A Liga de Recreação e Lazer em seniores masculinos (futebol de 11) e veteranos (futebol de 7 e futsal) são duas das novidades do quadro competitivo da Associação de Futebol de Beja para a próxima temporada.
Texto e foto Firmino Paixão
Os clubes que nunca participaram em provas oficiais da Associação de Futebol de Beja (AF Beja) ou que, pelo menos, há duas épocas não participam (clubes que tradicionalmente disputam o campeonato do Inatel), num total de 28, foram convidados para uma reunião em que a direção da AF Beja apresentou a nova Liga de Recreação e Lazer, competição aprovada em assembleia-geral da Federação Portuguesa de Futebol, realizada em 30 de junho último, e que será transversal a todas as associações do País, reservando para a tutela da FPF a exclusividade da organização de competições na modalidade de futebol, no cumprimento da legislação em vigor.
O Decreto-Lei nº.45/2015, de 9 de abril, é claro quanto à definição das formas de proteção das atividades desenvolvidas pelas federações desportivas e diz no seu artigo n.º 1 alínea a) que “as federações desportivas detêm o direito exclusivo de promover, regulamentar e dirigir a nível nacional a prática de uma modalidade desportiva ou um conjunto de modalidades afins ou associadas” não excluindo, contudo, que “possam ser desenvolvidas por outras entidades desportivas mas sempre mediante a emissão, por parte da respetiva federação desportiva, de parecer prévio e homologação do regulamento da prova”.
Nesta conformidade, Pedro Xavier, presidente da AF Beja, disse ao “Diário do Alentejo”, no final de uma reunião que juntou apenas 11 entre todos os clubes convidados, que “este será o ano zero da Liga Recreação e Lazer”.
O dirigente acredita que os dirigentes presentes, a quem o modelo de organização das ligas foi apresentado, “vão passar a mensagem aos restantes, para que, até ao dia 15 de setembro, estejamos em condições de avançar com a Liga de Recreação e Lazer”.
O objetivo da liga, assegurou, “é tentar filiar mais atletas na AF Futebol e na FPF, porque constatamos que Portugal é uma potência mundial em futebol e só temos 168 000 atletas federados e dou-lhe o exemplo da Holanda que tem um milhão de praticantes federados. Isto quer dizer que eles começaram mais cedo na recreação e lazer e nós temos que trabalhar nessa área, é o que estamos a fazer”.
José António Piriquito, presidente do CCD da Casa do Povo de Quintos, a coletividade que há mais tempo (42 anos) participa nas competições do Inatel, foi um dos dirigentes presentes e, nessa condição, convidámo-lo a comentar a proposta de criação da nova liga: “Foi mais uma proposta que ouvimos, como já tínhamos ouvido, há dias, a do Inatel. Ouvindo estas propostas é que teremos a possibilidade de decidir qual o caminho que queremos seguir”. Convidado a identificar as condições mais favoráveis revelou: “Não é fácil, comparando os preços, eles são semelhantes, enquanto nesta liga se paga uma taxa de jogo de 60 euros, no Inatel paga-se uma quota de 20 euros por cada jogador, portanto, os 60 euros equivalem logo a três jogadores. Num quadro competitivo, se calhar, de 10 jogos, serão 600 euros. Ainda não fiz bem as contas, mas não haverá grande diferença”. Contudo, comentou que, “se calhar, em termos de justiça desportiva, parece ser algo mais idóneo, mais controlado. No Inatel todos sabemos como as coisas decorrem. Vamos ponderar, não será fácil tomarmos uma decisão e, quando o fizermos, não será uma só pessoa. Embora não sejam só os preços que estão em jogo, existem outras questões laterais que importa analisar”, concluiu.
Condições de participação: Seguro 20 euros; inscrição equipa 50 euros; atleta c/seguro AFB 35 euros; inscrição atleta c/seguro próprio 15 euros; inscrição agentes desportivos c/seguro AFB 15 euros; inscrição agentes desportivos c/seguro próprio 10 euros. Taxa de jogo 60 euros.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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