sexta-feira, 25 de abril de 2014
Uma das boas equipas em prova
O Clube Desportivo Praia de Milfontes ainda quer ganhar o máximo de pontos nas três últimas jornadas do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão e melhorar o atual quinto lugar que ocupa na tabela classificativa.
Texto e foto Firmino Paixão
Rui Guerreiro, o treinador do Milfontes, ainda não se habituou à condição de não poder estar dentro das quatro linhas, a desenhar os lances e a marcar o futebol da equipa. Está satisfeito com a primeira experiência como técnico de uma equipa que entra em campo para ganhar todos os jogos, e confessa apetência para dar continuidade ao projeto na próxima temporada. No balanço da época destaca a coincidência temporal de lesões e castigos, fatores determinantes para que a equipa não tivesse dado mais luta no topo da tabela.
Está satisfeito com a prestação do Milfontes ao longo desta temporada?
Ponderados os contratempos que tivemos, a equipa acabou por realizar um bom campeonato. Obviamente que gostamos mais de ganhar tudo, mas nem sempre é possível. No entanto, olhando para aquilo que eram os objetivos do clube, entrarmos em todos os jogos com ambição de ganhar, penso que essa postura foi conseguida e temos sido uma das boas equipas deste campeonato. Os objetivos estão conseguidos, mas nós somos ambiciosos, queremos sempre mais e melhor.
O 5.º lugar que atualmente ocupam está acima ou abaixo das expectativas iniciais?
Estamos ainda dentro do que eram as nossas expectativas, no entanto, ainda temos três jogos e podemos subir mais um bocadinho na tabela classificativa. É isso que nos moverá nos jogos que ainda temos para disputar até ao final do campeonato.
Na época passada o Milfontes esteve muito perto de chegar ao título distrital. Era de esperar que este ano andassem mais lá por cima?
Mas o Aljustrelense fez um bom campeonato, não deu muitas hipóteses às outras equipas e nós, particularmente, tivemos alguns contratempos ao nível de lesões e castigos, e alguns jogos menos conseguidos, ou onde tivemos queixas das arbitragens. Todos erramos e eles também terão o direito de errar, mas creio que o nosso objetivo era mesmo andar lá por cima, não era a subida de divisão. Obviamente que se nos deixassem subir não enjeitaríamos a oportunidade, mas a meta nunca foi essa, era apenas andar nos lugares cimeiros da tabela.
Os três clubes vindos da 3.ª Divisão estavam bem apetrechados e complicaram as contas no topo da tabela?
Essas equipas vieram com outro andamento e estou convencido que isso poderá ter feito um pouco a diferença. São equipas fortes, com objetivos muito concretos e virados para a subida de divisão. A nossa meta passava por disputarmos todos os jogos com uma boa atitude competitiva.
A derrota que sofreram em casa com o castrense foi um dos momentos negativos do vosso percurso?
Esse jogo com o castrense veio numa altura em que nós estávamos a subir de rendimento e talvez tenhamos ficado um pouco fragilizados com esse resultado. Contudo, demos sempre tudo pelo Milfontes e é isso que se exige sempre de todos nós.
Terão ainda dois jogos em casa, com o Serpa e o Rosairense, e um em São Marcos da Ataboeira. Pontuar o máximo para atingir o pódio, é isso?
O nosso objetivo, quando entramos em qualquer campo, é lutarmos pela vitória, será essa a atitude que teremos nesses três jogos. Teoricamente, alguns dos adversários são mais acessíveis, mas no futebol não se ganha antecipadamente, temos que demonstrar, dentro do campo, que somos melhores que os adversários. Será isso que tentaremos fazer.
O Aljustrelense mereceu o título de campeão?
Naturalmente que sim, foi a equipa mais regular, andou sempre na frente, tem uma boa estrutura e um plantel muito forte, é um justo vencedor do campeonato.
O Milfontes também tem um lote de jogadores de grande qualidade…
Sim, temos um bom plantel. Naturalmente que, ao longo da época, surgem sempre problemas com lesões, castigos e abaixamentos de forma. Curiosamente, alguns desses fatores conjugaram-se quase em simultâneo e isso prejudicou-nos um pouco ao nível no rendimento coletivo. Mas na verdade temos um bom plantel.
Foi a sua primeira experiência como treinador ao nível dos seniores. Tem valido a pena percorrer este caminho?
Tem sido gratificante, é sempre diferente. Gostamos sempre mais de jogar, como é evidente, e eu ainda sou jogador. É sempre difícil quando deixamos de estar em campo, quando deixamos de dar o nosso contributo dentro das quatro linhas, mas este percurso tem sido uma boa experiência e, por isso, tem valido a pena.
Vai continuar na próxima época, com este plantel, eventualmente reforçado, e a lutar pelo título?
Apetece-me continuar, pelo menos, da minha parte, não existem motivos para quebrar este vínculo e não dar continuidade ao trabalho, com a forte ambição de lutar pela vitória em todos os jogos. É essa a promessa que posso deixar.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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