O Farense quer subir a fasquia da ambição na próxima época e o
presidente António Barão, reeleito na última segunda-feira para o
terceiro mandato de três anos, acredita que "é possível fazer mais com
menos recursos".
As duas últimas épocas marcaram o regresso às ligas profissionais, com
lugares a meio da tabela (14.º e 11.º lugares), e António Barão
reconhece "alguma deceção", face aos resultados obtidos.
"A região, a cidade e os sócios querem o Farense na 1.ª Liga e, comigo
na presidência, será sempre essa a ambição. Fiz a promessa a mim mesmo
de devolver o clube ao escalão principal, pelo que esperava mais,
sobretudo esta época", sustenta.
O que falhou então? O diagnóstico parece estar feito: "Nestas duas
temporadas, a equipa começou e acabou bem mas pelo meio registaram-se
grandes oscilações. Queremos mais ambição e menos gente acomodada... Já
sabemos o que é necessário para lutar pela subida."
António Barão quer uma equipa "mais jovem, com mais ambição e raça, à
imagem da tradição do Farense". "Não podemos continuar a recrutar
jogadores já algo acomodados e sem grandes objetivos na carreira. Não
somos o Instituto de Emprego, a nossa função não é dar estabilidade a
quem quer que seja... Queremos futebolistas dispostos a crescer connosco
e a dar tudo – mas mesmo tudo! – por esta camisola." Perspetiva-se,
assim, "uma remodelação do plantel, que receberá sangue novo e terá mais
ambição, sem subir o orçamento".
Os responsáveis do Farense esperam "fechar uma parceria que ajude a
dispor de mais recursos", mas António Barão prefere não adiantar muito.
"Dinheiro falado é uma coisa, contado é outra", diz. Mas uma coisa é
certa: "O futuro parceiro não terá posição dominante na SAD, como sempre
prometi aos sócios. Poderá dispor de alguns ativos [leia-se passes de
jogadores] mas não mais do que isso."
Depois de cobertas duas bancadas, o Farense pretende avançar em breve
para o arrelvamento do campo da pista de atletismo. "O custo é de 55 mil
euros e ainda não conseguimos reunir esse montante." O equipamento será
partilhado com o clube de râguebi da Universidade do Algarve, que tem
reclamado sobre o atraso. "Se estão descontentes e têm dinheiro, que
avancem", diz António Barão.
Empréstimo em tribunal
Uma das dificuldades do Farense "relaciona-se com contas vindas do
passado", refere António Barão. "Ainda estamos a pagar ao treinador João
Alves e a ex-jogadores, como Hassan", lembra, dando conta de um
processo em tribunal, relativo a um empréstimo do Ginásio Naval de Faro.
"Estão em causa 300 mil euros e eu tenho de responder, em nome do
Farense, por algo acordado antes de chegar à liderança. Nem sei para
onde foi o dinheiro, pois no clube não entrou... Tem havido alguma
agressividade de pessoas que se dizem sócios do Farense e isso
entristece-me."
Fonte: Record.xl.pt
Fonte: http://scfarense1910.blogspot.pt/
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