Na estreia de um novo treinador, continua quase tudo na mesma no S.C. Farense, e o quase refere-se à atitude dos jogadores, hoje já mostraram mais empenho, já correram mais e mostraram querer ganhar, mesmo no prolongamento em que jogaram em inferioridade numérica por expulsão de Fausto aos 95'.
Mas, apesar da entrada de Lameirão parecer dar mais confiança ao sector defensivo, a equipa continua incapaz de construir jogadas de envolvimento atacante, o reflexo disso é a incapacidade de construir oportunidades de golo, contra equipas que jogam muito recuadas, com 2 linhas de 4 jogadores à frente da sua grande área, só de bola parada o Farense marcou os seus golos e conseguiu outras oportunidades.
Gualter Bilro é um excelente jogador, com muita fibra e recupera imensas bolas.
No entanto não se lhe pode exigir que seja o organizador dos lances de ataque, pois as suas características não o permitem, tem que haver um auxilio permanente que se incuba dessa missão, existem no Farense jogadores com essas características e têm de ser aproveitados, bastando para isso que se aproximem do centro do terreno e recolham as bolas que o Gualter recupera.
Qualquer equipa que venha ao S. Luís e que não queira perder, só pode ser contrariada se o Farense jogar de forma rápida com os jogadores a movimentarem-se de forma a surpreender o "monte de jogadores" que se acantona em frente da baliza, não é com tabelas a 10 à hora ou com chapéus para o Adelaja que se marcam golos. O Adelaja, lá vai conseguindo marcar, já vai em 3 jogos sucessivos e para já vai cumprindo a sua missão, apesar de não ser nenhum Falcão, nem sequer nenhum Cardoso, é um ponta de lança com características que os treinadores e colegas têm de aprender a aproveitar...
E, depois de mais um empate caseiro, agora com uma equipa de divisão inferior, como era um jogo da Taça de Portugal e portanto a eliminar, teve que haver desempate por pénaltis e, contrariamente ao que é hábito, o Farense conseguiu vencer, marcando 7 das 9 penalidades, enquanto que Ricardo conseguiu defender 3.
Crónica de Eduardo Roque
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