A continuidade da secção de hóquei do Futebol Clube castrense e a manutenção de um universo de oito dezenas de patinadores, em todas as categorias, são os objetivos mais prioritários do clube.
Texto e foto Firmino Paixão
Uma vitória em casa sobre o Clube de Patinagem de Beja e uma derrota na Madeira, no recinto do Marítimo. Saldo equilibrado, tendo em conta as dificuldades destes dois compromissos com que a equipa de hóquei em patins do Futebol Clube castrense se debateu, e a ponderação dos objetivos, é o que nos revela o dirigente Rui Martins, sublinhando que a equipa de seniores é, apenas, uma no universo do hóquei patinado em castro Verde.
A equipa de seniores é a que dá mais visibilidade a este universo?Foi a equipa que entrou mais cedo em atividade. O plantel mantém-se sem reforços, ainda não tivemos a sorte de os atletas que aqui temos formado acabarem os estudos e regressarem à equipa, mas temos feito alguma renovação com atletas mais novos. Temos atletas oriundos de Aljustrel, porque na terra deles deixaram de praticar hóquei em patins e nós recebemos toda a gente bem, mas os nossos jogadores, aqueles que temos formado, terão sempre aqui o seu lugar para poderem praticar.
Qual é a dimensão da secção de hóquei em patins do castrense?Neste momento temos 47 atletas inscritos. Será uma época difícil, queríamos também formar uma equipa feminina, mas as miúdas, felizmente, nesse aspeto, vão cada vez mais cedo para a universidade e ainda não sabemos se será possível. Temos ainda os escalões de formação e, com a equipa feminina, seguramente, atingiremos cerca de oito dezenas de atletas, que é o nosso grande objetivo.
O castrense entrou no campeonato com uma vitória sobre o Beja, uma derrota na Madeira, mas revelando uma equipa com enorme ambição …A nossa ambição é grande, mas não é fácil escolhermos um lugar para posicionarmos a nossa equipa. Olhando para os clubes desta zona, vemos lá emblemas oriundos da 2.ª divisão, com enorme potencial e grande facilidade em recrutar atletas, e nós aqui temos que os formar, mas esse trabalho que fazemos na formação é a nossa primeira grande vitória. O objetivo no campeonato é que dignifiquemos a camisola em todos os jogos como, aliás, sempre temos feito.
Têm um plantel com atletas que jogam juntos há alguns anos. Isso é uma vantagem importante?Por um lado isso é bom, porque a equipa cria automatismos que geram, às vezes, um bom rendimento desportivo; por outro lado é negativo, porque queríamos ver aqui sempre caras novas, outros atletas da formação que possam assimilar os métodos e criar habituação à equipa. Naturalmente que estes jogadores estão muito habituados a jogar juntos, mas a idade de alguns já vai pesando um pouco sobre os patins.
O castrense também tem tradição na Taça de Portugal, seguramente que quer ir o mais longe …A Taça de Portugal é uma competição em que a nossa aposta é sempre chegar o mais adiante possível. Só assim poderemos ver aqui grandes equipas e orgulhamo-nos de já termos defrontado no nosso pavilhão equipas da 1.ª divisão, sendo o Benfica um exemplo. Queremos, sobretudo, dignificar o nosso emblema e mostrar à nossa comunidade o trabalho que aqui se faz, porque esta é uma modalidade a que temos conseguido dar uma boa continuidade. O hóquei em patins tem muita tradição em castro Verde e queremos que ela se mantenha, por isso, incutimos nos miúdos o espírito de gostarem de vestir esta camisola, chorarem e suarem por ela.
Quatro equipas alentejanas neste campeonato. O castrense lutará por ser a melhor entre elas ou a subida de divisão está no seu horizonte? Não! Digo-lhe a verdade. Preferimos andar aqui com 81 atletas do que estarmos na 2.ª divisão só com 80. Seria excelente ficarmos à frente dos nossos mais diretos concorrentes. Sendo certo que somos adversários só nos 50 minutos de jogo. A nossa vida faz-se também com essas equipas, com essas pessoas, por isso, somos todos bons amigos, disputamos vivamente os jogos, mas quando tudo acaba somos verdadeiros amigos, afinal somos todos alentejanos.
Mas espera um campeonato difícil e competitivo?Vai ser um campeonato muito duro para nós. Não será fácil mantermo-nos vitoriosos durante muitas jornadas consecutivas. Teremos momentos altos e baixos porque, entre os nossos adversários, estão equipas e praticantes com muita qualidade. Esperamos assistir a grandes jogos. Mas para o nosso sucesso também é fundamental contarmos com o nosso público, que nos é muito fiel. No passado, quando jogávamos num espaço aberto, era mais fácil mobilizar as pessoas, mas agora já não é tanto assim.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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