sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Uma fase de crescimento


O Clube de Futebol Vasco da Gama ocupa, atualmente, o sexto lugar da tabela, a seis pontos do líder. Uma derrota em Milfontes, outra em Almodôvar, não abalam a ambição, tão pouco a motivação da equipa.

Texto e foto Firmino Paixão

O jovem treinador Hugo Relíquias sucedeu a José Pratas, dando seguimento a uma dinastia de treinadores que tem colocado o clube nos lugares de topo do futebol distrital e que se têm, eles próprios, projetado para voos mais largos, em compromissos profissionais de maior grandeza. Uma equipa motivada, disposta a entrar em campo para vencer todos os jogos, são as ideias que o técnico tenta incutir nos seus jogadores.


As derrotas em Milfontes e Almodôvar são, de certo modo, “desculpáveis”, tendo em conta o valor dos adversários?Não! Não existem derrotas desculpáveis. Quando saímos de Vidigueira para disputar esses jogos íamos com o pensamento de os ganhar. Não fomos capazes, eles foram mais fortes do que nós, ou foram mais felizes, por isso estão em vantagem na pauta classificativa. Foram jogos com duas boas equipas, como muitas outras que estão neste campeonato. Tenho a certeza de que apanharemos mais jogos como esses e estou certo de que todas as equipas irão perder mais pontos.


Que metas persegue o Vasco da Gama neste campeonato?A meta que o Vasco da Gama persegue há muitos anos é ganhar todos os domingos. Essa é a resposta mais fácil de se dar, mas essa é também a realidade. Nós tentamos ganhar todos os jogos e no fim do campeonato, se estivermos em primeiro lugar, lá teremos de assumir as nossas responsabilidades. Habituei-me a ganhar e não consigo imaginar as coisas de outra forma.


Um treinador persegue o sucesso em todos os jogos, mas é a direção do clube que estabelece metas e prioridades. O que lhe foi pedido?A direção do Vasco da Gama apenas me pediu para dar continuidade à excelente performance que esta equipa e este clube têm vindo a produzir nos últimos 15 ou 20 anos. Tem sido uma fase de grande crescimento. Se repararmos, é um clube que, nos últimos anos, tem tido treinadores que chegaram à elite do futebol profissional em vários patamares, incluindo José Pratas, o ultimo técnico que cá esteve, que acabou por sair para o futebol profissional na Hungria. Treinar este clube é uma tarefa que, só por si, começa a ser complicada, mas com a ajuda da direção e, principalmente, com o contributo dos atletas e carinho dos sócios, que são fundamentais neste processo todo, certamente que levaremos o barco a bom porto.


Todo esse percurso, esse passado recente do clube, acabam por colocar mais pressão e acrescentar mais responsabilidade ao seu trabalho?Sim, sucedo a vários treinadores de grande nível que já passaram por esta casa. Infelizmente a única coisa que nos está a fugir é precisamente um título, e se tivermos que ficar na história por isso, que seja também com um título numa destas provas que disputamos ao nível distrital.


Outra competição que disputam é a Taça Distrito, prova onde procuram fazer história?Queremos chegar à final. Já não vencemos uma taça desde que eu passei por cá como jogador, na época 2005/6. Julgo que foi com o mister Arlindo Morais, já passaram bastantes anos. No meu último ano como atleta acabámos por perder uma final, por isso está na altura de trazermos mais uma taça para a Vidigueira.


E o plantel? Que tem a dizer sobre o grupo com que trabalha?O plantel está ainda em construção. Foi nossa política fazer regressar alguns atletas que já tinham representado o Vasco da Gama, depois manter o máximo possível dos que cá estavam, até para aproveitar o trabalho que José Pratas vinha a desenvolver. Temos um plantel algo curto. Costumo dizer que os plantéis nunca estão fechados, há sempre jogadores que, pela sua mais-valia e espírito de grupo, podem vir a integrar a nossa equipa.


Existe uma certa unanimidade em apontar o castrense ou o Milfontes como principais candidatos ao título. Qual é a sua opinião?Eu aponto primeiro o Milfontes e depois o castrense, apenas pela continuidade da equipa que tem, uma estrutura de longa duração com jogadores de uma valia extrema, tal e qual como o castrense tem, como tem o Serpa, o Vasco da Gama e o Almodôvar. Mas nós estamos cá para “chatear”, até temos uma equipa extremamente jovem, embora ninguém dê por isso.


O campeonato está competitivo?Será competitivo no bloco superior e na parte inferior. Cá em baixo será pelos piores motivos, mas desde já saúdo esses treinadores, porque têm um trabalho mais difícil do que aqueles que jogam para ganhar em todos os jogos. Será uma época longa e dura para todos eles. Na parte superior da tabela as equipas ganharão uns jogos, perderão outros, acho que não existirão equipas imbatíveis.

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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