Decorreu na tarde deste sábado que passou o jogo relativo à 10º jornada,
última jornada da primeira fase. Contudo, voltamos a frisar que falta
disputar uma partida em atraso relativa à 7º jornada e que será
disputada no próximo sábado: UDCB - Mombeja.
Estava um dia espectacular para a prática da modalidade. O sol quis
participar e o vento que é natural se sentir no Campo de Futebol em Faro
esteve ausente. Estavam assim reunidas todas as condições para uma bela
partida de futebol com muito público presente não fosse este o jogo que
envolvia o 1º e 2º classificados e que, em caso de vitória caseira,
daria o título de campeão de série ao Faro do Alentejo.
Sem poder contar com alguns elementos preponderantes como é o caso do Artur Mira, o Mister José Inverno optou pelo seguinte 11:
- José Cruz
- Marcos Parreira
- Cláudio Ramos (c)
- Afonso Santos
- Renato Correia
- Miguel Ramos
- Dinis Ferro
- Bernardo Xavier
- Bruno Alvito
- Nuno Julião
- Duarte Pelado
No banco de suplentes estavam:
- André Taniça
- André Ramos
- Pedro Veiga
- Fábio Acosta
- Paulo Amaro
- Valdemar Moisão
- Vítor Mira
O jogo iniciou-se e desde logo se percebeu como seria o jogo. Mais
organização ofensiva do Faro e mais contra-ataque por parte da nossa
equipa. O Faro controlava o jogo a seu belo prazer e nos primeiros 15/20
minutos criou duas oportunidades idênticas sendo que na primeira José
Cruz defendeu e na segunda, o avançado do Faro rematou torto para fora. A
nossa equipa abusou do "futebol directo" nunca criando problemas à
dupla defensiva composta por São Brás e João Baião que de frente para os
lances estiveram sempre em vantagem na disputa individual.
O Faro do Alentejo organizava o jogo sobretudo na zona defensiva central
por intermédio dos 3 Ex-Sporting Cuba - Vargas, Gatinho e António
Jorge, com este último a ser o real motor e desequilibrador do jogo
estando presente em todas as zonas do terreno de jogo e sendo um quebra
cabeças para a nossa defensiva. Os laterais gostavam de incorporar-se no
ataque e descuravam um pouco as suas costas.
Os únicos dois lances da primeira parte onde poderia ter surgido o golo
da nossa equipa foram ambos protagonizados por Duarte Pelado, sendo que
no primeiro tentou o golo quando tinha 1 ou 2 companheiros de equipa em
melhor posição - faltou poder de decisão; no segundo, numa jogada de
insistência com um cruzamento traiçoeiro com vários homens a passar à
frente da bola sem conseguir tocar e esta raspa no poste da baliza de
José Borracha.
A primeira parte amornou e o jogo foi para intervalo pouco tempo depois.
Na segunda parte mais do mesmo. À medida que o tempo ia passando
acentuava-se o controlo da equipa da casa. E se na primeira parte os
nossos homens da frente ainda tentavam disputar os lances e importunar a
defensiva do Faro, na segunda isso já não se verificou estando
completamente amorfos e sem intervenções no jogo.
A meio desta metade surge o golo por intermédio do inevitável António
Jorge que descaído sobre a direita da nossa defesa, em posição
privilegiada, flecte para o centro do terreno e dispara rasteiro e
colocado para o único golo da partida.
Este momento despoletou de uma onda de substituições por parte das duas
equipas que em nada ajudou o jogo com muitas paragens e sem momentos de
grande interesse até final.
Fica para a história o resultado de um 1-0 e o título de campeão de série para os homens de Faro do Alentejo.
Homem do Jogo: António Jorge - Ele passa, dribla, remata,
desmarca-se e lê o jogo como poucos neste campeonato. Custa a acreditar
como não existe uma equipa na 1ª/2ª distrital que queira contar com um
elemento com uma regularidade incrível pois raramente joga mal. Ou isso
ou foi uma opção pessoal jogar esta temporada em Faro do Alentejo.
Trio de Arbitragem: Talvez tenha ficado uma grande penalidade por
assinalar contra a nossa equipa na primeira parte mas, de resto, sem
grandes erros que levassem os jogadores a protestar veemente as suas
decisões. Uma boa arbitragem pois souberam controlar o jogo sem
sobressaltos.
Notas aos Jogadores:
- José Cruz - Apenas batido no lance do golo. Teve algumas boas
intervenções mas não demonstrou muita segurança/confiança a sair dos
postes.
- Marcos Parreira - Sempre concentrado tentou cortar todas as incursões
pelo seu lado. Faltou apenas o lance que originou o golo.
- Cláudio Ramos (c) - Dá outra segurança defensiva à equipa é certo. Mas
impossibilita que a equipa tente jogar de pé para pé, um futebol
apoiado com outra organização. Abusa um pouco no futebol directo
sobretudo através de livres perto da linha do meio-campo.
- Afonso Santos - Exibição um pouco manchada pela falha na intercepção
da bola no passe que desmarcou António Jorge para o golo do Faro.
- Renato Correia - Até sair lesionado fez o seu jogo mas uns furos abaixo das exibições recentes.
- Miguel Ramos - Sempre combativo mas não conseguiu superiorizar-se aos seus adversários directos.
- Dinis Ferro - Tal como o seu colega de equipa perdeu muitas vezes os lances divididos e nunca conseguiu ser importante.
- Bernardo Xavier - Talvez o que mais se destacou do trio do meio-campo
mas também ele não conseguiu encaixar no meio-campo adversário e ser
preponderante para a nossa equipa.
- Bruno Alvito - Esteve muito ativo na primeira parte e muito menos na segunda.
- Nuno Julião - Jogou em sensivelmente 4 posições neste jogo e demonstra
ser uma jogador competente a defender e aguerrido. Contudo,
precipita-se facilmente com a bola nos pés não decidindo, por vezes, da
melhor forma.
- Duarte Pelado - Foram dele as duas melhores ocasiões mas, esta tarde,
não decidiu bem os lances definindo quase sempre mal as suas acções.
- André Ramos - Entrou na partida com o resultado a favor do Faro e não conseguiu alterar o rumo dos acontecimentos.
- Pedro Veiga - Entrou para uma posição que não é habitual. Esforçou-se
ao máximo mas nunca teve uma oportunidade para algo mais.
- Fábio Acosta - Jogou os últimos minutos da partida sem acontecimentos a registar.
A flash interview não foi realizada pois registava-se muita "confusão" e
barulho perto dos intervenientes com os adeptos do Faro a festejar este
feito.
Em suma, uma partida de controlo absoluto do Faro do Alentejo que foi
sempre melhor equipa e mereceu não só os 3 pontos como o título
conquistado. Quanto a nós resta-nos continuar a nossa caminhada: sermos
melhores mas sobretudo tentar a superar-nos contra equipas teoricamente
mais fortes.
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