sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Alqueva além da barragem
A barragem do Pisão, em Beringel, recebeu a segunda edição da Volta Solidária de Alqueva, uma organização desportiva e de lazer promovida pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
Texto e fotos Firmino Paixão
A barragem do Pisão, empreendimento contíguo à vila de Beringel, foi o cenário escolhido pela EDIA para palco da segunda edição do projeto Volta Solidária de Alqueva. Depois de um primeiro ensaio bem-sucedido, na barragem dos Cinco Reis, em Penedo Gordo, a empresa continua a dar visibilidade àquilo que é o território de Alqueva, colorindo a vida daqueles que precisam com a solidariedade da comunidade local e envolvente. A receita do evento deste ano reverteu a favor da Cercibeja. No plano desportivo destacaram-se os atletas João Cruz (Beja Atlético Clube) e Maria de Jesus Sousa (Singa Runners), vencedores do trail de 13 quilómetros nos setores masculino e feminino, respetivamente, entre cerca de uma centena de concorrentes (e mais duas centenas na caminhada).
O presidente do conselho de administração da EDIA, José Pedro Salema, explicou ao “Diário do Alentejo” que “a prova do ano passado correu bem, foi uma semente que lançámos à terra e que começa a dar frutos. Este ano, como é óbvio, quisemos fazer mais e melhor e acho que o conseguimos”. Segundo o responsável, a EDIA fez este ano “uma prova mais ambiciosa, que juntou mais gente, tivemos cerca do dobro dos participantes que estiveram no ano passado, vamos também mobilizar uma verba bastante mais significativa do que aquela que mobilizámos no ano passado e fizemos um processo de seleção desta entidade de solidariedade a apoiar, também, mais transparente e mais participado, portanto, acho que trabalhámos em várias frentes e conseguimos um excelente resultado”. José Pedro Salema explicou também as várias metas da organização: “Em primeiro lugar apoiar uma instituição particular de solidariedade social local, e é uma prova que é mesmo de solidariedade, não é só a fingir, portanto, tentamos que todos os custos sejam participados pelos patrocinadores, só mesmo aqueles que são impossíveis é que são retirado às receitas, depois mobilizamos a nossa rede de parceiros para contribuírem”. A segunda é, enumerou ainda, “obviamente, dar a conhecer um bocadinho do território e mostrar as infraestruturas de Alqueva, mostrar que Alqueva não é só uma barragem, são 69 planos de água, uma rede de distribuição de água com 2 000 quilómetros de extensão e, portanto, é muito difícil mostrar isto num evento só, então, vamo-lo fazendo por etapas”.
O presidente da EDIA manifestou o seu agrado e reconhecimento pela boa resposta da comunidade e revelou que “podemos dizer que as contas apontam para um valor de cerca de 22 500 euros a entregar à Cercibeja, no ano passado demos cerca de 8 000 à associação apoiada (Sementes de Vida), portanto um crescimento para 22 mil euros é algo muito significativo para a Cercibeja, que também teve o mérito de ter sido a entidade apoiada, porque disponibilizou muitos meios e toda a sua estrutura para a concretização deste evento e isso foi fundamental”.
Falar de Alqueva suscita o tema água, esse bem essencial à vida, um excelente condutor de energias, neste caso, e por excelência, um fio condutor da solidariedade, concordou José Pedro Salema: “Claro! Sempre! Temos sempre que ter a água como mote das nossas atividades e, este ano, não foi exceção, portanto, o passeio de nove quilómetros deu a volta integral à barragem do Pisão, uma barragem linda que é, se calhar, das poucas barragens novas que se veem das estradas nacionais, no caso o IP8, uma barragem muito bonita, encostadíssima à vila de Beringel e que tem agora um percurso pedonal que foi hoje percorrido e que resultou de uma parceria da EDIA com as entidades locais, por isso, acho que temos aqui um bom exemplo”. A EDIA e a Cercibeja uniram-se para ajudarem na “construção da felicidade” dos utentes da Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Beja. Um bom exemplo…
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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