José Saúde
Odemira
Localizada entre os confins da
planície alentejana e a serra algarvia, Odemira é sede de um concelho
onde o desporto é substancialmente acarinhado. O burgo recebeu o foral
de D. Afonso III em 1256 e Damião de Odemira, filho da terra e boticário
de profissão, foi o autor do primeiro tratado de xadrez conhecido. A
dimensão do município, 1720,60 quilómetros quadrados de área,
confere-lhe a honra de se assumir como o maior do país e as
coletividades desportivas proliferam por toda zona. Em Odemira a
modalidade do futebol surgiu nos princípios dos anos de 1920. Uma
família inglesa, detentora de uma fábrica de cortiça na localidade, foi a
explícita impulsionadora do vício do jogo da bola. Nesses tempos a
indústria prosperava e a urbe aglutinava grande parte da mão-de-obra
daquela região e a 1 de março de 1923 fundou-se o Sport Clube
Odemirense. A curiosidade revelada pelos homens mais antigos é que a
primeira equipa existente foi formada basicamente por funcionários da
indústria corticeira a qual utilizava a via fluvial, rio Mira, para
exportação dos produtos ali trabalhados. A ciência do jogo foi
paulatinamente conquistando uma população que jamais renegou a sua
afeição ao cosmos desportivo. Reconhecesse que o suposto isolamento
geográfico jamais foi um pretexto que impos obstinadas fronteiras. Por
outro lado, o desenvolvimento de modalidades vão das praticadas em
pavilhão ao futebol, passando pela canoagem, ou a columbofilia, entre
muitas outras atividades em pleno desenvolvimento, sendo estas
laborações expressas que identificam claramente um concelho opulento em
agremiações de grandezas diversas. Assimilando o contexto que por ora
nos surge, centralizemos profícuas atenções no Odemirense, um histórico
emblema que nas suas hostes detém um elevado número de títulos
conquistados no que se insere aos diversificados escalões com os quais
se apresenta anualmente nas competições da AF Beja. Para a próxima
temporada, 2018/2019, Nuno Luz é o treinador principal da equipa sénior e
contará com João Correia, adjunto, e Filipe Domingos como técnico de
guarda-redes. Relativamente ao plantel a singularidade do grupo oferece
uma atenção para a longevidade de Perika, 40 anos, que continua a
envergar uma camisola que há muito lhe assenta como uma luva no corpo. É
ele o grande timoneiro que segue ao leme de uma embarcação que navegará
em águas mansas. De resto, em Odemira respira-se tranquilidade e
objetiva-se um bom performance ao longo de mais uma caminhada onde o
esplêndido cante do cisne poderá trazer boas novas para os anfitriões
que continuam declaradamente a associar-se ao prodígio desportivo
distrital.
Fonte: Facebook de Jose saude
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