sexta-feira, 29 de maio de 2015
Os desafios na “terra forte”
Os atletas José Rafael Mendes (Os Nortenhos) e Rita Barroso (Correr em Évora) no trail curto (20 quilómetros), Humberto Spínola (individual) e Sónia Túbal (Monsanto RT) no trail longo, foram os vencedores absolutos.
Texto e foto Firmino Paixão
Quarenta e sete dos cerca de 60 atletas inscritos no 1.º trail “Por Vales e Planícies” concluíram a prova com sucesso. Uns, porque melhor preparados fisicamente, venceram o trail nas suas diversas variantes, mas todos ganharam uma manhã de convívio na Cidade Branca, neste que foi o primeiro evento desportivo organizado pelo Clube Serpafit Challenge. Um momento de estreias, o trail, enquanto modalidade no concelho de Serpa, o clube da “terra forte”, com a sua primeira grande organização de uma atividade que, até ao momento, no Baixo Alentejo, só tinha paralelo em Barrancos. Francisco Bossa e Sónia Túbal, duas referências do trail, apadrinharam a iniciativa.
Hugo Sousa, dirigente do novo clube serpense, afirmou: “Esperamos voltar a organizar esta prova, bem como outros eventos, não só ligados ao atletismo, mas a outras modalidades. Foi um evento comum aos nossos gostos, esperamos implementá-lo e dar-lhe mais representatividade”. O objetivo, referiu também, “era ter participantes de vários clubes, e isso foi conseguido, o número de presenças podia ter sido maior, mas tratando-se de um primeiro passo, esteve muito bom, o importante foi mesmo tê-lo dado, e no futuro já se podem colocar objetivos ao nível de participantes”. O trail porquê? “Tal como o nosso nome indica, ‘Challenge’ é desafio e nós fomos ao encontro dele, o desafio de fazer algo de diferente, desafiar a população através da corrida, o futebol já toda a gente conhece, temos que aprofundar o conhecimento sobre esta modalidade e dá-la a conhecer às pessoas de Serpa para que, numa próxima edição, possamos ter mais participantes deste concelho”.
Francisco Bossa, promotor do trail de Barrancos, apadrinhou a estreia da modalidade em Serpa, mas recusa ser um especialista. “Acho que todos andamos aqui a aprender, eu também sou um desses, tenho a sorte de já cá andar há uns anitos e ter conhecido pessoas que sabem muito desta matéria, mas não sou especialista”. Ainda assim disse: “Decidi dar uma mãozinha, pois também sou da Margem Esquerda do Guadiana e acho que isto é uma atividade que também se devia desenvolver mais por aqui, porque ainda temos poucos praticantes de trail”. E lembrou: “O Baixo Alentejo é lindíssimo, nós muitas vezes não nos apercebemos da beleza que nos rodeia, eu vejo Barrancos com muita potencialidade, Serpa também a tem, a proximidade ao Guadiana dá uma boa ajuda, depois Mértola, onde quase que seria obrigatório fazer--se este tipo de prova, com as paisagens lindíssimas que possui, mas o que falta nesta região são mais praticantes”. Quanto à especificidade do trail, Francisco Bossa acentuou: “Passa exatamente pelo respeito mútuo entre os participantes e pela preservação da natureza. Quando uma prova terminar, alguém que vá atrás verá que está tudo como nós encontrámos, é essencial respeitar a natureza. Pode existir um grande atleta que seja fisicamente muito forte, mas se não respeitar a natureza está a mais nesta modalidade, depois, do primeiro ao último, todos são recebidos na meta da mesma forma, não temos bons ou maus atletas, somos todos iguais e sentimo-nos uma família”.
Resultados
Trail curto (20 quilómetros)
Seniores masculinos: 1.º José Mendes (Nortenhos), 1.28.33h.
Seniores femininos: 1.ª Rita Barroso (Évora), 2.02.46.
Veteranos masculinos: 1.º António Ventura da Silva (Beja AC), 1.36.56.
Veteranos femininos: Alexandra Jorge (Individual.), 2.09.37.
Trail longo (30 quilómetros)
Seniores masculinos: 1.º Hugo Gonçalves (SF Serra), 2.48.46h.
Seniores femininos: 1.ª Patrícia Gomes (Tartarugas Solidárias), 4.10.21.
Veteranos masculinos: 1.º Humberto Spínola (Individual), 2.41.20.
Veteranos femininos: 1.ª Sónia Túbal (Monsanto Runners Team), 3.10.32.
Fonte: http://da.ambaal.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário