José Saúde
Pesquisando a realidade do desporto
regional bejense, revejo o enquadramento que a generalidade dos clubes
apresentam a um povo que prima pela singularidade do emblema que honra
as cores da sua terra. A alforria desportiva tem conquistado novos
espaços e excêntricos teores. Nestas viagens aos arquivos da saudade,
detenho-me perante veracidades de outrora que se confinam a um tempo
onde os factos são meras silhuetas que distorcem as atuais imagens do
complexado mundo desportivo. Contextualizando a evolução das
infraestruturas conhecidas, assimilemos a insofismável certeza que o
tempo jamais se quedou em aceitar as evolutivas razões impostas por uma
sociedade sempre em crescimento. Numa breve observação a tempos idos,
constata-se que no mês de novembro de 1924, 90 anos passados, o Luso de
Beja, gerido por gentes endinheiradas, mudou as suas instalações sociais
da rua das Portas de Moura para o antigo casino da “Vista Alegre”, lá
para as bandas da rua do Sembrano. O trespasse do imóvel importou em
50.000$00 (hoje 250 euros). Irrisória importância para tamanho salto com
elevada pompa e circunstância. Chegámos a lícitos modernos que nos
conduzem a veracidades assentes em incontestáveis sumptuosidades que
levam o povo desportivo a uma exausta veneração pelas cores clubísticas.
Neste contexto, é perfeitamente lógico que enaltecemos as sedes, casas
mães, que a universalidade das coletividades propõem aos sócios, e à
plebe da urbe, que se sentem gratos e orgulhosos pelo recanto criado
pelo clube de afeição. Conheço, na prática, a realidade distrital de
Beja. Sei dos avanços que literalmente têm ocorrido nos povoados que
visam, em exclusivo, as construções e remodelações das sedes. Sei e
reconheço a intensidade de trabalho imprimida pelos dirigentes. Esta
minha narrativa aponta para enaltecer na íntegra o papel desenvolvido
pela classe diretiva em prol da sua agremiação desportiva. Sedes,
espaços de lazer, de conforto e de um cruzar de cordiais amizades.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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