António
Teixeira Correia foi o último árbitro da Associação de Futebol de Beja a
arbitrar na 1ª Divisão e um dos poucos que conseguiu chegar ao topo.
Recordemos alguns desses momentos.
Leia a entrevista.
1 - Já se passaram 39 anos desde que o Teixeira Correia iniciou a atividade na arbitragem quando completou 18 anos em 1976 como árbitro auxiliar de Rosa Santos num Vilafradense - Aljustrelense (Juvenis). Ainda se recorda como entrou neste mundo? O que o fez ser árbitro?
Teixeira Correia - Tinha subido a júnior na ACR Zona Azul e num jogo de preparação com o Sporting de Cuba, não gostei de uma substituição efectuada pelo treinador e decidi, deixar de jogar no clube que ajudei a fundar. Nos jogos de futebol de 5 no Jardim Público já tinha apitado alguns jogos e sentindo que tinha "algum jeito para o apito" decidi inscrever-me no Curso de Árbitros de Futebol, era na altura, Mário Alves, o presidente do Conselho de Arbitragem. Como havia falta de árbitros mesmo como candidato a árbitro fiz nessa temporada 50 jogos, todos como fiscal-de-linha. O meu primeiro jogo em Vila de Frades, ficou para sempre na minha memória. Fiz equipa com o Rosa Santos e o seu auxiliar Francisco Lobo. Os balneários eram no Convento e fizemos alguns 300 ou 400 metros a pé para o campo. O treinador do Mineiro era uma velha glória do Belenenses, Serafim das Neves.
Recordemos alguns desses momentos.
Leia a entrevista.
1 - Já se passaram 39 anos desde que o Teixeira Correia iniciou a atividade na arbitragem quando completou 18 anos em 1976 como árbitro auxiliar de Rosa Santos num Vilafradense - Aljustrelense (Juvenis). Ainda se recorda como entrou neste mundo? O que o fez ser árbitro?
Teixeira Correia - Tinha subido a júnior na ACR Zona Azul e num jogo de preparação com o Sporting de Cuba, não gostei de uma substituição efectuada pelo treinador e decidi, deixar de jogar no clube que ajudei a fundar. Nos jogos de futebol de 5 no Jardim Público já tinha apitado alguns jogos e sentindo que tinha "algum jeito para o apito" decidi inscrever-me no Curso de Árbitros de Futebol, era na altura, Mário Alves, o presidente do Conselho de Arbitragem. Como havia falta de árbitros mesmo como candidato a árbitro fiz nessa temporada 50 jogos, todos como fiscal-de-linha. O meu primeiro jogo em Vila de Frades, ficou para sempre na minha memória. Fiz equipa com o Rosa Santos e o seu auxiliar Francisco Lobo. Os balneários eram no Convento e fizemos alguns 300 ou 400 metros a pé para o campo. O treinador do Mineiro era uma velha glória do Belenenses, Serafim das Neves.
2 - Faça um pequeno resumo da sua carreira, número de épocas no ativo e quantas épocas na FPF?
T. C. :
Até à data do meu licenciamento foram 27 anos que andei na arbitragem,
dez dos quais sempre com os mesmos auxiliares, Orlando Azedo e Dores
Martins, mas tive a ajuda de muitos outros. Tudo excelentes
colaboradores a quem fiquei a dever a carreira. Nos quadros Nacionais,
como árbitros e como fiscal-de-linha do Veiga Trigo e do José Fernandes,
terei feito seguramente 20 épocas. Consegui o principal objectivo que
era ser árbitro da 1ª categoria. Honrei a arbitragem de Beja.
3 - As
duas épocas que esteve na 1ª Categoria e arbitrou nos campeonatos
profissionais foram o seu ponto mais alto? Como as descreve?
José Estrela, Teixeira Correia e António Pardal num Sporting - Estrela da Amadora |
4 - Como analisa no geral o atual estado da Arbitragem Portuguesa? E especificamente a arbitragem do nosso distrito?
T. C. : Ao
nível nacional, muito mau. O dirigismo, começando por Vitor Pereira, é
ZERO. O caso de Dinis Gorjão, diz tudo sobre o senhor e a sua gestão na
arbitragem. Não estão os melhores na 1ª categoria, mas os do "sistema". A
arbitragem portuguesa precisa de gente com capacidade de dirigismo. O
ter historial como árbitro nada significa como dirigente. O Apito
Dourado não foi aproveitado para "LIMPAR" a arbitragem. Comigo muitos
dos que são internacionais e que estão na primeira categoria, não o eram
GARANTIDAMENTE. Ao nível distrital, desculpem a franqueza, mas
"desliguei a ficha".
5 - Deixou de arbitrar em 2002 e pediu o licenciamento em 2003, desde aí não enveredou nem pela carreira de Observador nem de Dirigente, ainda poderemos ver o Teixeira de volta ao mundo da Arbitragem?
T. C. : Como
Observador ? Ia fazer testes nacionais e o "sistema" chumbavam-me,
como fizeram a outros que não alinhavam em "filmes". Como Dirigente ? Só
ao nível Nacional, mas com gente do "Comboio dos Duros": Como disse o
Veiga Trigo há alguns anos, a arbitragem "precisa de uma vassourada",
cada vez mais urgente. Qualidade precisa-se, porque o chamado
profissionalismo não muda nada e o Vitor Pereira não mexe.
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