Ainda há pouco mais de dois meses o FC Castrense fazia a festa em
"dose tripla": campeonato distrital, taça e supertaça, mas realidade é
agora muito diferente, com a equipa a preparar o seu regresso ao
Campeonato de Portugal/Prio. Na competição terá como objectivo máximo a
manutenção, o que para o seu treinador será como ser campeão.
"Sem dúvida que a manutenção valerá como um título", afiança,
sorridente, Carlos Machado ao "CA". E acrescenta pleno de ambição:
"Queremos fazer história! Porque se no ano passado conquistámos três
títulos pela primeira vez na história do clube, este ano fazer história
será conquistar a permanência".
Para já, o FC Castrense vai preparando com afinco a estreia na Série E
do Campeonato de Portugal/Prio, que será a 20 de Agosto no terreno dos
algarvios do Moncarapachense. A equipa leva duas semanas de trabalho e
Carlos Machado não poupa nos elogios aos seus atletas.
"Os jogadores têm sido inexcedíveis na vontade de fazer mais e melhor",
diz o técnico, ciente de que ainda há muito por fazer. "Para chegar ao
nível que pretendemos ainda falta muito trabalho, mas os jogadores
têm-nos dado indicadores positivos de que estamos no caminho certo",
observa com satisfação.
Para já Carlos Machado tem à sua disposição 17 atletas (contando com os
sete reforços já confirmados), mas não esconde que o plantel ainda está
por fechar. "Está a faltar-nos um elemento para o ataque e estamos à
procura. Ainda faltam três semanas para o início do campeonato e
esperamos que até lá tenhamos um jogador que realmente nos venha ajudar a
crescer", confidencia.
Com ou sem mais reforços, Carlos Machado tem uma certeza: no Castrense
todos querem continuar a "fazer mais e melhor", apesar de saberem de que
o nacional é muito diferente do distrital de Beja.
"No distrital o Castrense é uma equipa 'grande', que joga sempre para o
primeiro lugar e uma equipa a abater. Obviamente que agora o paradigma
muda
Mas mantemos essa ambição de fazer mais e melhor, assim como
também mantemos a humildade de perceber que estamos a disputar o
nacional e que não somos claramente das melhores equipas. Mas
transformamos tudo isto em ilusão, entusiasmo, vontade e ambição
E isso
costuma trazer coisas positivas", remata com optimismo.
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