O recrutamento, a formação e o treino de árbitros foram os temas principais do certame, que contou com 62 participantes.
Arbitragem
Um total de 62 pessoas,
incluindo 40 dirigentes distritais e regionais do setor, participaram
este sábado, no Zambujal, concelho de Sesimbra, na oitava edição do
Fórum da Arbitragem, uma iniciativa realizada duas vezes por ano pelo
Conselho de Arbitragem da FPF em parceria com a Associação do Distrito
onde se realiza.
“Estes fóruns representam um pouco
daquilo que todos nós achávamos que fazia falta no futebol: contactos e
colaboração entre o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa
de Futebol e os conselhos de arbitragem distritais. Pode concluir-se
que o trabalho do CA da FPF começa a ter resultados”, disse o
vice-presidente da FPF Rui Manhoso durante a sessão de abertura.
Numa sessão que também contou com a
participação dos presidentes da Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto
Pólvora, e da Associação de Futebol Setúbal, Joaquim Sousa Marques, o
presidente do CA da FPF, Vítor Pereira, sublinhou que estes fóruns são
“momentos únicos na arbitragem do futebol em Portugal”.
“São os únicos momentos em que
estamos todos juntos, em que falamos sobre os nossos sucessos e as
nossas dificuldades. Em três anos e três meses de mandato, conseguimos,
todos juntos, construir o futuro da arbitragem. O Plano Nacional de
Formação (PNF) é estruturante para a arbitragem do século XXI”, afirmou.
Vítor Pereira fez a apresentação
do PNF, que foi iniciado na época 2012/13, e do Programa Integrado
Nacional de Aperfeiçoamento Técnico (PINAT), que está em vigor nos
moldes atuais desde o início da corrente temporada com o objetivo de
implementar pelo menos um centro de treino em cada uma das 22
Associações Regionais e Distritais (ARD).
O presidente do CA da FPF
salientou que este é “um investimento absolutamente determinante para a
arbitragem distrital” e que já existem 24 centros de treino para
árbitros de futebol – oito dos quais suportados financeiramente pela
Liga –, estando cobertas todas as ARD, e cinco centros de treino para
árbitros de futsal. Há ainda oito centros de treino de futebol e três de
futsal patrocinados pelas próprias ARD.
Em termos médios, o número de
árbitros por dia em treino é de 719 no futebol e de 125 no futsal,
enquanto o número de árbitros que diariamente utilizam cada centro de
treino é de 22 no futebol e de 16 no futsal.
“Os conselhos de arbitragem
distritais, com o apoio das suas ARD, têm sido fundamentais para o
sucesso da implementação destes programas”, frisou Vítor Pereira.
Além do PNF e do PINAT, a oitava
edição do Fórum da Arbitragem permitiu igualmente aos participantes
abordarem o Plano Nacional de Recrutamento e Retenção (PNRR), refletirem
sobre as propostas de alteração regulamentares para 2015/2016 e ficarem
a conhecer a realidade do Conselho de Arbitragem da AF de Setúbal.
Após esta organização conjunta
entre o CA da FPF, a AF Setúbal, a Junta de Freguesia do Castelo e a
Câmara Municipal de Sesimbra, a Horta vai acolher, em 10 de outubro,
nona edição do Fórum da Arbitragem, iniciativa que reforça a política de
proximidade junto das ADR e cumpre o programa de candidatura do CA no
que diz respeito à reorganização do funcionamento da arbitragem nacional
e à reestruturação da formação, da carreira e da avaliação de
desempenho.
Novos dirigentes entusiasmados
Os novos dirigentes
distritais da arbitragem do Algarve, Leiria e Vila Real participaram
este sábado, pela primeira vez, num Fórum da Arbitragem e elogiaram a
iniciativa, bem como as medidas implementadas pelo Conselho de
Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol relativamente à
formação e ao treino dos árbitros.
Eleito há duas semanas, Nuno
Mendes, vice-presidente do CA da AF Leiria considerou o Fórum da
Arbitragem – cuja oitava edição se realizou hoje no Zambujal, concelho
de Sesimbra – uma “iniciativa ótima”, porque permite “um convívio muito
agradável entre todas as associações e uma interação fabulosa entre o
Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e os conselhos
de arbitragem distritais”
“Novos métodos, novas formas de
trabalhar, novas passagens de testemunho e aperfeiçoamento em que
podemos beber essa informação para implementar nas nossas associações,
que tanto precisam de apoio em todas as vertentes”, afirmou.
O dirigente leiriense já conhecia o
Plano Nacional de Formação (PNF) e o Programa Integrado Nacional de
Aperfeiçoamento Técnico (PINAT), uma vez que era técnico de arbitragem
do centro de treinos de futsal de Leiria. “Acho fabuloso, porque é uma
forma de uniformizar todos os conhecimentos e de dar oportunidade a
todos os árbitros de se formarem, independentemente de estarem no norte
ou no sul de Portugal”, frisou.
José Albino, recentemente eleito
presidente do CA da AF Algarve, já tinha ouvido falar dos fóruns e leva
do Zambujal “um são convívio entre todos os conselhos de arbitragem das
associações”, bem como “uma partilha de informação importantíssima sobre
aquilo que a Federação e o seu Conselho de Arbitragem pensa e faz sobre
pela arbitragem e que distribui pelos conselhos distritais, aos quais
de outra forma não chegaria esse conhecimento”.
Segundo o responsável algarvio,
que teve uma carreia de 28 anos como árbitro, a maior valia do PNF e do
PINAT “é a credibilização da arbitragem, porque, a existência de um
plano, uma estratégia e linhas orientadoras faz com que quem entra na
arbitragem sabe com o que pode contar, sabe que apoios pode ter e onde
os pode ter, coisa que não existia e que com estes planos estão
tipificadas”.
Empossado em 6 de março como
presidente do CA da AF Vila Real, António Reis considerou que os fóruns
estão organizados de forma “ajustada às necessidades” de quem se estreia
no mundo do dirigismo da arbitragem.
“Ocorrem em momentos que são
absolutamente oportunos, na medida em que, para quem entra pela primeira
vez, toda esta dinâmica acaba por ser novidade. A participação nestes
fóruns permite partilharmos ideias e inteirarmo-nos da dinâmica atual do
CA da FPF e dos diferentes conselhos de arbitragem distritais e
fazermos o ‘transfer’ para a nossa realidade de uma maneira muito mais fácil”, disse.
O dirigente transmontano considerou o PNF e o PINAT “absolutamente
fundamentais para o processo de recrutamento e de formação contínua”
dos juízes, prevendo que os dois programas vão produzir “efeitos num
curto espaço de tempo, na medida em que vão potenciar consideravelmente o
número de horas em que cada árbitro tem oportunidade de obter
formação”.Fonte: FpF.PT
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