sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Marreiros foi mais forte
O piloto algarvio Márcio Marreiros (Mitsubishi) venceu, de forma algo inesperada, a quinta edição do Rali Flor do Alentejo/Cidade de Serpa, prova pontuável para o Campeonato Regional do Sul.
Texto e fotos Firmino Paixão
Quinze pilotos alinharam à partida para esta prova organizada pela Sociedade Artística Reguenguense, com apoio do município de Serpa, e foram apenas 10 os que chegaram ao final. Carlos Martins (Mitsubishi), piloto de Serpa, venceu no sábado a Super Especial noturna que antecedeu os quatro troços cronometrados do dia seguinte, ganhando, logo aí, mais de seis segundos com que atacou os troços 2 e 3, que também venceu, mas à partida para a segunda passagem pelo troço “Flor do Alentejo” o carro já não saiu da zona de assistência com avaria na caixa de velocidade. Gorou-se assim a possibilidade de o piloto alentejano triunfar na terra natal, o que o levou a comentar: “Já me custa, cinco edições e ainda não ganhámos nenhuma, vencemos a Super Especial e muito bem, teve um sabor especial porque existia um prémio de homenagem ao senhor José Henriques, uma pessoa muito especial aqui de Serpa, foi através dele que eu comecei nisto e fazia questão de ganhar”. No final do terceiro troço referiu ainda: “Estávamos com cerca de 30 segundos de vantagem mas, é assim, a caixa cedeu, nos ralis há sabores e dissabores, mas estou contente com o andamento, para o ano estaremos cá de novo, desistir não faz parte do nosso vocabulário”.
Outro dos grandes favoritos era o Mitsubishi de José Merceano, então líder do campeonato, cujo carro “encostou” a meio do segundo troço cronometrado e vendo gorada a possibilidade de manter a liderança do regional de ralis, posição que cedeu a Márcio Marreiros (71 pontos). A decisão do Rali Flor do Alentejo ficou assim reservada para a luta entre os dois Mitsubishi, o de Márcio Marreiros e o de Carlos Fernandes nos troços 4 e 5, mas este último teve uma saída do estradão e perdeu mais de oito minutos, abrindo o caminho ao sucesso de Márcio Marreiros/Rui Serra, que ganharam os últimos dois troços e festejaram no final, apesar da boa réplica do Mitsubishi do serpense João Martins (irmão de Carlos Martins) que acabou num excelente 2.º lugar.
Marreiros foi o próprio a confessar: “Lutamos sempre para vencer, mas esta foi uma daquelas vitórias com que não contávamos, até porque a Super Especial não nos correu muito bem, perdemos mais de 12 segundos, mas o resto da prova correu-nos bem e estamos muitos felizes com esta vitória”. O vencedor fez notar ainda: “Para recuperarmos o atraso tivemos que entrar com um andamento forte logo no primeiro troço, sem exagerarmos, nada disso, mas com um andamento vivo e sem riscos”. Nas contas do campeonato e a três provas do final, o novo líder, Márcio Marreiros, disse que “ficam um pouco baralhadas com a desistência do Merceano, ainda temos alguma esperança, vamos lutar pelos melhores lugares”.
À margem do rali esteve Ricardo Teodósio, vencedor de três edições da prova, que, à semelhança de Carlos Martins, corre no Nacional (classe RC2N) e que explicou: “Como estou no Nacional temos que poupar, não competimos aqui para tentarmos fazer o resto do campeonato nacional”. O piloto da Guia referiu ainda que “a Federação tem que rever os custos suportados pelos pilotos e pelas organizações; andamos aqui por amor à camisola, sem patrocínios será complicado continuarmos a fazer isto, mas a federação já está a ouvir os pilotos, vamos ver se isto toma um rumo certo”. Quanto à organização, a opinião dos pilotos foi unânime na excelência dos troços, das sinalizações e das condições de segurança.
Classificação Final: 1.º Márcio Marreiros/Rui Serra (Mitsubishi), 32,01.36’; 2.º João Martins/Xavier Chaves (Mitsubishi), a 24.72’’. 3.º Luis Mota/Alexandre Ramos (Mitsubishi), a 29.95’’. 4.º Luís Nunes/Paulo Costa (Mitsubishi), a 1,24.26’. 5.º Paulo Santos/André Barros (WV Golf), a 2,55.13’.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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