sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Rumo à final
Um triunfo sobre a equipa de castelo Branco e o empate com Setúbal foram os dois resultados que apuraram a Seleção Sub/16 Feminina da AF Beja para a fase final do Torneio Interassociações de Futebol.
Texto e fotos Firmino Paixão
Uma vitória (3-2) e um empate (0-0) nos dois jogos do Grupo 4 da Fase Zonal Sul do Torneio Interassociações Sub/16 Feminino foi quanto bastou para a seleção da AF Beja se qualificar para a fase final da competição, na condição de segunda melhor classificada dos seis grupos (o primeiro lugar da sua poule ficou à distância de um golo). A fase final realiza-se de 18 a 20 de março na Costa da Caparica, com a participação das seleções de Leiria, Aveiro, Guarda, Setúbal, Beja, Évora, Lisboa e Madeira. Uma das metas está conseguida mas, como referiu o coordenador técnico da AF Beja, professor Paulo Paixão, este torneio privilegiava a promoção da modalidade: “O objetivo primordial era a promoção do futebol feminino numa zona onde ele não se pratica em exclusivo ao nível dos escalões de formação. É verdade que temos algumas atletas integradas em equipas mistas de infantis masculinos, mas também temos muitas que não estão a competir, nomeadamente as miúdas do desporto escolar”.
O técnico sublinhou que a realização deste torneio “veio dar uma boa ajuda na sua divulgação”, e que está convicto que “o futebol feminino tem condições para evoluir e para crescer, não obstante todas as nossas dificuldades em termos de extensão territorial, densidade populacional – essas são algumas dificuldades que estão identificadas, mas acho que podemos progredir nesta área”. Sendo o plano competitivo menos relevante, face ao escalão de formação em apreço, o sucesso da equipa também foi relevante, concordou Paulo Paixão. “Claro, se pudermos formar com vitórias, será algo mais importante e motivador e, nesse aspeto, também fomos bem-sucedidos, porque a nossa seleção conseguiu dois excelentes resultados, em dois jogos muito disputados, muito equilibrados, ganhámos a castelo Branco e empatámos com Setúbal, sabendo, de antemão, que temos uma Seleção Sub/16 de miúdas com 11, 12 e 13 anos, jogadoras muito jovens, que estarão nesta Seleção Sub/16 durante alguns anos, que vão mesmo crescer com ela e no Centro de Treinos de Futebol Feminino. São atletas com elevada margem de progressão e isso deixa-nos satisfeitos porque é uma seleção de futuro”, referiu.
O apuramento para a final também foi sublinhado. “Fomos a equipa segunda classificada com melhor pontuação dos seis grupos e, nessa medida, integraremos o conjunto de oito equipas que estarão na fase final para disputa do troféu, o que é muito gratificante”. Um sinal de que, não obstante as dificuldades antes identificadas, o conjunto escolhido pelo selecionador Ruben Lança correspondeu às expetativas. “Tem sido uma tarefa muito difícil, porque na ausência de competição a este nível, temos que andar um pouco a descobrir as miúdas numa região tão vasta, temos uma atleta de Milfontes, outra de Pias, fazem um esforço grande, existe uma dispersão enorme, confrontamo-nos com algumas dificuldades em juntar a equipa para podermos treinar e criar mais rotinas de competição, mas tentaremos aproveitar a dedicação de todas elas, dos clubes e dos familiares, para fazermos o melhor possível”.
E o melhor será uma presença digna na fase final, ainda que este projeto não se esgote no Interassociações. “Estamos permanentemente em processo de reflexão para avaliarmos qual a melhor estratégia. O Centro de Treino é importante, é um instrumento que permite que juntemos, periodicamente, todas as atletas, mesmo as que não têm competição regular, para lhes proporcionarmos ações que melhorem o seu rendimento e desenvolvam as suas potencialidades, algumas porque sendo mais jovens precisam de um trabalho mais específico para evoluírem, quer ao nível técnico, quer tático – esse é o trabalho que temos no nosso horizonte”, concluiu Paulo Paixão.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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