico a fazer entrar Caju para lateral, indo Brigues para trinco, impossibilitando a entrada de mais um avançado bem alto como Rafael, que talvez fosse solução chegar ao golo!!! No final do jogo os adeptos do Farense ficaram convencidos que com este resultado negativo o 1º lugar ficava ainda mais longe, mas depois, veio a constatar-se que afinal a diferença para o lugar que dá direito à subida tinha sido reduzida, pois o Mafra deixara-se surpreender, perdendo em casa com o Pinhalnovense.
Crónica de Eduardo Roque
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