Este foi o 4º jogo do Farense na Liga 2 - Cabovisão e continua com zero golos
marcados, como resultado, apenas tem 2 pontos, conseguidos nas 2 últimas jornadas, depois de 2 derrotas nas jornadas iniciais. Mas não é por ser uma equipa muito retraída, antes pelo contrário tem conseguido muitas ocasiões de golo, mas a inépcia, a falta de confiança e algum azar, têm impedido que pelo menos uma se materializa...
O Farense tinha perdido com o Aves, em casa para a taça da liga, num jogo em que o meio campo adversário ditou a diferença e agora adivinhavam-se muitas dificuldades para o Farense, mas nada disso aconteceu, pois o Farense entrou em campo de tal modo pressionante e ameaçador que o experiente Quim começou logo de início a retardar ao máximo a reposição de bola em jogo numa tentativa evidente de tentar adormecer o ritmo de jogo. Mas o Farense não se deixou influenciar e até aos 15 minutos não deixou que o Aves saísse do seu meio campo nem por uma só vez, criando e desperdiçando várias ocasiões de golo que João Reis e Ibokun não foram capazes de concretizar. Algumas destas ocasiões resultaram da pressão sobre os defensores visitantes que foram obrigados a falhar passes, oferecendo a bola aos atacantes da casa que apareceram em boa situação de golo. Na 1ª e única vez em toda a partida que o Aves rematou à baliza de Ivo, cerca dos 30 minutos da 1ª parte, na sequência de um canto, só não houve golo porque a bola bateu no poste, e pelo que se viu no resto do jogo, seria a derrota do Farense. Aos 40 minutos da 1ª parte, numa disputa de bola aérea, em cima da linha de meio campo, com 2 adversários, Nikola foi expulso por o árbitro considerar jogo violento o facto de ter tocado na cabeça de um adversário com um braço. Com 10 jogadores, pensámos que era o fim do jogo para o Farense, mas nada disso aconteceu, o cariz da partida não se alterou, apenas facilitou a vida do Aves que entrara em campo com a intenção de não sofrer golos. A entrada de Peixinho, um jogador muito jovem, com elevada estatura e poder de choque, colmatou a falta de um jogador no meio campo e durante os 45 minutos finais permitiu que o Farense continuasse a jogar da mesma forma, a criar ocasiões de golo e a não as conseguir concretizar.
O Farense começou este seu regresso à alta roda do futebol nacional jogando com 3 tecnicistas no meio campo e depois de 5 jogos descobriu que na 2ª liga, a técnica é importante, mas não é suficiente e nos 2 últimos jogos rectificou, colocando apenas um elemento mais construtivo e usando 2 médios batalhadores e com força para a batalha no miolo. Os resultados forma evidentes, pois os adversários deixaram de ter bola e capacidade de jogar a seu belo prazer como aconteceu no joga da taça da liga com o Aves e nos jogos das 2 primeiras jornadas da Liga. Se neste 2 jogos o Farense tivesse tido a sorte (ou capacidade) de concretizar alguma ocasião de golo, a sua posição na tabela seria muito diferente... Mas os golos vão aparecer e a equipa ganhará confiança, fazendo jus às suas ambições.
Crónica de Eduardo Roque

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