sexta-feira, 29 de agosto de 2014

“Guerreiros”

José Saúde

Vamos proclama-los como a tribo dos “guerreiros”! Homens que permanecem isentos às contingências de uma vida que já vai longa. Tiveram em comum o prazer pelo futebol. Foram idolatrados e aclamados como semideuses no interior das quatro linhas. O tempo encarregar-se-ia de os separar mas as suas imagens continuaram a brilhar numa sociedade desportiva que outrora os aplaudiu. “Guerreiros” que foram exímios jogadores de Beja. Deixaram as suas marcas no Desportivo, no Despertar e mais tarde nos escalões de formação da Zona Azul. A sua entrega aos emblemas da cidade foi sublime. Nada a obstar que requeira uma inusitada observação menos credível. Craques que transportaram consigo o nome da velha Pax Julia nos palcos nacionais. Alguns, envergaram as camisolas de grandes emblemas lusitanos; outros, defenderam com audácia os clubes da cidade. A sua peleja, visando enaltecer a agremiação que honradamente defenderam, fora elevada. Hoje, vergados ao peso da idade, são ilustres portadores de feitos desportivos que embelezam a montra das consagradas glórias do passado. Revejo as finezas de antigos campeões que dignificaram as cores que exibiram em franca apoteose. Para trás ficou um catálogo de enormes recordações. Todos, creio, sonharam por um reencontro com antigos companheiros. Um momento para reviver amigos que parecia dissipar-se num tempo sem tempo. A intensidade da vida moderna obriga a trajetórias impensáveis. Mas os “guerreiros” sonharam. Sonharam pelo reencontrar amizades passadas e pelas subtis conversas do balneário. Sonharam em partilhar pormenores dos velhos dérbis. Dos treinos e da receção aos novos craques. Das épocas de sonho, ou de maldição. No lampejar das estrelas escreviam-se inequívocos desejos. Faltava o clique. No próximo dia 20 de setembro, sábado, com o acolhimento aos convivas marcado para as 12 e 30 horas junto à piscina municipal de Beja, a tribo dos “guerreiros” reencontrar-se-á para um almoço/convívio, 13 horas, onde dissecarão velhas histórias que jamais se esquecerão.  

Fonte: http://da.ambaal.pt

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