segunda-feira, 11 de junho de 2018

Obrigado FPF! Em nome de todos os que participaram no campeonato do inferno...

Foi já depois do último minuto de descontos da final do campeonato de Portugal, que o Farense sofreu o golo que atribuiria o título de campeão ao Mafra. 

Mas sejamos honestos, tendo um título o valor que têm, quem se deslocou ao Jamor procurava algo mais. Relembre-se que da última vez que o Farense conseguiu subir à 2ª Liga, em 2012/13, também se disputou um torneio com 3 equipas (Chaves e Ac. Viseu) desta vez no Estádio do Restelo em Lisboa, para apurar o campeão. Foi o Desportivo de Chaves que acabaria por levantar o troféu. Mas, onde andou  nessa altura o mar de gente que ontem esteve no Jamor? 

O jogo de ontem era a hipótese de eliminar os fantasmas que pairam na memória dos Farenses há 28 anos. O objetivo principal já havia sido conseguido, era a promoção. E ontem seria o jogo que perante tanta gente que se deslocou ao Jamor e fez 600 km, que nem vai ver o Farense há anos, lhes dizer estamos vivos, venham-nos apoiar para o ano. 

Mas não, obviamente que não, duvido seriamente que a equipa que entrou em campo fosse a que desse mais garantias ao treinador Rui Duarte, duvido ainda mais que os atletas que entraram como substitutos fossem os que com certeza teriam mais possibilidades de melhorar o jogo da equipa. Na minha opinião, não está em questão o valor de ambos os jogadores, até porque acho e espero que na próxima época ambos façam parte da equipa, mas perante o simbolismo do jogo, senti o mesmo "sabor" que havia sentido no jogo das Caldas. 

Toda a gente erra, na minha opinião, e o Rui Duarte errou claramente tal como o Jorge Ribeiro errou e se tivesse feito o golo na grande penalidade, se calhar não haveria este tipo de conversa. Isto para dizer que enquanto nesta temporada tivemos jogos  em que nos correram mal por nossa própria responsabilidade, lembro-me frente ao Caldas, com o Felgueiras no nosso reduto e ontem, na próxima época, não há margem para este tipo de erros. Resta-nos agradecer aos jogadores, equipa técnica e estrutura do clube, ao presidente do clube, António Correia, por todo o esforço desenvolvido ao longo da temporada que nos brindaram com esta magnífica temporada, e especialmente ao presidente da SAD, João Rodrigues, por fazer renascer no clube e na cidade a alma farense.

O jogo de ontem poder realizar-se naquele estádio foi um "prémio" que a FPF deu aos 2 clubes e cidades, depois de tantas maldades que resultaram de um campeonato tão mal estruturado que permitiu somente 2 promoções entre 80 clubes e 30 despromoções!!! 

Para quem investiu para subir e não conseguiu, foi com certeza um rombo financeiro para o clube e mental para os adeptos. Num campeonato como este, é possível andar anos a  investir para tentar a promoção e nunca o conseguir. Não o conseguir somente porque houve um jogo que correu menos bem e deitou tudo a perder. Não deveria um campeonato premiar a regularidade? Porque não como na maior parte dos outros países onde os primeiros sobem diretamente e 3ºs e 4ºs disputam liguilhas com os antepenúltimos das divisões acima? Será tão complicado imaginar que a competitividade e o investimento seria sempre maior? Fica a pergunta.





Farense perde campeonato no último supiro


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O Mafra conquistou o Campeonato de Portugal, ao vencer o Farense, por 2-1, na final realizada no Estádio Nacional, em Oeiras, com um golo no tempo de compensação.
Os algarvios pagaram caro o relaxamento no segundo tempo, face ao golo inaugural de Fábio Gomes, aos seis minutos, que parecia ser suficiente dado o que se ia passando em campo. Porém, o conjunto mafrense veio rejuvenescido dos balneários, com os tentos de Ricardo Rodrigues, aos 74, e de Juary Soares, aos 90+3, a confirmarem o título.
A equipa de Rui Duarte justificou a aposta forte que fez no início da temporada e nem mesmo o desaire com o Felgueiras (0-1) colocou em causa a passagem às 'meias', graças à vantagem da primeira mão (2-3). A caminhada para a II Liga ficou consumada perante um acessível Vilafranquense, sem argumentos para travar os algarvios nos dois desafios (3-0 e 1-1).
Já o Mafra teve a tarefa mais complicada para assegurar o regresso ao futebol profissional, após duas temporadas no terceiro escalão. Primeiro, deixou pelo caminho o Vilaverdense com dois triunfos, por 2-1 e 2-4. Depois, teve de suar nos dois encontros diante da União de Leiria, garantindo a subida e consequente presença no Jamor, graças ao golo de Hugo Ventosa no empate (1-1) fora de portas, após a igualdade sem golos em casa.
Apesar de jovem, Luís Freire é um treinador que consumou a quinta subida no currículo, mas tinha hoje, talvez, a missão mais complicada da temporada: superar e contrariar o favoritismo dos algarvios. Contudo, o mau início de jogo começou a condicionar a estratégia.
À passagem do minuto seis, a acutilância e a pressão incutida pelo Farense resultou num tento madrugador. O veterano médio Neca, que hoje se despediu dos relvados, cobrou o canto da esquerda direitinho para a cabeça do possante avançado Fábio Gomes.
A diferença de qualidade foi evidente durante os primeiros 45 minutos. O Farense com o objetivo claro de querer resolver o jogo cedo, quase sempre a jogar no meio-campo do adversário e muito rematador. O Mafra jogava a passo, esperava por eventuais erros dos algarvios e apostava forte nas bolas paradas.
O intervalo trouxe um Mafra diferente, mais balanceado para o ataque e com outra vontade para inverter o rumo do resultado, ainda que esbarrasse constantemente na sólida defesa de Faro. O 'tiro' de Ricardo Rodrigues, sem deixar a bola cair no chão, assustou o guarda-redes Miguel Carvalho, que viu bola passar a rasar o poste da sua baliza.
O relaxamento dos atletas de Rui Duarte acabou por ter consequências para a sua equipa. Numa rara desconcentração da defensiva, os dois homens vindos do banco, Ricardo Rodrigues e Marco Aurélio, combinaram bem e repuseram a igualdade.
Porém, o Farense voltou a ter uma soberana oportunidade para passar de novo a comandar o marcador, mas o experiente lateral Jorge Ribeiro foi displicente ao atirar com estrondo à barra da baliza na marcação de uma grande penalidade, após falta do autor do golo do Mafra, sobre Cássio.
O melhor estava reservado para os instantes finais e quando já todos esperavam pelo prolongamento. Mauro Antunes bateu o livre para o coração da área e, mais forte do que os centrais adversários, o central Juary cabeceou para o golo do título.
Jogo realizado no Estádio Nacional, em Oeiras.
Mafra - Farense, 2-1.
Ao intervalo: 0-1.
Marcadores:
0-1, Fábio Gomes, 06 minutos.
1-1, Ricardo Rodrigues, 74.
2-1, Juary Soares, 90+3.
Mafra: João Godinho, Hugo Ventosa, Juary Soares, João Gomes, Guilherme Ferreira, Rui Pereira (Marco Aurélio, 69), Lucas Morelatto, Mauro Antunes, Bruninho, Leandro Borges (Alisson Patrício, 84) e Campanholo (Ricardo Rodrigues, 46).
(Suplentes: Rafhael Cruz, Hugo Santos, Sérgio Oulu, Ricardo Rodrigues, Alisson Patrício, Marco Aurélio e Vladimir Forbes).
Treinador: Luís Freire.
Farense: Miguel Carvalho, Filipe Godinho, Cássio Scheid, Bruno Bernardo, Jorge Ribeiro, Fabrício Isidoro, André Vieira (Alvarinho, 83), André Ceitil, Neca, Fábio Gomes (Tavinho, 68) e Jorginho.
(Suplentes: Bruno Costa, Delmiro, Irobiso, Leo Tomé, Tavinho, Nuno Borges e Alvarinho).
Treinador: Rui Duarte.
Árbitro: Hélder Lamas (AF Porto).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Fábio Gomes (59), André Ceitil (72) e Filipe Godinho (89).
Assistência: 10.018 espetadores.
Fonte: https://desporto.sapo.pt
Fonte:  http://scfarense1910.blogspot.com/

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