sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A confiança mora em Almodôvar


O Almodôvar promete uma boa temporada. Futebol espetáculo, golos e a constante procura por vitórias. O treinador assume que, transmitindo confiança ao grupo, incorpora a determinação que atrairá o sucesso.

Texto e foto Firmino Paixão

David Guerreiro, treinador do Almodôvar e um dos protagonistas desta história inédita que está a ser lavrada nos pergaminhos do clube fundado em 1981, enfrenta a prova com expetativas moderadamente positivas, justificando que “há sempre algumas reticências, vamos entrar num campeonato nacional, uma competição inédita na história do clube, mas vamos com ambição de darmos o nosso melhor em todos os jogos e tentarmos fazer um campeonato que honre a nossa camisola” e avisa que “vamos sem qualquer pressão, tudo o que vier será uma boa aprendizagem, mas entraremos em todos os jogos para ganhar, como tem sido hábito nas equipas onde tenho estado”. Afinal, trata-se de um ano de estreias, o campeonato, o clube e o técnico. “Como treinador é a estreia mas como jogador já tive a felicidade a este nível. Será um campeonato que nos obrigará a crescer e a tentarmos, dentro do nosso amadorismo, sermos o mais profissionais possível”, refere David Guerreiro. Satisfeito com o desempenho da equipa nos ensaios já realizados, David lembra que “esses jogos valem o que valem, mas fiquei satisfeito, não tanto pelos resultados, mas pelos níveis físicos e a qualidade de jogo que a equipa já mostrou”. O plantel foi reforçado em pontos estratégicos, está praticamente fechado e “se, entretanto, aparecer uma oportunidade fora do normal, naturalmente que aproveitaremos”. O treinador acrescenta que “temos uma equipa com base em jogadores do distrital; se lá competíssemos garanto que seríamos novamente candidatos ao título”, no entanto, refere que tem a noção que vai “para uma prova nacional com uma equipa jovem e inexperiente, mas isso não me faz recear nada, porque a motivação dos atletas às vezes prevalece sobre esses fatores”. A questão fundamental, lembra David Guerreiro, é que “não queríamos que esta promoção hipotecasse o futuro do clube, não queríamos que o Almodôvar durasse apenas mais um ano, mas que continue a sua política de formação. Quando assim é, temos que abdicar de ir buscar este, ou aquele, jogador que, teoricamente, tivesse mais qualidade, contratando reforços dentro da filosofia e do perfil que identificamos, quer como homem, quer como jogador, é essa a preocupação que nos orienta”. Os objetivos estão perfeitamente identificados: “passam apenas por garantirmos a manutenção, não seremos candidatos à descida apesar de sabermos que, teoricamente, seremos a equipa menos conceituada da série, mas não é isso que nos amedronta”.
A estreia é com o Ferreiras, um emblema que já representou e que diz ser “um clube bastante organizado, bem orientado, uma equipa que está junta há algum tempo e que tem muita qualidade”. Na segunda ronda virá o derby com o Moura, assim comentado pelo treinador: “É um jogo muito apetecível, o Moura anda há alguns anos nos nacionais, é uma equipa forte, temos que encarar esse jogo com a máxima seriedade, mas não temos nada a provar a ninguém, temos só que mostrar a nós próprios que temos qualidade para este patamar e que podem contar com o Almodôvar para jogar sempre futebol de ataque, bonito, futebol com golos, sem estarmos fechados na grande área como, provavelmente, esperarão”. Quanto ao adversário da Taça (Ninense), “é bom jogar em casa, para evitarmos uma viagem de quinhentos e tal quilómetros, é um adversário desconhecido, mas será um jogo a eliminar e tentaremos chegar o mais longe possível”.


Um momento histórico
Confiança é também o sentimento de Fernando Palma, presidente do clube, expressa na afirmação de que “atendendo ao que tem sido este início de temporada e ao realismo dos nossos objetivos desportivos, a confiança reina nas hostes almodovarenses, no sentido em que acreditamos num bom desempenho”. Sobre a moderação do orçamento, o dirigente afirmou que “outra coisa não poderia acontecer, temos a noção plena de que para fazer face às exigências financeiras da nossa participação neste campeonato houve necessidade de fazermos um esforço adicional em termos orçamentais. Definimos esse valor mínimo aceitável para podermos pôr em prática uma estrutura e um plantel e é com essa lógica moderada, e prudente, que vamos encarar a época desportiva”. Fernando Palma pediu ao grupo de trabalho “muita motivação e uma grande vontade em representar as cores do Almodôvar, e que esse trabalho e essa forma de estar possam trazer alguns resultados positivos, que permitam dignificar o clube, o concelho e a região e, em certa medida, tentarmos a melhor classificação possível”. Sobre o momento histórico que o clube vive, lembrou que “é uma boa oportunidade para todos os que estão envolvidos neste projeto, também para a massa associativa desfrutar de um campeonato competitivo, certamente superior ao que estávamos habituados, e, por isso, também, um momento de grande satisfação para todos”.


Plantel 2013/2014


Guarda-redes
Marco Hortense
João Sousa
Duarte Guerreiro
Defesas
Rodrigo Revés
Pedro Pacheco
Nuno Guerreiro (ex-Rosairense)
Bruno Fernandes
Paulo Sequeira
Nelson Rocha
Daniel Sequeira
Médios
André Martins
Ruben Vaz
Jorge Pereira
Filipe Venâncio
André Vaz
(ex-São Marcos),
Ricardo Nogueira
Nelson Horta
(ex-Rosairense)
Avançados
Mário Saleiro
Luís Barradas
Jorge Batista
André Dias
João Pacheco
(ex-Rosairense)
Miguel Ferreira (ex-Imortal)
Fábio
(ex-Almodovarense)
Treinador
David Guerreiro

Fonte: http://da.ambaal.pt/

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