sábado, 30 de abril de 2016

Uma formação de base


As associações de futebol de Beja e do Algarve reuniram as suas seleções distritais Sub/ 13 e Sub/19 femininas, num torneio informal, disputado no Estádio Dr. Augusto de Amado Aguilar, na vila de Cuba.

Texto e fotos Firmino Paixão


Com dois jogos pela manhã e outros dois na segunda metade do dia, as jovens seleções femininas nos escalões de Sub/13 e Sub/19, das associações de futebol de Beja e do Algarve, passaram o Dia da Liberdade a jogar futebol. Convívio, formação, estímulos para a prática desportiva e vivências experienciais, foram as notas dominantes numa dupla jornada em que a seleção alentejana mais jovem superou as opositoras nos dois confrontos (3-2 e 4-1) e o conjunto algarvio venceu as duas partidas no escalão de Sub/19 (1-2 e 0-1).
Quanto aos objetivos do torneio, Paulo Paixão, coordenador técnico da AF Beja, anunciou que “existe uma meta que queremos atingir a longo prazo, através da preparação de uma geração de miúdas que, no futuro, possam integrar as seleções Sub/16 e Sub/19”. E sublinhou: “Quando estamos a falar em seleções, falamos nas distritais e na possibilidade de chegarem também às seleções nacionais, porque estamos a desenvolver um trabalho de base, sobretudo com estas jogadoras Sub/13, proporcionando um momento competitivo a miúdas que, na sua maior parte, não participam em qualquer competição, porque não estão inseridas em clubes”.
Paulo Paixão reiterou ainda: “Queremos proporcionar-lhes esta experiência juntamente com as mais velhas, para conviverem e perceberem esta dinâmica de grupo”. Mas não só: “Por outro lado, estamos a fomentar o futebol feminino e a despertar a vontade para esta prática desportiva em muitas delas, para que, no futuro, possam até integrar alguns clubes”. À nossa questão sobre se este é o prolongamento do trabalho do Centro de Treinos de Futebol Feminino, o técnico lembrou: “O Centro de Treinos treina seleções só na proximidade dos eventos mas, mais do que treinar seleções, o centro faz um trabalho de base na promoção do futebol feminino, proporciona etapas de treino e de evolução nas participantes e depois alguns momentos de competição, como este torneio extra, entre duas associações vizinhas, que até foi muito acolhido pela selecionadora nacional Mónica Jorge”. E o Algarve porquê? “Porque é uma entre outras associações que sabemos que tem uma visão semelhante à nossa, quanto à necessidade de efetuar este trabalho de base”, adiantou Paulo Paixão, destacando que “o foco principal está nas Sub/13 que ainda não têm competição, e tem sido gratificante porque têm aparecido muitas miúdas”.
Entre as ausências da convocatória da seleção Sub/19 a mais notada foi a de Isabel Peixeiro (guarda-redes do castrense), que o coordenador técnico comentou assim: “Pelos melhores motivos não pudemos contar hoje com a Isabel Peixeiro, mas congratulamo-nos muito com a presença dela no estágio da seleção nacional Sub/16. Ela merecia, tem muita qualidade e tem muitas condições para jogar na seleção nacional, assim como outras que vamos conhecendo aqui, sendo que é muito bom que surjam essas oportunidades, para que estas miúdas mais novas alimentem esse sonho e vejam que trabalhando tudo pode ser possível”. Um trabalho que pode, afinal, potenciar o regresso de competições distritais no feminino, ideia partilhada pelo coordenador técnico: “Com a dimensão que queremos dar ao Centro de Treino e criando condições para que ele possa crescer mais e evoluir com qualidade, creio que podem surgir algumas agradáveis surpresas, para que os clubes possam tirar proveito deste investimento”. “Trabalhamos numa área geográfica muito difícil comparativamente a outras associações, existe uma grande dispersão dos agentes desportivos, mas esta é a nossa realidade e não pode servir de desculpa para não fazermos, antes pelo contrário, temos que superar as dificuldades e fazermos um trabalho com a maior qualidade e com a maior abrangência possível”, concluiu.

Fonte:  http://da.ambaal.pt

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