terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Andreia Faria (fem. sub-19): exemplo de evolução sustentada

A jogadora do Abambres SC é a mais jovem do grupo liderado por José Paisana, mas antes de chegar às sub-19 já teve passagens pelas sub-16 e pelas sub-17. O trajeto potenciou as qualidades que demonstrou desde cedo e acelerou a sua evolução.
Futebol Fem. - Sub-19
No Desporto, como em tudo na vida, não se podem obter resultados sem trabalho árduo e o futebol feminino em Portugal é, cada vez mais, ilustrativo desta premissa. A qualidade tem de ser detetada e depois trabalhada, moldada, polida, para surtir o efeito desejado. Ao contrário do que acontecia no passado, as jogadoras portuguesas têm agora espaços apropriados para desenvolverem o seu potencial e agarrarem um projeto de vida ligado à sua grande paixão. As seleções nacionais femininas dos escalões de formação começama a ser, através de um trabalho bem estruturado, a ser a verdadeira base do futuro. Andreia Faria, a atleta mais jovem chamada por José Paisana para o estágio de observação que as sub-19 vão realizar em Rio Maior até à próxima quinta-feira, é um exemplo cabal da forma como o futebol feminino tem sido gerido nos últimos anos: antes de ser chamada à Seleção Nacional feminina sub-19, já tinha trabalhado nas Equipas das Quinas dos escalões sub-16 e sub-17, não estranhando por isso a exigência inerente ao trabalho no espaço de seleção. Fica assegurada, desta forma, a evolução sustentada de um percurso de qualidade: "Antes de passarmos para um escalão superior e mais desenvolvido, devemos ter a oportunidade de participar em estágios da nossa faixa etária porque isso nos ajuda a perceber como é jogar 'à Portugal'. Temos características próprias no nosso jogo: queremos sempre ter a bola e não andar atrás dela, temos de ser humildes e encarar as adversárias olhos nos olhos", referiu, numa prova de identificação total com os princípios pelos quais se rege a formação de base feminina.
Não é por acaso que a resposta sai pronta quando se pergunta qual o momento mais marcante de Quinas ao peito: "A primeira internacionalzação, frente à Noruega [n.d.r 4 de maio de 2015], foi uma experiência marcante. Senti-me nervosa por estar ali a cantar o Hino Nacional em campo pela primeira vez e por vestir a camisola da Seleção. Acho que é um sentimento inexplicável."

Oito internacionalizações e 646 minutos depois, a jovem internacional portuguesa (tem apenas 15 anos, nasceu a 19 de abril de 2000) continua em processo de formação e não quer ficar por aqui: "O meu objetivo agora é conseguir o meu espaço aqui na seleção. Estes estágios de observação têm muita importância para limar algumas arestas do nosso jogo e, para nós, que somos mais novas, é uma boa forma de nos integrarmos no grupo e nos entrosarmos com as colegas. Não estamos habituadas a jogar juntas e todos os momentos são importantes para melhorar o nosso entendimento em campo. Estou muito otimista para a Ronda de Elite."

As comandadas de José Paisana voltam ao trabalho em Rio Maior esta quarta-feira, com um treino às 10h00 e um jogo-treino pelas 18h00.


Programa de atividades da Seleção Nacional feminina sub-19
03.02.2016 | quarta-feira
10h00 - Treino (Rio Maior)
18h00 - Jogo-Treino (Rio Maior)
04.02.2016 | quinta-feira
10h00 - Treino (Rio Maior)
Fonte: FpF.PT

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