O Clube Hípico da Quinta de Santo António venceu a Taça de Portugal em Horseball 2014, cuja fase final se realizou no multiusos do Parque de Feiras e Exposições de Beja, durante o 1.º Salão do Cavalo na RuralBeja.
Texto e fotos Firmino Paixão
A Horseball Team, da Quinta de Santo António, de Vale de São Gião/Mafra, a mais antiga equipa de horseball no ativo, derrotou a Cenycet Horseball Team na final da Taça de Portugal de Horseball e levantou o troféu na cidade de Beja, durante o 1.º Salão do Cavalo realizado na RuralBeja, evento que acolheu a fase final desta competição equestre, organizada apela Associação Horseball Portugal.
André Ponces de Carvalho, presidente desta associação, disse ao “Diário do Alentejo” que “o Salão do Cavalo, nesta primeira edição, mostrou-nos toda a credibilidade para acolher uma competição como esta, houve oportunidade de calendário para conciliarmos as coisas e trouxemos o horseball até Beja, o que não é novidade, porque desde 1992, durante a Ovibeja, disputavam-se aqui jogos dos campeonatos nacionais, mas trouxemos pela primeira as finais da Taça de Portugal, sempre com a emoção ao rubro, como era previsível”.
O dirigente da modalidade comentou a vitória da Quinta de Santo António referindo que “é uma equipa com jogadores bastante experientes, todos eles quadros da seleção nacional; a equipa da Cenycet é uma formação mais jovem, mas com um grande potencial, uma vez que reúne vários jogadores oriundos das camadas jovens e que representaram Portugal no Campeonato da Europa de Sub/16; é o primeiro ano de seniores para muitos deles mas conseguiram a sua primeira presença numa final, o que é muito meritório e saudável”.
Satisfeito coma a boa resposta do público bejense, Ponces de Carvalho explicou que “o horseball veio para o nosso país em 1988, por convite de Portugal a duas equipas francesas que vieram fazer uma demonstração na Golegã. Em 1992 já arrancaram os campeonatos nacionais e, desde aí, não mais pararam. Houve equipas espalhadas de norte a sul do País; Beja teve inclusivamente uma equipa (ACOS Horseball Team), que disputava o Nacional da 1.ª divisão nos anos de 98/99, mas a realidade neste momento são oito equipas seniores e quatro Sub/16, sempre com jogos de grande afluência, espalhados no calendário entre janeiro e dezembro”.
Quanto às características do jogo, o líder da modalidade considera que “é um misto de basquetebol e de râguebi. Muitas das regras têm alguma base do râguebi, e do basquetebol, só porque as pessoas pensam que as balizas são cestos. É um desporto que exige muito dos atletas em termos físicos, para irem buscar a bola ao chão, aguentarem a cargas de ombro, que não são como as do futebol, é a carga de um atleta, mais a de um cavalo a uma grande velocidade – tudo isto transforma o horseball num desporto muito interessante para quem o vê”. Um desporto elitista? “Não é um desporto de elites, como já ouvi dizer em muito lado”, respondeu Ponces de Carvalho, e justificou dizendo que “o horseball está acessível a toda a gente, a própria associação tenta arranjar condições para que os atletas o consigam praticar, não se fechando no estrito elitismo da equitação mas, obviamente, exige que cada praticante tenha o seu cavalo, faça a sua manutenção, a logística para as equipas, treino e preparação, deslocações e estadias, tudo somado dará um número interessante”.
Quanto ao regresso da modalidade a Beja, assegurou que “certamente no próximo Salão do Cavalo”. “Espero que aconteça, ficou demonstrado que Beja tem potencial para organizar um grande Salão do Cavalo; a Ovibeja, infelizmente, perdeu muito essa tradição de há anos para cá, perdeu campeonatos e troféus que aqui se disputavam, mudou de estratégia e o cavalo passou muito para segundo plano, mas, felizmente, criou-se aqui este evento que, realmente, tem o cavalo como rei e a equitação como expoente máximo e eu acredito que vamos cá voltar em outubro de 2015”, concluiu.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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