A Associação BTT “Team Cegonhas do Sado” nasceu há cerca de uma década em Alcácer do Sal, com o desígnio de promover o concelho no quadro dos eventos de lazer, aventura e desporto de natureza.
Texto e foto Firmino Paixão
A promoção da prática desportiva e de uma vida saudável naquela comunidade tem sido o lema de uma coletividade com 150 sócios, que congrega vontades para tornar fortes os fracos recursos com que trabalha para o bem-estar físico das pessoas. No dia em que se realizou o 9.º Challenger de Alcácer do Sal, fomos conhecer esta realidade. Jacinto Santos, o presidente das “Cegonhas do Sado”, diz que tem valido a pena estar ao leme de um projeto que as pessoas acarinham, porque a qualidade e o reconhecimento dos eventos que realizam é compensador da dedicação de todos.
A cegonha e o rio Sado conjugam-‑se na perfeição na natureza desta associação…
Quisemos criar uma designação que fosse representativa e conseguisse agregar tanta maravilha que temos aqui no nosso concelho. Associámos essas bonitas aves que são as cegonhas, tão abundantes por aqui, a um recurso natural com tanta beleza como é o rio Sado, que nos toca tão profundamente. Foi uma designação muito expressiva e muito feliz e que, ao mesmo tempo, simboliza um pouco daquilo que é o nosso património.
A associação foi criada em 2004. O que tem sido a sua atividade ao longo destes 10 anos de existência?
Costumo dizer que durante este tempo temos brincado um bocadinho, mas têm sido brincadeiras muito sérias porque, nestas coisas, temos que ser um pouco profissionais e sermos exigentes em todas as nossas organizações, nomeadamente naquilo que é a responsabilidade e a segurança que se exige em eventos com a dimensão dos que realizamos.
O Challenger é uma das vossas organizações mais emblemáticas?
O Challenger é a melhor prova que a nossa associação organiza. Pelo menos, é aquela de que mais gostamos e, provavelmente, a mais representativa que se realiza nesta cidade, em termos de atividades de aventura e desporto na natureza. É uma competição multidisciplinar, num só evento conseguimos conjugar três atividades particularmente interessantes, o atletismo, a canoagem e o BTT. É uma prova muito exigente, as pessoas têm que saber dosear o esforço e possuir muita força mental para superar o cansaço físico, mas é limitada porque só temos 18 canoas e não podemos aceitar mais do que 54 participantes.
A Maratona do Vale do Sado é outro evento de qualidade…
É a nossa prova rainha em termos de visibilidade. Vamos limitá-la a 300 pessoas, para podermos dar as melhores condições a quem nos visita. Os concorrentes aos nossos eventos estão habituados a serem bem recebidos em Alcácer do Sal. Temos que manter essa tradição.
O BTT é a atividade mais mobilizadora nas “Cegonhas do Sado”?
O BTT é a nossa modalidade prioritária. E é importante referir que, para além das atividades organizadas pela associação, também apoiamos a deslocação dos sócios a outras provas regionais ou nacionais, em representações devidamente organizadas. Temos muita gente a participar, todos os meses temos atividade e já preparámos uma prova mítica que é Alvalade/Porto Covo, onde estaremos com cerca de 40 pessoas, todas sócias das “Cegonhas do Sado”.
As águas de um recurso com a qualidade que tem o rio Sado não merecem refrescar mais os vossos projetos de desporto e aventura?
O rio Sado é uma porta muito bonita e de excelência para Alcácer do Sal, é um espelho que reflete nas suas águas o perfil da nossa cidade, mas a nossa preferência, a nossa vocação, aponta mais para o BTT. Penso, no entanto, que com o tempo iremos incrementar a canoagem. Mas não temos um espaço próprio e isso cria-nos algumas dificuldades. As nossas coisas, o nosso património está na garagem de um ou outro amigo e juntamo-lo na altura das provas. O desenvolvimento desta associação passará pela existência de um espaço próprio.
Nos tempos que correm é difícil consolidar este projeto?
Temos muitas limitações e isso obriga-nos a dosear muito bem os nossos custos. Contamos com os apoios possíveis da autarquia, percebemos que não nos podem dar muito, mas nós precisamos de mais. Temos alguns patrocinadores que nos permitem alguma estabilidade. As dificuldades são sempre superiores aos apoios, mas nós estamos cá para as superar. Não temos dúvidas quanto a isso, porque estamos muito unidos.
Porque não dão mais asas às “Cegonhas do Sado” para que elas sobrevoem projetos com um caudal ainda mais ambicioso?
Esta é uma cegonha que voa baixinho, mas voa muito bem. Tem um voo certinho, vai planando, refrescando-se no Sado e abraçando as suas margens em todo o território que é o nosso concelho, que tem locais muito aprazíveis e que são cada vez mais procurados.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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