sexta-feira, 1 de julho de 2016
Um santuário da pesca
A terceira e quarta provas do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Pesca Desportiva, Zona Sul, disputaram-se na barragem de Odivelas com a participação de 52 concorrentes.
Texto e fotos Firmino Paixão
O campeonato iniciou-se com duas provas no Cabeção (Mora), prosseguiu em Odivelas e concluir-se-á nos dias 1 e 2 de outubro, com as provas finais no rio Sorraia (Coruche). O pescador Jorge Bonito, do GD Raposense, subiu ao 1.º lugar, ultrapassando Jorge Mendes (SC Alenquer), que chegou na frente (e saiu em 4.º lugar) a esta prova realizada em território da Associação Regional do Baixo Alentejo de Pesca Desportiva (Arbapd), cujo presidente, Manuel Ranhola, comentou como “mais uma prova de confiança que recebemos da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão, neste caso a Zona Sul, é uma competição de grande responsabilidade, foi-nos confiada e nós organizámo-lo como sempre com o maior empenho”.
E foi também uma competição muito participada: “Sim, estavam 52 pescadores inscritos e todos pescaram no primeiro dia, que era a 3.ª prova do campeonato. Na 4.ª prova faltou um concorrente que foi chamado para compromissos profissionais e um outro por falecimento de um familiar”. Manuel Ranhola revelou também: “Neste campeonato apuram-se os primeiros 10 classificados para subirem à primeira divisão nacional, que é o escalão máximo, 20 manter-se-ão na segunda e os restantes baixam para o Interassociativo, que é a antiga 3.ª divisão. Mas nada se decidiu aqui, porquanto, ficaram a faltar duas provas que serão disputadas em outubro no rio Sorraia (Coruche)”.
Quanto à representação do Arbapd, o seu líder sublinhou: “Temos aqui a nossa maior participação de sempre, o que significa que os nossos pescadores têm melhorado as suas performances e têm conseguido obter maior êxito na sua participação em campeonatos nacionais. Temos aqui pescadores do Clube Mourense, do CPD Mértola, do CAPD Serpa, um total de oito pescadores em 52 da zona sul, é algo muito bom”. E justificou: “Desde que as provas contemplem também as nossas águas é notório que conseguimos ombrear com os outros, agora quando são bastante longe e em águas a que não estão habituados, normalmente, não conseguem subir”.
Temos mais planos de água na jurisdição da Arbapd, mais clubes, mais pescadores, razões para a pesca desportiva evoluir, mas a barragem de Odivelas, ao que parece, continua a ser um “santuário” da modalidade “em termos de espécies tem sido um ano espetacular”, sustentou, “e a barragem de Odivelas proporciona todas as opções de pesca desportiva, tanto ‘à francesa’, ‘à inglesa’, ‘às abletes’, ‘às carpas’, são pescas variadas, que depois dependem do gosto do pescador e da sua melhor adaptação ao local. Neste caso é pena a albufeira estar tão baixa, porque obriga os concorrentes a deixarem as suas viaturas um pouco longe e, como se sabe, trazem verdadeiros carregamentos de material para a beira da água e isso torna tudo mais difícil a sua instalação no pesqueiro”.
A Federação Portuguesa de Pesca Desportiva tem uma nova equipa diretiva e Manuel Ranhola adiantou: “São pessoas que vêm com grande vontade, ainda não tiveram tempo para colocar trabalho no terreno, mas têm demonstrado a intenção de fazer alterações que tragam melhorias à pesca desportiva e outra confiança aos pescadores”.
E porque estamos no último ano de um ciclo olímpico, também a associação regional terá de realizar o seu ato eleitoral, mas Manuel Ranhola afirma que antes disso quer rever os estatutos da associação, fundamentalmente, para os adequar aos da federação, cumprindo as regras do regime jurídico”. E depois, voltará a candidatar-se? E com a mesma equipa? “Não sei, vamos ver, certamente haverá outras pessoas a quererem candidatar-se. Eu já vou ficando por aqui tempo demais, mas serei candidato, porque o meu gosto pela pesca não me deixa afastar ainda da modalidade”, concluiu.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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