sexta-feira, 29 de agosto de 2014
O sonho morreu na praia
O Clube Desportivo Praia de Milfontes e o Vitória de Setúbal jogaram na Praia do Ouro, em Sesimbra, uma partida que valia a qualificação para a fase final do Campeonato Nacional de Futebol de Praia.
Texto e fotos Firmino Paixão
A equipa do litoral alentejano entrou na partida com mais um ponto que o adversário direto e bastava-lhe não perder para entrar no grupo das oito melhores equipas nacionais que vão discutir a fase final e o título nacional em Espinho. Um jogo de futebol de praia tem três partes distintas de 12 minutos e o Milfontes andou na frente com vantagens de 1-0, 2-1, 3-2 e 4-2, mas no final da segunda parte já estava empatado a quatro bolas e, nos últimos doze minutos, sofreu dois golos, ficando afastado do objetivo histórico de disputar as finais. O treinador da equipa, Fernando Carvalho, confessou no final: “O nosso sonho morreu na Praia do Ouro, na primeira parte estivemos bem, na segunda também, chegámos a ter dois golos de vantagem, depois não soubemos guardar a vantagem, talvez por falta de experiência, não segurámos a bola cá atrás. Tivemos o passarinho na mão, deixámo-lo fugir, paciência, para o ano haverá mais e este percurso já foi muito bom”. O técnico assumiu a responsabilidade pelo resultado, referindo: “Os jogadores estão de parabéns e todos aqueles que nos apoiaram também estão de parabéns, se alguma coisa correu mal a culpa, de facto, foi minha, porque os jogadores estiveram muito bem, tiveram uma atitude digna, dignificámos o Praia de Milfontes e aquilo que representamos que é Vila Nova de Milfontes e o Município de Odemira, que nos tem apoiado”. Seria um feito histórico a equipa qualificar-se para a etapa final, concordou, mas lembrou: “Estamos há dois anos no futebol de praia, alguns dos jogadores competiram este ano pela primeira fez nesta modalidade, era importante para nós, era histórico para o clube, mas o que fizemos já foi bom, só que depois começámos a ambicionar um bocadinho mais, mas, infelizmente, a sorte não esteve do nosso lado”. Contudo este percurso era impensável no início da temporada e Fernando Carvalho considerou: “Foi um percurso muito bom, brilhante seria termos conseguindo a qualificação para a final, inicialmente, a nossa meta era ganhar jogo a jogo, caminhando passo a passo, mas depois quando as coisas começam a correr bem cresce a ambição e queremos chegar um bocadinho mais além, mas hoje, infelizmente, as coisas não nos correram bem e ficámos por aqui”. No entanto os ganhos são evidentes, os jogadores ganharam mais experiência na modalidade, a equipa consolidou-se e projetaram Vila Nova de Milfontes concordou o treinador: “Sim, saímos sempre a ganhar e aprendemos sempre com os erros, realmente houve ganhos, e sublinho que com esta participação consolidámos o nosso espírito de camaradagem que nos torna diferentes com amizade que consolidámos, mas vamos reagir positivamente e trabalhar para que na próxima época nos apresentemos ainda melhores”. Perspetivar a nova época é sinal de que o projeto vai continuar? “Sim, penso que a ideia da direção do Praia de Milfontes é dar continuidade a este projeto. Não sei quem ficará à frente do futebol de praia, mas acho que faz todo o sentido mantermos o projeto, quer ao nível do clube, quer ao nível da Associação de Futebol de Beja”. E faz, até como um exemplo positivo para que o futebol de praia seja dinamizado a nível distrital, concordou Fernando Carvalho: “Realmente, porque uma equipa que venha de um campeonato distrital para uma prova nacional como esta, trás sempre mais jogos, mais competitividade e mais experiência”, concluiu.
Plantel: Nuno Santos (Guarda-Redes 12); Hélder Gomes (2), Ricardo Santos (3), Gilson (4), Henrique Martins (5), Guilherme Cruz (6), Valter Encarnação (7), Rui Guerreiro (8), Mikó (9), Tiago Sobral (10), Sandro Conceição (11).
Fonte: http://da.ambaal.pt
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