sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Clube de Futebol Vasco da Gama, de Vidigueira: “Olhamos só para cima...”
O Clube de Futebol Vasco da Gama, de Vidigueira, ocupa o segundo lugar do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão. A cinco pontos do líder, a equipa treinada por José Pratas é a mais forte opositora dos tricolores.
Sem objetivos pré-definidos que não sejam a conquista de pontos em cada partida que disputam, o treinador está satisfeito com o comportamento da equipa e referiu: “A classificação reflete o nosso sentimento, um balanço positivo, estamos em segundo lugar, com a segunda defesa menos batida e o quarto melhor ataque”. O treinador fez uma análise realista da prova e dos jogos em que perdeu pontos, mas assume: “O plantel está a corresponder às expectativas da equipa técnica e do clube, por isso, estamos contentes. Vamos tentar manter este lugar o mais tempo possível”.
Que metas projetaram para a época? Não projetámos metas, houve uma grande continuidade de jogadores da época anterior, mas depois temos um plantel muito jovem, jogadores da terra e da formação do clube, o que faz todo o sentido. Por tudo isso entendemos que as metas seriam estabelecidas jogo a jogo. Tem-nos corrido bem, mas ainda falta muito, isto é uma maratona, se fosse meia maratona estaríamos quase a chegar, por isso, vamos continuar o nosso trabalho, que não é fácil, porque, logo atrás de nós, temos equipas muito boas e não podemos ter distrações.
O empate no Bairro da Conceição e a derrota com o Milfontes foram as distrações que a equipa teve nesta época?Com o Milfontes não foi distração. O Milfontes é uma equipa muito forte ofensivamente e quando “acordámos” para o jogo era um bocadinho tarde, além que de jogámos, quase sempre, em inferioridade numérica. No Bairro tivemos um daqueles jogos que qualquer treinador pensa que a equipa tende a relaxar um pouco mais, mas esbarrámos no estilo de jogo do Bairro, que tem que se bater com aquilo que tem e fez um jogo muito defensivo.
O verdadeiro Vasco da Gama não é o que perdeu esses cinco pontos, mas o que foi capaz de ganhar em Serpa e de derrotar o castrense?Demonstrámos sempre a mesma qualidade, tanto com o Milfontes como, por exemplo, com o castrense, um jogo muito equilibrado em que o triunfo podia cair para qualquer dos lados, mas um excelente lance individual de Tiago fez pender, merecidamente, para o nosso lado. O Vasco da Gama tem estado sempre presente, mas temos que contar com as outras equipas. Temos que dar mérito a quem nos tirou pontos, embora eu não tenha gostado dos resultados. O que peço aos meus jogadores é que sejam sempre ambiciosos independentemente do adversário.
Têm menos cinco pontos que o Aljustrelense e mais quatro que o castrense. O que o preocupa mais, apanhar o líder ou não se deixar alcançar pelo terceiro classificado?É uma grande questão mas, na minha vida, tenho o hábito de só olhar para cima, sou ambicioso em tudo aquilo que faço. É a ambição que nos comanda a vida, mas reconheço que o Aljustrelense tem um coletivo muito forte e chegar lá é uma tarefa muito difícil, claramente que o jogo que vamos ter na casa deles será importantíssimo. Tentaremos dar o nosso melhor. Também jogaremos com o Milfontes para a taça. Perguntam-nos muitas vezes pelos objetivos do Vasco da Gama, mas as pessoas não podem só olhar para o coletivo e para os resultados. Estamos em segundo lugar, mas uma equipa que se assuma como candidata, além de bons jogadores, que eu tenho, apesar da sua juventude, deve ter também uma boa estrutura de retaguarda. Não quero dizer que nós não a temos, porque dou muito mérito à direção, aos atletas e à equipa técnica, mas temos contrariedades todas as semanas e temos um plantel muito curto e as opções são muito limitadas.
O campeonato está competitivo?Está competitivo e, na minha opinião, a segunda volta será diferente da primeira. O Natal e o Ano Novo são fases complicadas que se refletem mais tarde e nessa altura vai notar-se a diferença entre quem tem as melhores estruturas. Nós, por exemplo, treinámos apenas quatro vezes, outras equipas, certamente, não fizeram tão poucos treinos, e essas diferenças vão sentir-se mais à frente.
O Vasco da Gama é um clube apetecível?Fui aqui atleta e, neste momento, sou treinador. Esta é a casa onde fui mais feliz enquanto atleta sénior. Estamos num clube, e numa terra, onde recebem bem as pessoas. Dentro das suas limitações só não fazem o que não podem, por isso é sempre um clube apetecível e nós temos vários exemplos de treinadores que passaram por aqui, o professor Pedro Caixinha, Jorge Vicente, o professor Arlindo Morais, Acácio Santos, isso ilustra bem aquilo que eu digo, que fui e sou muito feliz no Vasco da Gama.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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